segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Hi sweety,

Nunca te escrevi, nem "falei" contigo ou te "contei" a minha vida desde que foste embora, mas não há dia em que não tenha pensado em ti nestes 8 anos (nem acredito que já se tenha passado tanto tempo), no fundo penso que sabes tudo o que se passa conosco (comigo e a mãe) e não sinto necessidade de contar, o que sim sinto necessidade é de saber o que pensas (pensarias), se me pudesses dizer, em relação a estes 8 anos, muita coisa tem mudado e outras continuam exactamente iguais.

A pesar de tudo, não sinto que tenha ficado alguma coisa por dizer, a amizade que havia entre nós nunca foi segredo, nem entre nós nem para os outros. E a maior parte dos dias é um alivio ter a certeza que o amor e amizade que sentia eram reciprocos, digo a maior parte, porque há aqueles dias em que penso que não fiz o suficiente, que não disse o suficiente . . .

Tenho um filho com 3 anos e mais que gostar que o conhecesses, gostava que te pudesse conhecer, gostava de vos ver juntos, gostava que olhasse para ti como olha para o outro tio.

Conheço te o suficiente para saber que estás contente pelo rumo da minha vida, e é sempre bom saber que apesar que foi há muito tempo, conheceste o pai do meu filho, mas também sei que se me pudesses dizer, ralharias comigo porque não fiquei ao lado da mãe depois de teres ido embora.

Sinto falta de conversar, as conversas que eram só nossas, que eram uma mistura dos 3 idiomas em que fomos criados, sinto falta das tuas opiniões, e pergunto-me muitas vezes o que pensarias de "isto" ou "aquilo", fazem-me falta os nossos jogos e perder sempre contra ti, quase sempre porque eras melhor e umas poucas porque preferia perder a ficares chateado.

Gosto de me lembrar de ti, das coisas que fazias e dizias, e tento não me esquecer; mas não gosto do olhar das pessoas quando falo de ti, é como se as coisas cómicas e divertidas que fazias, o deixassem de ser só porque já cá não estás.

A mãe está bem, muito melhor do que alguma vez pensei, apesar de não a ver há quase tanto tempo como o que não te vejo a ti, falo com ela quase todas as semanas.
E penso que isso faz com que, mesmo sabendo que já cá não estás, como estou tão longe da mãe e do lugar onde te vi pela última vez, uma pequena parte de mim acredita que ainda lá estás.

Mas nenhuma destas palavras chega sequer perto para explicar a falta que me fazes, o muito que gostava que não tivesses ido embora e o pouco que o tempo diminuiu a dor de te ter perdido. Em todo caso, espero que estejas bem onde quer que seja que estás, e podes ter a certeza que mesmo que chegue o dia em que o tempo sem ti supere o tempo contigo, continuarei a sentir a tua falta e a pensar como seria se cá estivesses.

To where ever you are little brother,
With all my love.


terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Querido Pai Natal,

Como sabes não acredito em ti, e se a memoria não me engana, penso que nunca acreditei, talvez porque quando era pequena o dinheiro era pouco, e seria injusto acreditar, não é que fosse sempre uma boa menina, mas como sabemos nem sempre são os bons meninos que recebem mais ou as melhores prendas!
Não me sinto totalmente à vontade com incutir no meu filho a crença de que existes, não porque não tenha usado o método da "educação chantagista" com ele (come a sopa toda e depois dou-te uma bolacha, porta-te bem senão não recebes prendas) mas porque simplesmente não quero que ele pense que és uma pessoa de carne e osso que vem no Natal trazer prendas a quem se portou bem.


 No entanto acredito no espírito natalício, que se formos a ver talvez sejas à mesma tu (Pai Natal), mas com outro nome, e isso sim quero ensinar ao meu filho, porque apesar de que tem o nome "natalício" é algo que deve ficar dentro de nós, porque a generosidade, a alegria, o amor não é algo que apenas nos deve acompanhar no Natal. O espírito natalício é algo que faz de cada um de nós um Pai Natal para todos os outros, e isso sim é bonito, porque o Natal não é só o receber, mas mais que tudo o dar, claro que podem ser coisas (vamos lá admitir, todos gostamos de prendas) mas dar amor, dar alegria, dar companhia, dar afecto, dar tempo. Dar só por dar um objecto, sem alegria, sem um sorriso (nos lábios ou no olhar), sem um abraço, não tem o mesmo sabor, mesmo que seja algo caro.



Por isso Queridos Pais Natais pela família e amigos distribuídos, aviso que as senhas para oferecer comboios a um certo menino esgotaram, o Lego (duplo), os puzzles e livros serão igualmente bem recebidos; no entanto o realmente interessante seria receber um cartãozinho de uma qualquer instituição da vossa preferência dizendo: "O valor da sua prenda foi entregue nesta instituição" porque isso realmente é o que o Pai Natal devia fazer, dar a quem não tem, e não a quem tem a mais.



Feliz Natal a todos, desejo a todos o prazer de receber amor, paz e saúde (que cliché), mas especialmente que o consigam dar a quem merece e precisa. E especialmente que vos acompanhe durante o resto do ano, a capacidade de dar, claro está!


Assinado,
A mãe do Gabriel

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

E o cheiro a xixi!!??

Tinha programado para hoje escrever um lindo post, um que falava de um dia como ontem (17.12) há 4 anos atrás, um post bonito a condizer com o meu estado de espírito, pois esse dia à 4 anos atrás descobri que o meu anjinho estava para vir, e não sendo o mais feliz da minha vida, esteve lá perto.


Mas o meu estado de espírito mudou, e já não consigo escrever um post bonito (fica para outro dia).
Por mais que queira pensar que não importa, começo a pensar que estou em maré de azar, ou será como dizem na minha terra: "mal-de-ojo"?


Como já tinha comentado antes, os meus problemas de pele estão em "alta" por assim dizer, e não há forma de melhorar, já tive duas consultas de urgência com Dermatologistas no SNS e sempre a despachar, que insistem que o meu problema é próprio da pele, talvez motivado pelo sistema nervoso, mas NÃO tem a ver com alergias, e insistem em tratar com cremes, que não fazem rigorosamente nada; tenho vários conhecidos com problemas de pele cuja causa são alergias, que dizem que o meu problema é alérgico. Como já tinha mencionado, não tenho seguro de saúde, e no SNS não posso simplesmente escolher ir ver um alergologista, tenho que ser encaminhada.


Na semana passada o carro começou a fazer um barulho estranho (já andava há alguns dias, mas pensámos que não seria nada), ao levar ao mecânico, descobriu que uma peça (não muito cara) se tinha partido mas ao roçar na correia de distribuição (peça muito cara) acabou por estraga-la também. Há mais de uma semana que andamos sem carro, e o arranjo vai levar um subsidio de natal por completo, sendo que o outro só vem metade porque só trabalhei metade do ano.


Está bem, são coisas que acontecem!


Ontem à noite estava na casa de banho a pôr o pijama (casa de banho pequena) e ao tirar as calças ouço o barulho de algo a cair, viro-me para perceber o que se tinha passado, e vejo que o meu telemóvel, que estava no bolso de trás das calças (como é habito) estava dentro da sanita juntamente com o xixi, tirei-o logo, mas de nada serviu: vibrou várias vezes em modo "moribundo" mas não voltou a ligar, nem depois de o secar com o secador, nem depois de passar a noite dentro da embalagem do arroz.


Já não consegui manter o estado de espírito alegre pelo dia de ontem, na minha cabeça começaram a aparecer vários pensamentos e teorias de: Quem é que me anda a rogar uma praga!!??
Ou umas quantas!?


O problema de pele há-de se resolver, pode é demorar mais ou menos tempo com mais ou menos dinheiro, o carro já está a arranjar e se não gastasse o dinheiro no arranjo seria em outra coisa, pelo menos temos o dinheiro, o telemóvel pode ser que se consiga arranjar . . . . . . . . . . . mas e o cheiro a xixi!!??

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Really!!??

Quando uma pessoa chega a determinada idade e começa a pensar: "Epa, se calhar já chegou a altura . . .", "Tenho trabalho estável, (acho eu), estou casada, tenho um filho". O que ganho não é nada de extraordinário, mas se até agora tem chegado.
Entre o procurar e visitar a expectativa  começa: será que encontramos algo que vá de encontro aos nossos gostos e possibilidades? Será que nos dão um crédito?
Mas o "será" não chega a lado nenhum, por isso o melhor é tentar.

Expectativa:
- O crédito vai ser difícil, mas não impossível.
- Entregar 30.000 documentos, para que alguém nos venha coscuvilhar a vida de trás para a frente.
- Devolver a 30 anos, um valor muito acima do emprestado (+ ou - 150% / 170%), mas está bem, se é assim que funciona.

Realidade:
- Pagar quase 500€ só para avaliarem a casa e estudarem a possibilidade de dar o crédito, sem garantias nem devoluções (what!!??)
- Um spread (what de hell is that?) de 3,5%.
- Euribor a 6 meses a 0,01%, mas na possibilidade de subir 1 ou 2%, a prestação sobe quase 100 ou 200€.
- Devolver a 40 anos, o dobro do valor pedido, mas nos possíveis aumentos (muito provaveis) do ponto anterior: 240% ou 270% respectivamente (Are you freakin´ kidding me!!??)

Resposta:
Mas esta gente está maluca!?
Há mesmo alguém que aceita isto!?
Quem é que esta gente dos bancos pensa que é!?
Ou são piores os que aceitam e se sujeitam a isto, permitindo que aconteça e seja considerado normal?!
E ainda me vêm dizer que me vão tirar não-sei-quantos-% do que ganho com o MEU trabalho para tapar os erros e falcatruas que os senhores banqueiros cometem, sem qualquer alteração às suas luxuosas vidas!?
Ainda me querem convencer de que o melhor para o povo são os governos de direita, capitalistas, que fazem leis para dar aos ricos o que tiram aos pobres!?
Metam as vossas explicações e argumentos (e dinheirinho) onde lhes couber, de preferência onde não bater o sol (como a personagem de Dustin Hoffman em Papillon)!!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Me, myself and I


Não sou muito dada a falar de mim, gosto de ter uma opinião e gosto de escrever sobre as minhas opiniões, ultimamente cada vez gosto menos de falar sobre as minhas opiniões, a menos que a pessoa com quem falo ou partilhe da mesma opinião ou respeite a minha mesmo que a sua seja diferente.

Reconheço que tenho um feitio . . . complicado, até me foi dito que a minha pele tem um feitio difícil, mas o meu feitio ou personalidade não é tudo o que há de mim.

Os meus gostos ou não-gostos, as minhas histórias, as minhas viagens, as minhas experiencias e tudo o que envolve a minha vida é algo que ao mesmo tempo gosto e não gosto de falar.
Não gosto porque me expõe, e não gosto de me sentir exposta, mas principalmente não gosto que falem de mim. Gosto porque como no geral não falo, quando o faço é como se tivesse um leão preso dentro de mim, e lhe desse liberdade para ir correr numa planície.

Falo alto, normalmente nem noto e gosto de falar. (falar muito sem dizer nada em concreto)

Gosto do cheiro da chuva, e não gosto do cheiro a relva recém cortada.

Sofro de algo chamado Sphenopalatine ganglioneuralgia (descobri hoje), e por isso não consigo comer bocados grandes de gelado sem ficar com a sensação de "brain freeze". 

Lembro-me dos sonhos com regularidade, e acordo muitas vezes ou a chorar ou em desespero por sonhar com um insecto que tenho fobia.
Tenho uma fobia (é a única) que se chama catsaridafobia (investiguem), não é um medo, é mesmo fobia, ao ponto que até ver num ecrã entro em pânico. 

Tenho muito medo de andar de carro a grande velocidade (já tinha falado sobre isto), mas acho que estou no meu direito, depois de dois acidentes. Mas gosto muito de andar de avião, barco, bicicleta.

Não tenho medo das alturas e adorava andar de balão, parapente ou saltar de avião com pára-quedas, mas nunca tive oportunidade.

Não gosto de discutir, principalmente porque fico nervosa e choro com facilidade.
Não gosto de chorar com facilidade.
Gosto de rir até doer a barriga, mas quem não gosta?
Tenho tendência a mostrar-me mais forte e corajosa do que realmente sou.

Fico muito nervosa (de tal forma que tremo involuntariamente) quando falo de momentos mais difíceis da minha vida, não me sinto particularmente confortável com a reacção de pena no olhar das pessoas (chateia-me).

Sou muito lamechas, mas raramente mostro.
Não gosto de hipocrisias, e mesmo estando contente ou satisfeita com algo, não sou muito demonstrativa.
Sou chata e se acho que tenho que reclamar, reclamo.

Gosto de abraços, mas com peso e medida e nos momentos certos.

Detesto cebola e adoro "petiscar" dos pratos dos outros, mas isto só não sabe quem nunca comeu ao meu lado!
Gosto mais de peixe do que de carne. E não me importo de experimentar comida vegetariana, vegan, macrobiótica, de outros países, etc. Mas recuso-me a comer tudo o que tenha cebola (visível), carne de porco ou tudo o que seja de animal que não seja a carne (órgãos, sangue, miúdos, pele, etc.)

Gosto e não tenho medo de nenhum animal (com a excepção da fobia atrás mencionada).
Gosto especialmente de animais domésticos, cavalos e repteis.
Não gosto de ver pássaros presos em gaiolas.
Não sou vegetariana, mas não gosto de comer um animal que vi vivo.

Gosto da minha privacidade; e não gosto de falar dos meus planos antes que estes se concretizem.
Gosto de ser eu a contar as minhas coisas, se quero, e quando quero.

Isto não é nem um décimo da pessoa que sou, sou complicada, mas nunca tinha escrito tanto só sobre mim.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Passinho a passinho, um bocadinho mais perto da terceira guerra mundial!

Não consigo deixar de sentir uma enorme tristeza pelos resultados de duas importantes eleições o dia de ontem, na Venezuela e em França, para se unirem aos já tristes resultados das eleições para presidente na Argentina.

Se não se importarem os acérrimos defensores da direita política, isto é a minha opinião, e o meu direito à escolha: sou, sempre fui e sempre serei de esquerda.

E para mim a vitória da direita é sempre algo triste, porque a direita significa:
Capitalismo,
Consumismo,
Desigualdade, social e económica,
Não olhar a meios para chegar a um fim,
A lei dos ricos em dinheiro e pobres em humanidade,
E eventualmente Guerra, porque é isso que dá dinheiro.

O que me causa tristeza é os que são de direita ou dizem que são por pura ignorância.
Prefiro mil vezes um lobo vestido de lobo a uma ovelha que pensa que é lobo!
Ou uma ovelha que pensa que pode vir a ser lobo!

Os governos de direita são dos ricos para os ricos (ricos = milionários), e desenganem-se que não é por votarem neles que vão fazer parte de seu restrito circulo!

Não digo, nem nunca disse que a esquerda tem todas as respostas certas, e não divido as pessoas boas ou más, em Socialistas ou Capitalistas. Acho todos os políticos um tanto ou quanto mentirosos, estejam mais à direita ou mais à esquerda. Mas as bases da direita política são o que acabo de descrever.

E por favor não confundir Socialismo com Comunismo, não é a mesma coisa, se quiserem saber o que é a mesma coisa, ponham dois dedos no cu e cheirem um de cada vez! (peço desculpa, mas não resisti)

O falecido presidente da Venezuela Hugo Chavez, foi o melhor que podia ter acontecido naquele país. Mas infelizmente o capitalismo é muito forte, porque quer queiramos quer não, o dinheiro mexe o mundo!





quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

The monster family goes out!


Isto das alergias tem muito que se lhe diga, e ainda mais se os filhos recebem esta herança.

Como já tinha falado num post anterior (aqui) tenho um problema de pele que muito provavelmente está relacionado com alguma alergia (ainda não descoberta) e que se manifesta em eczema em varias zonas do corpo mas principalmente na cara (e nunca esteve tão mal), e o facto de ter rinite alérgica, só dá mais força à teoria da alergia a alguma coisa.

Outra das alergias e que passei ao meu filho foi a de fazer reacção às picadas de certos insectos. Que se manifesta em mim com inchaço, a zona fica dura, quente, vermelha e muita comichão ou às vezes de uma só picada aparecem varias. No meu filho também com inchaço, bolhas com "aguadilha" comichão, vermelhidão, e também mais picadas.

Já no verão, estivemos uns dias no Algarve e logo no primeiro dia picaram o meu menino num olho, passou uns dois dias com ele inchado, e no ultimo dia quando já quase não se notava o inchaço, picaram-lhe no outro, e ficou mais uns dias com outro inchaço. 

 Por isso, quem viu ontem na rua uma mulher com uma criança, deve ter pensado que eu me estava a transformar em Rodolfo a rena, do vermelha que tenho a cara entre o nariz, testa e bochechas, e o meu menino num unicórnio, pois foi picado no meio da testa e tinha lá um alto!

 Mas em todo caso se há altura para parecermos seres mitológicos ou fantasiosos deve ser o Natal.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

E o medo dos outros?


Todos sentimos medo, é normal! Uns mais, outros menos, mas todos temos e a grande diferença é a forma como lidamos com eles.
Há medos que nos paralisam, há outros que nos dão força.

No entanto e apesar de todos sentirmos medo de algo, é raro sentirmos empatia, nunca conseguimos entender os medos dos outros a menos que sejam os mesmos que os nossos.
Por exemplo eu tenho medo de andar de carro em excesso de velocidade, e/ou velocidade excessiva.
Mas não tenho medo de andar de avião. No entanto alguém que tem medo de andar de avião não entende o meu medo de andar de carro.

Outra coisa que igualmente carecemos de capacidade para entender é quando temos medo de alguém (pessoa ou animal), não entendemos que esse ser também pode ter medo de nós.

E o meu ponto é, temos tanto medo que não paramos para pensar, agimos por instinto, o que nem sempre está certo.

E a minha grande duvida é, já alguém se lembrou de parar de pensar um bocadinho no seu próprio medo e de ser a grande vitima nesta situação mundial toda? "Coitadinhos de nós europeus" estamos a ser atacados pelos extremistas islâmicos, e se lembrou de que os islâmicos pacíficos também têm medo, medo dos extremistas islâmicos, medo dos "extremistas europeus" (uma raça tão má como os islâmicos), medo dos europeus comuns que agem por medo.

Só pelo facto de terem uma religião, de terem uma forma de vestir, de terem um tom de pele, já é motivo para serem temidos, olhados com desconfiança, então levarem uma mochila às costas ou um capuz na cabeça é quase um grito de ataque.

 Uma coisa é termos receio e sermos cuidadosos, outra completamente diferente é sermos paranóicos, ignorantes e mal-educados.

Tirem os vossos sapatinhos egocêntricos e tentem pôr-se nos sapatos dos outros. Não vos fazia mal nenhum, e talvez fizesse algum bem a este mundo doente! 

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Dupla nacionalidade uma ova!


Nasci e vivi muitos anos num país que não Portugal (onde vivo actualmente), e tenho documentos de identificação para ambos países.
Mas não considero ter dupla-nacionalidade!

Na realidade não tenho nenhuma, porque estando lá sou sempre de cá e vice-versa.
Na teoria e legalmente falando sou cidadã de dois países e posso viver e trabalhar em ambos.
Na practica e humanamente falando, nunca estou em casa, nunca sou da "cá" (onde queira que "cá" seja).
Já há muito tempo que me considero cidadã do mundo e "casa" ou a "minha terra" é onde me sinto bem, e onde está o que amo.
Estando lá sou europeia, sou branca-cal, sou luso-descendente, sou "mulher de bigode que não toma banho" (piadas para com os portugueses).
Estando cá sou morena, sou latino americana, sou a estrangeira-com-nome-diferente-que-fala-bem-português.

 Por tudo isto não consigo ser "nacionalista" nem distinguir as pessoas por fronteiras.
Se acreditasse que as nacionalidades fazem as pessoas . . . eu seria bipolar.
Não apoio bandeiras nem bocados de terra aos que alguém deu nomes, apoio e choro ou festejo pessoas, pelos sentimentos, pelas acções, pelo que demostram ser.

 Acredito que a cultura, que os costumes ou o estilo de vida possam de certa forma formar a personalidade, mas nada de isso faz de alguém bom ou mau, inteligente ou estúpido, mais ou menos humano.

 Penso que mais que nunca, nestes tempos, as nacionalidades e as fronteiras não determinam nada.
E que todos somos inocentes até as nossas palavras ou as nossas acções provarem o contrário.

O que determina a minha pessoa são as minhas acções, nunca a minha religião, o país onde nasci, quem me procriou ou qualquer outro rotulo.

O mundo é de todos, as fronteiras foram inventadas, não há cá nossos. Somos todos humanos.
Os nossos (pelo menos é o que considero ser o meu lado) é quem vive pela paz e deixa viver.
Os outros são os que querem e vivem a violencia, já seja fisica ou verbal.
What side are you on??



sábado, 14 de novembro de 2015

Malditos burocratas!

                                                                       Autor: Quino


Sempre gostei da Mafalda, e já não é a primeira vez que ela (ele Quino) vai de acordo ao que penso.
As burocracias inúteis é coisa que devia ser proibida.

Tenho um problema de pele desde os meus 15/16 anos, não o vou descrever porque não é esse o motivo do meu post, mas este problema nem sempre se manifesta e muitas vezes nem se nota. Já por varias vezes recorri à minha médica de família para tentar descobrir o problema, mas a resposta tem sido sempre a mesma: "Isso é pela seca, tem que hidratar" e lá me receita um creme para ajudar a secura, o problema mantém-se, mas como vai e vem, eu vou deixando andar.

Há cerca de duas semanas, este problema tem vindo a piorar de dia para dia, a vermelhidão e inflamação, o prurido, a comichão, o aspecto áspero e a sensação de pele esticada tem sido óbvio até para os outros, neste sentido achei melhor procurar ajuda especializada, pois já se torna insuportável.

Começou o meu inferno, primeiro não tenho seguro de saúde, por isso recorrer ao privado está totalmente fora de questão, uma consulta de 80€ ainda poderia pagar, mas uma série delas mais exames é totalmente incomportável para a minha economia familiar. Tentei pedir à minha médica de família uma credencial para uma consulta de dermatologia, mas a minha médica de família está numa zona onde já não moro, e a credencial passada por ela seria para o Hospital que serve essa zona, o qual é ainda mais longe que o centro de saúde, e seria complicado ter consultas tão longe.
 Agora dirão, porque não mudo de centro de saúde para um na minha zona de residência, porque perderia a minha médica de família que também é a do meu filho, e apesar dela ter insistido que o meu problema é só pele seca, é a "minha" médica, o que acaba por ser melhor que ir para outro centro de saúde sem médico de família (porque não há suficientes para toda a gente) e ser atendidos por alguém diferente, sempre que lá precisar de ir.
Lá fui eu à consulta externa de um hospital perto do meu trabalho e mais perto da minha zona de residência tentar marcar uma consulta, mas foi-me dito o que eu já sabia, só com uma credencial da minha médica de família. Quase chorei de frustração!
A minha ultima opção, foi ir às urgências do hospital, com algo que não é uma urgência, mas que as circunstancias assim o fizeram, passei lá quase 6 horas, para ser mandada com uma credencial para o hospital mais perto com consulta externa da especialidade. Claro que é o mesmo hospital onde eu já tinha tentado obter uma consulta, mas como não tinha credencial não me foi permitido.

Vamos trocar a situação, eu preciso de ir para o Rossio e estou nos restauradores, mas não me deixam passar, porque não tenho autorização. Então a solução que me dão é ir até ao Martim Moniz, onde me dizem que devia ter ido ao Rossio e dão-me autorização. Faz sentido?    

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

"O que é melhor para o meu filho"


Tomar decisões difíceis é coisa à qual a vida nunca me poupou, no entanto não quer dizer que seja fácil quando aparecem.
Qualquer que seja a decisão a tomar, nunca nos afecta só a nós mesmo, mesmo que diga respeito à nossa vida, afecta sempre quem nos rodeia. E penso que é um dos motivos que as faz difíceis, afectar os outros e não só a cada um.
Aceitar as decisões dos outros que nos afectam, pode ser mais difícil, que para o outro ter feito a sua escolha, ou perceber que mesmo que tomemos a nossa decisão o outro já tomou a sua, não faz a nossa menos difícil.
Pesar os prós e contras quando a nossa cabeça (ou coração) já escolheu, nem sempre é uma boa ideia.
E como dizem por aí, não tomar nenhuma decisão já por si é uma escolha, uma que muitas vezes preferimos por achar que o que realmente queremos não é possível, o que torna os nossos desejos efectivamente impossíveis.

 Mas na hora de decidir, e por muito que afecte os outros, a escolha será sempre a melhor para nós mesmos, pois é a lei da vida e da sobrevivência, e os únicos que merecem que o seu bem-estar seja posto em frente ao nosso são os filhos, os que ainda dependem de nós e das nossas decisões.

Posto isto, a única pergunta que devo responder antes de tomar decisões difíceis (talvez as torne mais fáceis) é:

 "O que é melhor para o meu filho" 

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Uma noite daquelas!

Sei que tenho muita sorte ao dizer isto, mas o meu filho sempre me deu noites bem dormidas!
Desde os dois meses que dorme a noite toda, claro que se estiver doente ou alguma que outra noite por qualquer motivo, pode ter sido mais dificil, mas são raras.
Mas a noite passada foi uma daquelas para esquecer.
O adormecer é e sempre foi o mais complicado, mas com isso já conto. Ás vezes esqueço-me de lhe lavar os dentes antes de dormir, e é ele que pede, ainda não percebi se porque gosta, ou para atrasar a hora de ir dormir. Quando já está deitado, posso contar com ser chamada umas 4 ou 5 vezes, ou porque quer água/leite/sumo, ou quer ir fazer chichi, ou quer que me deite com ele, ou porque não lhe dei o panda para abraçar, ou porque já se destapou ou para perguntar o que estou a fazer ou o que se lembrar no momento.
Mas normalmente, mal adormece, posso fazer uma festa/rave em casa, que ele nem pestaneja.

Até à pouco tempo que dormia ainda no berço (cama de grades) e nunca sentimos necesidade de o trocar apesar de ter a cama de solteiro do pai no quarto dele, sempre pronta para ser utilizada. Á duas semanas começou a dormir na cama, porque ele pediu e achámos que era altura . . . não tem corrido lá muito bem . . . tem caido da cama quase todas as noites, o unico que ainda não fizemos foi comprar uma daquelas barreiras para evitar que ele caia, normalmente não se magoa, mas claro, assusta-se, apesar de tudo o voltar a adormecer não é dificil.

Passo a descrever a noite passada:
Depois do ritual normal para adormecer, estive a tratar de algumas coisas da casa, e ás 22H fui ver um pouco de TV, estive a ver uma serie até ás 23H mas mal me aguentava com os olhos abertos e logo que acabou fui me deitar.
Mal me deitei lembrei-me que não tinha posto o telefone a carregar nem tinha ido ao quarto dele ver se estava tudo bem, e sem sequer notar adormeci sem fazer nenhuma das coisas.
Ás 2H oiço um barulho e ele a chorar, fui logo ao quarto, estava no chão tinha os olhos fechados e agarrava a cabeça, peguei o ao colo, fiquei uns minutos e voltei a deitá-lo, e voltou a dormir sem problemas. Fui deitar-me novamente e voltei a adormecer mal fechei os olhos, nem meia hora passou, oiço-o chamar: Mãe!
Chamou mais duas ou três vezes, fui lá, queria sumo, ofereci água, mas não quis. Disse-lhe que era muito tarde e que tinha que dormir, aceitou. Voltei a adormecer.
Não sei quanto tempo depois volto a ouvir chamar: Mãe!
Fui lá, queria sumo, outra vez, ofereci água, não quis, pediu bolacha, disse-lhe que não era hora de comer bolacha, para dormir que de manhã lhe dava uma, aceitou. Voltei a adormecer.
Não sei quanto tempo depois volto a ouvir chamar: Mãe, água!
Fui lá, dei água e bebeu um golo bem pequenino. Chateei-me, disse que não podia ser, que tinha que dormir, e novamente lá aceitou.
Não sei quanto tempo depois, oiço alguém a tentar abrir a porta do quarto dele, mas como está estragada, não conseguiu, começou a chorar e a dizer: Mãe, já dormi.
Olho para o telemovel que já tinha posto a carregar e vejo 5:05 da manhã, quase que chorei. Estava tão cheia de sono, que mal conseguia abrir os olhos.
Fui ao quarto dele, peguei-o ao colo, ele parou de chorar e disse que se tinha magoado com a porta, e com um sorriso disse: Já dormi mãe!
Disse-lhe que tinha que dormir mais, levei-o à janela e disse que ainda era de noite.
Respondeu que queria dormir na cama da mãe e do pai, muito raramente dorme na nossa cama, e mesmo que lá adormeça, eu ponho-o na cama dele, por um motivo: não consigo dormir com ele, mexe-se muito e estou constantemente a acordar.
Disse-lhe que estava muito cansada e que não podia dormir comigo, insistiu, la o consegui convencer a dormir no quarto dele, mas preferiu dormir no berço (que ainda lá está montado), deitei-o, tapei-o, dei-lhe o panda e fui dormir. E voltei a adormecer com a mesma rapidez.
Ás 7H tocou o despertador, levantei-me tratei de mim e do nosso pequeno almoço, mas tudo mais lento do que o normal, já estava atrasada quando o fui acordar, qual não é o meu espanto ao pegar nele, que me apercebo que estava todo molhado de chichi (o qual só tinha acontecido duas vezes desde que tirou a fralda da noite). Lá o lavei, à pressa, vesti-o, também ele devia estar cansado, estava muito cooperativo e saímos.

No caminho para o trabalho, só consegui pensar a sorte que tenho de que estas noites sejam a excepção e não a regra!

PS.: Pai a fazer o turno da noite, não estava em casa.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Como é que fazemos entender a alguém, que só acredita no "tem que ser", que o "eu quero" também é uma opção?

Que nem tudo na vida são obrigações!
Que se realmente queremos que as coisas mudem, temos que fazer por isso, que procurar!
Que podemos dizer não!
Que, mesmo que o mundo diga que o que queremos é impossivel, só nos devemos convencer disso depois de tentar!
Que fazer cedencias também significa tentar o caminho do outro mesmo que não acreditemos nele! Que nós fazemos da vida o que queremos, não é a vida que faz de nós o que quer!
Que dar aos outros o melhor não significa dinheiro ou luxos!
Que não fazer o que o resto do mundo faz, não é ser maluco, é ser diferente!

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Sou burra, mas sinto-me bem comigo mesma!


Ainda não percebi exactamente o que significa "inteligência emocional", por isso a inteligência normal também é algo que não me assiste completamente. Mas pelo que entendi, é algo de que careço completamente. Principalmente no que se refere ao meu filho.

Continua a ser ainda hoje aos seus 3 anos (está na creche desde os 10 meses) algo extremamente difícil para mim de gerir ter que deixa-lo quando ele não quer. O lado bom é que ele, a maior parte dos dias não chora ao ficar na creche (Jardim de Infância), e regra geral parece gostar, mas mesmo assim quando o acordo de manhã diz sempre que quer ficar em casa comigo e é uma luta (literalmente) para o vestir, e o caminho até à creche (que por sorte é curto) vai ao colo agarrado ao meu pescoço como se fosse passar um mês sem nos vermos (mas provavelmente porque vai cheio de sono). Isto é tão difícil hoje como no primeiro dia que o tive que deixar.

Há uns dias li a noticia da morte de um bebe de 4 meses numa creche, e o meu coração fica pequenino, e mais que pensar no meu filho, penso naquele que eu ainda gostava de ter e que vou muito provavelmente ter que deixar aos 4/5 meses numa creche.

E cada vez tenho mais certezas que o dia que estas coisas deixem de me afectar, e que tenha a tão falada "inteligência emocional" vai ser um dia muito triste, pois vou deixar de ser menos humana.

Por isso, agradeço a preocupação, mas prefiro continuar a ser burra . . .

 

. . . e retrógrada, e fundamentalista, e tudo o que vos vier à cabeça!

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

"No basta" (Not enough)


Há algum tempo, ou melhor, há já bastante tempo, penso que antes de estar casada, li um pequeno texto, daqueles lamechas que aparecem de vez em quando (todos os dias) nas redes sociais. Este texto falava da diferença entre uma família perder um pai e uma empresa perder um empregado, é daqueles textos que meio mundo faz "gosto" e comentam o muito que concordam com o texto, mas na realidade, todos esses gostos são fictícios, pois na vida de cada um, muito poucos são os que põem a família à frente do trabalho, do dinheiro, da carreira. Não digo que não gostem da família ou que não façam o que podem quando é mesmo necessário ou que até preferissem que fosse diferente, mas voltamos ao irritante "tem de ser e o tem de ser tem muita força", desculpem mas esta frase é o lema de quem está conformado com certas injustiças, que desistiram de tentar ter o melhor que a vida pode oferecer.  Pergunto me se realmente querem passar mais tempo com os filhos, a mulher, o marido, os netos, os pais, ou se na verdade preferem os trabalhos, as obrigações profissionais, as carreiras??

Tudo isto me causa uma profunda tristeza, primeiro porque acredito que a causa deste mundo tão fracturado se deva à falta de valores familiares, depois porque sei que quando chegarmos a velhos, os títulos, as conquistas profissionais não nos vão dar apoio, não nos vão fazer companhia, não nos vão dar pequenas alegrias do dia a dia.

Mas mais que ter tempo para estar com os pais, ou a/o mulher/marido, o realmente importante é ter tempo para os filhos. Já durante a minha gravidez dizia muito a frase: Não quero ter filhos para que sejam criados pelos outros" e esse continua a ser o meu lema.

O tempo que sou obrigada a dar para receber um ordenado, é algo que neste momento não é menos porque me é impossível, mas mais não dou porque, verdade seja dita, ninguém dá nada a ninguém, nem nós a eles nem eles a nós. Sou pessoa de exigir os meus direitos custe o que custar, e não entendo quem deixa que passem por cima dos seus direitos, seja por medo, ou qualquer outro motivo. Certas empresas actualmente, fazem o que querem, pois sabem que as pessoas têm medo, mas mesmo assim as pessoas reclamam mais o facto de não receberem o ordenado certo do que quando os fazem trabalhar mais tempo do que é legal e consta nos seus contratos.

Será que não entendem que o tempo a mais que dão às empresas (muitas vezes nem pago é) é tempo roubado às suas famílias? É mais importante reclamar o dinheiro que recebem a menos do que o tempo a menos que os seus filhos recebem? Porque é que reclamam com tanta facilidade o dinheiro a menos, mas não vejo ninguém a reclamar o tempo que perdem com a família? Querem mesmo estar com a família, ou é mais importante o dinheiro?

Isto entristece-me ainda mais quando nem sequer consigo fazer entender isto ao pai do meu filho!
O "tem de ser" só tem a força que nós lhe permitimos que tenha!

Se as meras palavras escritas (ditas) não fazem efeito, talvez as palavras cantadas façam!
Esta canção é das mais bonitas que conheço, não só pela melodia, mas principalmente pela letra, as palavras.



Mesmo que não falem espanhol, não é difícil de perceber se puserem atenção.
A canção é de um cantor venezuelano chamado Franco de Vita e chamasse "No basta"! Cuja tradução é: "Não é Suficiente".  


sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Do masoquismo . . .


Há dois anos adoptámos um gato que tinha sido apanhado na rua, com todas as características de um gato bebe que vive na rua. Foi cuidado e tratado pelo meu pai, e dois meses depois veio para nossa casa (um apto. de aprox. 50 mt2 ) onde já tínhamos uma criança de 1 ano na altura.

O gato, de nome Taz, fazia jus ao seu nome e parecia um pequeno furacão e muito desconfiado, sendo que a cozinha não tem porta, era complicado pois à noite tinha que ficar tudo arrumado, senão de manhã parecia que tínhamos feito uma festa com tudo espalhado pelo chão.

 
Durante os dois anos que o temos, penso que tenha gritado mais o nome Taz, que o nome do meu filho (o qual passou pelos famosos "terrible two" e ainda não saiu completamente), adora afiar as unhas em todo o lado menos no arranhador, não posso ter a janela aberta que vai logo ver se se equilibra nas cordas da roupa, quando vai à sua casa de banho trás mais areia cá para fora da que fica lá dentro, não sei que problema tem com a água que antes de beber dá-lhe umas sapatadas para deixar a zona bem molhada, não posso deixar elásticos do cabelo em lado nenhum, que desaparecem e aparecem meses depois cheios de pó debaixo de um móvel qualquer, não gosta que lhe façam festinhas e morde se tentarmos.

Mas de há uns meses para cá a sua atitude tem vindo a mudar, em Janeiro deste ano foi castrado, o que ajudou a acalma-lo, depois em Maio começou com faltas de ar, e depois de uma noite no vet. foi diagnosticada asma felina, e de vez em quando tem ataques de asma, o que ajudou também a fazer dele um gato mais calmo e amigável.

 
Então depois de dois anos com este amigo, que é um membro da família à sua maneira, e que por vezes testa os limites da minha paciência, mas é um grande amigo, decidimos arranjar um amigo mais à medida dele, para lhe fazer companhia quando faltamos nós . . .
. . . alguém que espalhe com ele mais areia pelo chão, alguém com quem correr por todo o lado e ainda não sabe que não pode subir à bancada da cozinha quando estamos a cozinhar, alguém para afiar as unhas com ele no sofá ou nas cadeiras, alguém para deixar mais pelos espalhados pelo chão, alguém para procurar os elásticos perdidos debaixo dos móveis, alguém para lhe fazer companhia e com quem testar ainda mais a minha paciência.

 
Ter mais um a fazer confusão não era precisamente o meu desejo mais profundo, saber que o Taz não é infeliz e estará acompanhado nos dias em que não há mais ninguém em casa, é algo que me deixa mais tranquila.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Triste e revoltada

Triste por ver tanta abstenção num país que tem tudo para ser um pequeno paraíso. Triste porque percebo o sentimento que levou grande parte desses votantes a preferirem não ir votar. Triste porque apesar de ter votado não senti que houvesse alguém forte e com capacidade para mudar o rumo que o nosso país precisa.

 Revoltada por constatar (mais uma vez) que a porcaria do football tem mais importância na vida das pessoas do que lutar por melhores condições. Revoltada por perceber (mais uma vez) que uma minoria unida pode vencer uma maioria separada. Revoltada porque não havia um único líder político neste país disposto a fazer alterações que realmente valessem a pena.

 Triste e revoltada por saber que existem tantas pessoas neste país que apenas lhes interessa o próprio bem-estar sem importar em cima de quem põem as suas cómodas cadeiras!

 Até que ponto as ideologias politicas nos separam dos que nos são próximos!?

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Não é publicidade, é só uma opinião!


Juro que não é publicidade.
Nem gosto de publicidade nos blogs "à descarada"!


Mas se há lugar ao que gosto de ir é ao IKEA.
Gosto porque adoro fazer compras (do que quer que seja).
Gosto porque gosto de lá passear.
Gosto porque gosto das ideias para decoração que dão nas divisões já montadas.
Gosto porque gosto da comida deles, em especial os cachorros, os cinnamon rolls e as bolachas de gengibre.
Gosto do facto de serem "baby-friendly".


Até gosto de ver a TV que lá têm com documentários sobre a vida dos suecos.
Fico sempre super entretida a ver, e aprender sobre os costumes deles, e acho muito interessante o facto de apesar de serem Europeus e estarem aqui tão perto (em comparação com outros países) terem costumes e tradições e uma maneira de ver a vida tão diferente das nossas. E entender que o facto de sermos diferentes não nos faz melhores ou piores, só nós faz diferentes.

Que aborrecido seria se fossemos todos iguais.
Que triste deve ser quem exclui/critica os outros por serem diferentes.


Que alegria descobrir coisas diferentes e aprender e aceitar as diferenças dos outros e que aceitem as nossas! 
Bom fim de semana!

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Sociedade hipócrita

Tenho notado certos comentários, em relação à questão de pôr pessoas de idade nos lares, que não entendo completamente.

No geral é quase sempre mal visto o facto de um filh@ deixar um pai/mãe/avô/avó num lar, já seja que o visite de vez em quando ou que não vá lá mais.
No entanto quando um pai/mãe deixa um filh@ (bebes de 4/5 meses) numa creche é considerado muito normal e oiço o típico "tem de ser" seguido do "e o tem de ser tem muita força"!
Desculpem, mas acho que vai dar exactamente à mesma coisa, deixar alguém que temos ao nosso cuidado, porque o trabalho e o dinheiro são mais importantes.
Sei que estou a ser antiquada e fundamentalista, mas acho que temos que ser coerentes.
Deixar um bebe quase recém-nascido numa creche (nem vou falar de internatos com crianças antes dos 13/14 anos), é tão válido como deixar num lar uma pessoa de idade que já não pode tomar conta dela mesma. Quero dizer, deixar um bebe de 4 meses devia ser tão errado como pôr uma pessoa mais velha num lar e nunca mais lá voltar!
Não estou a criticar quem o faz, até porque eu fiz (o meu tinha 10 meses), estou a criticar as leis e regras que gerem certas sociedades (supostamente) evoluídas, que obrigam a que ambos membros de um casal sejam obrigados a trabalhar (muitas vezes horas a mais) para poder sobreviver!

"Make up your mind, people!" Ou está certo ou está errado, mas as duas coisas é que não pode ser!

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Desculpa . . .

Desculpa por querer estar contigo!
Desculpa por não aceitar o que não me faz feliz!
Desculpa por não gostar de estar sozinha!
Desculpa por não me contentar com pouco!
Desculpa por te querer só para nós!
Desculpa por chorar quando não estás!
Desculpa por querer mais tempo juntos!
Desculpa por sentir a tua falta quando não estás!
Desculpa por me sentir abandonada quando podias estar!
Desculpa por te amar . . .
. . . o dia que já nada disto acontecer, já nenhuma desculpa valerá!

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Um aparte na minha pausa . . .


Pois realmente não sei o que é pior, se ensinar crianças a matar touros por diversão (macabra) ou se os romanos que pela mesma diversão ponham escravos a "lutar" (como se tivessem qualquer hipótese) contra leões!

Depois de ler este post fiquei realmente indignada, pois ao igual que é proibido financiar escolas de terrorismo ou fabrico de drogas ilegais, devia ser igualmente proibido financiar com dinheiros "públicos" este tipo de actividades macabras.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Está difícil não falar de politica. (Resposta a Brigitte Gabriel)


Resposta a um vídeo que vi, no qual a Sra. Brigitte Gabriel responde a uma muçulmana.

 
1. Não é uma questão dos Alemães, Japoneses, Sírios, ou qualquer outro povo no mundo ser violento, é a natureza humana, somo todos, o país onde nascemos não faz de nós mais ou menos violentos.

2. Já que vamos dividir as coisas por fronteiras, porque não fala das atrocidades que os EUA têm feito pelo mundo? Quantos milhões de pessoas já morreram nas mãos dos EUA que se dizem "salvar o mundo"? Onde estão as armas de destruição maciça que iniciaram todo este problema? E os milhares de pessoas que morreram no Japão com a bomba atómica e os que ainda morrem pelas consequências da bomba atómica, que foi única e exclusivamente utilizada na história pelos EUA?

3. Como 25% (no máximo) dos muçulmanos são violentos e extremistas, então o restante 75% tem que pagar e ser tratado injustamente? Nesse caso, e começando pelo EUA (tendo o mundo inteiro para percorrer), os seus habitantes são perigosos e lhes deve ser restricta a entrada em qualquer outro país, pois desde jovens começam a matar os colegas nas escolas aos tiros, quando atingem a maioridade (depois de 18 anos de lavagem cerebral) só pensam em inscrever-se em qualquer tipo de organização militar para ir matar quem quer que seja, e já agora, uma fonte importante da sua economia baseia-se na produção de filmes e programas para televisão de terror e extrema violência.

4. Com 99,99% de certeza poderia assegurar que se os países da civilização (que de civilizados pouco têm) ocidental não estivessem a destruir e a matar inocentes metidos onde ninguém os chamou (isto é: no médio oriente a tentar sacar petróleo) os muçulmanos e islamistas não teriam necessidade de fugir e refugir-se nos "nossos" países.

5. E por ultimo: "stop the bullshit" de uma vez por todas e face a todas as provas existentes, admitam de uma vez que foi o próprio governo dos EUA que organizou o ataque do dia 11 de Setembro ao World Trade Centre!


Continuou sem entender porque é que depois de décadas a ver os EUA a andar pelo mundo a fazer o que lhes dá na gana, a destruir e a roubar o que bem lhes apetece, ainda ninguém fez nada para os pôr no seu lugar??

E já agora: Sra. Brigitte Gabriel tenha um bocadinho de respeito, e mesmo estando orgulhosa do seu discurso e com todos os aplausos que recebeu, o sorriso de "muçulmana-reles-tinha-sido-melhor-ficares-calada" era completamente desnecessário!!

terça-feira, 8 de setembro de 2015

De volta à semana dos 20 minutos!

Que se transformou na semana dos 10 porque os 10 minutos da manhã desapareceram em combate!
(Para quem não sabe aqui está a descrição da semana dos 20 minutos)

Mas para não ser só reclamar!
Hoje vamos agradecer também:

Às semanas dos 20 minutos, que me fazem apreciar muito mais as outras semanas!
Às pessoas que não respondem sms, que me ajudam a limpar a lista de contactos!
Às birras matinais, que deixam tempo livre quando contamos com elas e elas não aparecem!
Ao gato anti-social lá de casa que não gosta de festinhas mas que caça as minhas "inimigas publicas nº 1".
Aos MB sem dinheiro, que me ajudam a poupar!
E aos mal-educados com que me cruzo na rua/transportes que ajudam a descarregar a minha frustração das semanas difícies ao insulta-los silenciosamente.

Em todo caso, boa semana!

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Política e religião


Não gosto de falar de política, nem gosto de falar de religião.

Porque detesto a necessidade que temos (todos) de tentar mudar o que os outros pensam e sendo dois temas nas quais as escolhas são tão pessoais, é muito fácil criar desentendimentos.
Se soubéssemos respeitar as escolhas dos outros, mas não sabemos.

Falo em plural porque me estou a incluir a mim mesma. Como a maior parte das pessoas, penso que as minhas escolhas são as correctas, e apesar que em muitas coisas, posso mudar de opinião se vir que não estou certa, nestas duas sou cabeça dura e acredito no que acredito.
Detesto que me tentem dissuadir do que acredito ou que procurem falhas (porque elas existem) e me "atirem" com elas como se fossem falhas minhas, mas nenhuma ideologia, já seja religiosa ou política, carece de falhas.
Se há coisa contra o que luto todos os dias (e devo dizer que nem sempre consigo e que para mim é muito difícil) é não tentar fazer entender aos outros o meu ponto de vista ou as falhas no que acreditam, e aprender a ficar calada.

Além dos dois temas que mencionei devo incluir o football, neste caso mais concretamente os clubismos e fanatismos exagerados, que é algo com o qual sou contra, não entendo e, verdade seja dita, não faço por entender, e sobre o qual faço um grande esforço por não fazer comentários negativos, o que como já disse, nem sempre consigo.

No entanto a situação mundial mais recente, especialmente na Europa, África e Médio Oriente, assim como nos Estados Unidos da América, a qual é causada por problemas gravíssimos nos dois temas que não gosto de falar, uma profunda crise de valores e ética na política e políticos, a nível mundial, e uma terrível falta de respeito e moral de todas as religiões.

Não gosto de falar sobre esses dois temas, mas ultimamente é cada vez mais difícil, não falar na falta de respeito que temos uns com os outros, sem respeitar as escolhas uns dos outros. A habilidade que têm os "Robin Hood´s" da nossa era de roubar aos pobres para dar aos ricos. A pouca compreensão que temos para entender as crenças que não são as nossas. A facilidade que temos em ignorar  as necessidades dos outros mesmo quando tínhamos possibilidade de ajudar. A forma tão banal como utilizamos os outros (pessoas ou animais) para os nossos próprios propósitos.

Não quero vender as minhas ideologias a ninguém, e não gosto de dar concelhos não solicitados.
O que quero, sim, é lembrar que refugiados, pessoas pobres e animais não são lixo e merecem tanto quanto cada um de nós. O que quero é que cada mãe pense se gostaria que o corpo do seu filho, o seu bebe morto e maltratado fosse a única forma de abrir os olhos a milhões de pessoas que só pensam no seu próprio bem estar. Que se ponham no lugar dos outros e percebam que certas decisões não se tomam por capricho ou vontade. Que abram os olhos e deixem de inventar diferenças onde elas não existem, como, cor da pele, género, crenças, orientação sexual, etc. Que percebam de uma vez por todas que o facto de não saber falar e andar de quatro patas não é desculpa para ser maltratado, pois também sentem dor física e emocional.

Porque as imagens nos nossos ecrãs não são histórias tristes, filmes e actores; são seres de carne e osso tão reais como nós e os nossos miseráveis problemas!

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Coisas minhas!

Já toda a gente lhe aconteceu conhecer alguém e não gostar dessa pessoa só porque sim, sem qualquer motivo aparente, também já deve ter acontecido conhecer alguém e não gostar, mas com o passar do tempo começar a gostar e até ficar grandes amigos.
Mas há algo que me acontece que nunca ouvi ninguém a comentar, que é cruzar-me com alguém que não conheço nem nunca vi, ou ter ao meu lado num transporte público, numa loja ou em qualquer lugar por não mais do que uns minutos e depois ficar a pensar que provavelmente teria gostado daquela pessoa, que nos teríamos entendido ou até sido amigos!
Por isso quando ando na rua, tento lembrar me de sorrir e não andar com má cara.

Algo que ajuda a esta minha caracteristica é observar as pessoas, como estão penteadas, que roupa trazem ou sapatos, ou accesórios, e quando gosto de algo ou alguma coisa me chama a atenção, é o ponto de partida para pensar que poderíamos ter algo em común. Nem sempre o motivo é lógico, mas nem tudo tem lógica. Não falo com as pessoas nem tento fazê-lo, não tenho intenção de fazer amizades. Mas penso muitas vezes em universos parelelos (futuros alternativos), em o que teria acontecido ou sido diferente se o tivesse feito.

Faz sentido, tem algum interesse, nem por isso.
São apenas coisas minhas!

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Memorias de infância


Cada vez que vejo o meu filho tempos intermináveis a olhar para um ecrã seja de TV ou telemóvel*, ou que o vejo a brincar sozinho com os seus carros e legos no chão da sala, sinto uma estranha tristeza ou mais bem uma nostalgia, porque as minhas memorias de verdadeira felicidade na minha infância não incluem brinquedos nem coisas caras, incluem gargalhadas, aventuras, amoras silvestres, saltar na cama, castelos de cadeiras e lençóis, brincadeiras com os vizinhos na rua, estradas de terra no quintal, túneis de areia na praia e tantas outras coisas que o dinheiro não compra.

E quero, mais do que dar-lhe coisas, quero que tenha memorias felizes.

Quero dar-lhe cocegas e gargalhadas, quero dar-lhe amigos e irmãos (de sangue ou de coração), quero dar-lhe brincadeiras e "apanhadas" e "escondidas", quero ajuda-lo a contar as estrelas num céu estrelado numa noite escura, quero dar-lhe amoras silvestres que apanhamos e comemos rápido para que ninguém diga que é preciso lavar, quero dar-lhe caminhadas que se transformam em aventuras, quero dar-lhe memorias que valerão mil vezes mais que todos os brinquedos que o dinheiro possa comprar.

Quero dar-lhe tempo, o meu tempo para brincar, quero dar-lhe paciência, a minha, para o ensinar a brincar. Quero dar-lhe tudo o que eu tive, mais tudo o que ele merece.

Quero dar-lhe conversas de meia noite, e contar-lhe as minhas memorias.
Aquelas quase completamente preenchidas por alguém que não está cá, mas que faz tanto parte de mim e dele como fazem todas essas memorias.

Quero dar-lhe as minhas memorias para que ele possa fazer as dele, sabendo que não precisa de coisas para que sejam as mais felizes, apenas de amigos (irmãos), de vontade, de energia, de criatividade.

Quero dar-lhe tudo o que o dinheiro não compra, que não se rouba nem se estraga.

 

 

 * Em certas e determinadas alturas é a única forma de o manter sentado e quieto por mais do que dois segundos, especialmente em restaurantes e lugares públicos, e em todo caso a culpa é minha (e do pai) pois fomos nós que a isso o habituámos. Mas nos tempos que correm, ser criança é incomodar os outros. 

 

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Homeopatia (continuação do post: Otites)


As primeiras duas semanas foram difíceis, primeiro porque os tratamentos com medicamentos homeopáticos têm que ser muito rigoroso no espaço de tempo entre tomas, depois porque não fazem efeito tão rápido como os medicamentos normais e por último porque não podem ter "ajuda" de outros medicamentos.
Eu, que tinha uma esperança, quase cega, que estes medicamentos iriam funcionar, consegui ter paciência e força de vontade para continuar e para lutar contra as constantes tentativas do pai para darmos os antibióticos e todos os medicamentos receitados no hospital. Foram duas semanas de muitas discussões e desacordos, e apesar de que somos os dois "cabeça dura até mais não", dessa vez consegui ser firme e manter o tratamento, até que começou a mostrar sinal de estar a resultar e as coisas acalmaram; não só para nós como pais e casal, mas para a saúde do anjinho.

Durante os seis meses das constantes otites, cada vez que vínhamos para casa com mais um antibiótico, eu pensava:
"Quando esta otite passar vou procurar um homeopata, para fazer algum tratamento de prevenção e reforço do sistema imunitário"
Mas mal melhorava eu esquecia o assunto e só me voltava a lembrar na seguinte ida ao hospital.
Teria sido melhor assim, não tinha havido discussões, o anjinho tinha sofrido menos com as dores e o mal-estar, mas não vale a pena chorar sobre o derramado, não tomei a decisão no momento certo, mas eventualmente tomei-a.

Teve 3 consultas com a homeopata, nada baratas, mas dinheiro muito bem gasto, não tenho qualquer arrependimento, apenas que devia ter ido antes. E lamento que não hajam homeopatas nos hospitais e centros de saúde, pois nem sempre a medicina ocidental tem as respostas que procuramos.
Tive muita sorte, pois um dos meus medos era pagar e não ter a ajuda necessária, mas tal não aconteceu, a homeopata foi mais do que 5 estrelas, e estava sempre disponível por telefone ou até sms a qualquer dia da semana.

Hoje em dia, um ano e meio depois da ultima otite, de vez em quando continua a tomar os medicamentos, logo que começa a ficar com tosses.
Não voltámos a ir ás urgências do hospital nem teve mais otites, nunca mais tomou um antibiótico e o vocabulário melhorou mal começou a tomar a medicação (porque melhorou a audição).

Temos consultas regulares com a Otorrino, para ver se está tudo bem e se não ficou com alguma lesão ou perda auditiva. Logo na primeira consulta no hospital após a ida à homeopata, expliquei à Otorrino que estava farta de antibióticos, de não ver melhorias, de voltar sempre ao mesmo e de ser bombardeada com sugestões para a operação aos ouvidos, e tinha decidido leva-lo a uma homeopata, que a ultima otite tinha sido curada com os medicamentos receitados pela homeopata, mas que se a médica quisesse podíamos continuar as consultas, pois uma segunda opinião nunca fez mal a ninguém, e até ela teve que admitir que o anjinho estava muito melhor e nunca mais me voltaram a falar de cirurgias.

Após a notável melhoria do anjinho (fizemos 3 consultas em 6 meses, o resto foi tudo por telefone), deixámos de ir ás consultas com a Homeopata, infelizmente o valor das consultas não nos permite fazê-las quando está tudo bem, mas o pouco conhecimento que ganhei nos meses que se seguiram á primeira consulta, permite-me "atacar" os pequenos problemas de saúde (relacionados com ranhos, febres e tosses) que têm surgido.  

Não digo que a Homeopatia tem solução para tudo, claro que não. Mas chateia-me que, para a grande maioria dos médicos, a primeira opção a seguir aos medicamentos seja a cirugia (que muitas vezes ou não funciona ou não corre como esperado). Penso que seria de grande beneficio para todos (pacientes, médicos e até o estado) começar a apostar em medicinas alternativas nos centros de saúde e hospitais (obviamente para quem quer) em vez de partir de imediado para cirugias, especialmente em crianças pequenas.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Cair em tentação!

Já antes tinha aqui falado que as redes sociais não são coisa que me agrade muito. Dão jeito em certas situações e se não fossem utilizadas em substituição do contacto humano, seria bem melhor.
No entanto, visto que a sociedade, practicamente, vive através das redes sociais, decidi juntar me a esse meio, apenas com a intenção de divulgar um pouco mais este blog e tenho notado, que estando fora e sem qualquer contacto (neste caso do facebook) é mais fácil esquecer e ignorar a sua influência e magnetismo (dependência), mas agora tendo um perfil (o qual existe unica e exclusivamente, porque fui obrigada a fazê-lo, para poder fazer a pagina do blog) é bem mais difícil não sucumbir a ele, quero dizer ter um perfil do facebook, ter amigos que publicam fotos e posts e não andar a fazer o mesmo, não andar a pôr gostos e a fazer partilhas a torto e a direito e resistir ao mar de gente que andam todos para o mesmo lado, é daquelas coisas que exigem força de vontade. Não digo que eu a tenha, ou pelo menos pelo tempo suficiente, a ver vamos.
Em todo o caso, resistir a algo que não vemos não mostra tanto de nós como resistir a algo que temos à nossa frente.
Não sou uma pessoa com grande força de vontade, e fazer isto exige mais de mim do que tinha anticipado.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Ainda sobre envelhecer

Isto de perder as capacidades (físicas e mentais) é algo que me deixa realmente preocupada, e como tal penso que é importante o exercício (sem exageros), não só físico, mas especialmente o mental.

Há muitos anos que me falaram de um exercício óptimo para a memoria (o qual sou honesta, são mais as vezes que não o faço do que as que faço), mas não deixa de ser muito bom, e que se não fosse tão preguiçosa faria mais vezes.

Passo a descrever, pois realmente é bastante simples, e se eu não o aproveito como deveria, talvez alguém o faça.

Então, à noite já deitados e antes de adormecer (de preferência) fazer uma retrospectiva do dia, mas ao contrario, isto é, desde que nos deitámos até que acordámos, e tentar fazê-lo todos os dias ao deitar. É muito bom para melhorar a memoria, e como já disse é óptimo para exercitar a mente, e no futuro evitar doenças como o Alzheimer.

É tão simples (diz quem não o faz tantas vezes como aconselha), e trás um grande benefício. Fazemos tanta coisa que não serve para nada, que "perder" uns minutos nisto, penso que vale a pena!

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Envelhecer

Sou aquele tipo de pessoa que tem terror a envelhecer. Não falo da velhice estetica, ou seja: cabelos brancos (que já tenho), rugas e peles descaidas, não é o que me assusta (claro que também não me emociona).
 A velhice à que me refiro é aquela que nos faz perder as nossas capacidades fisicas (não ter força nem para ir à casa de banho sozinha) e as mentais!
Penso que não serei a única, mas o meu medo da velhice chega a superar o medo de morrer antes que chegue esse momento.
Há uns dias no metro presenciei  uma "cena" que apesar de cómica me fez lembrar este meu medo.

Na estação do metro de Oriente entraram duas idosas, daquelas com aspecto de avózinhas, e sentaram-se à minha frente. Vou chamar senhora A e senhora B.
- Senhora A: Vamos sair na Alameda que é já a seguir!
(Devo dizer, para quem não conhece, que de Oriente à Alameda são 6 estações ).
Na estação seguinte.
- Senhora B: É aqui?
- Senhora A: Não, deve ser a proxima.
Mais uma estação, a mesma conversa.
A senhora B, um tanto nervosa diz que não consegue ouvir o que diz a gravação que informa a paragem seguinte porque o metro faz muito barulho, e pergunta a uma rapariga sentada ao meu lado se falta muito, a qual responde que ainda faltam algumas.
Sem perceber, a senhora A diz:
- Será que nos enganámos e era para o outro lado!
- Senhora B: Esta menina acaba de dizer que ainda faltam algumas!
- Senhora A: Mas só tinhamos que passar a estação do Areeiro e a Alameda é logo a seguir!
(o Areeiro fica em outra linha do metro)
Entretanto lá ficam à espera, e no transcurso entre a estação anterior e a Alameda, a rapariga sentada ao meu lado diz à senhora B que a Alameda vem a seguir, e esta diz à senhora A, a qual responde:
- Mas é na Alameda que vamos sair? (em tom preocupado)
E pergunta a senhora B à rapariga:
- É na Alameda que tenho que sair?
A rapariga abre os olhos, olha para mim e encolhe os ombros.
Quando as portas estão a abrir levantam-se as duas muito apressadas e, perguntam-me, pois eu também estava a sair:
- É por aqui que se vai para o Chile? (Praça do Chile fica à saída da estação do metro de Arroios)
E respondi que sim.

Mas dada a conversa anterior, ainda pensei em perguntar se era para a Praça do Chile ou o país Chile que queriam ir, pois o Aeroporto fica para o outro lado da linha onde estavamos.

Não sabia se havia de rir ou de preocupar-me, por elas e por mim, pois chegará a minha altura, e tenho terror a que me aconteçam situações destas, de não ter a certeza para onde vou ou onde estou!

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Otites

Não acredito na chamada medicina occidental.
Já sei que não é uma religião para se acreditar ou não, e que têm feito muitos avanços e descobertas. Mas mesmo assim, penso que há muitas coisas que não sabem (ou que sabem) e não admitem, têm metodos excessivamente invasivos, medicamentos com excesso de quimicos que "curam" uma coisa e "estragam" 3, não aceitam outras medicinas e "pare usted de contar"!
Ou seja, têm os seus prós, mas com certeza também têm os seus contras, e penso que estou no meu direito de não acreditar nela.

Além de todos estes motivos ainda tenho um mais pessoal!
O meu anjinho teve uma altura muito fragil, que pode ter sido causada por muitas alterações na sua rotina. No decorrer de dois meses, comecei a trabalhar e ele teve que ir para a creche (com 10 meses), mudámos de casa e deixou de mamar.
Apenas uma semana depois de ter entrado na creche (antes das outras alterações) fez uma otite. Foi a primeira vez que adoeceu no seu curto espaço de vida, e lá lhe tivemos que dar antibiotico, muito contra minha vontade. Duas semanas depois, lá voltávamos ao hospital (já depois das outras alterações), mais uma otite em ambos ouvidos, mais um antibiotico para a lista (que apenas estava a começar).
Umas 3 semanas após a segunda otite, mais uma ida ao hospital, no dia do seu primeiro aniversário, com diagnóstico de outra otite, mas como era fim-de-semana, para lá voltar na Segunda-feira e ser visto por um especialista (otorrino). Na Segunda foi apenas com o pai, o diagnóstico: a otite tinha evoluido para uma otomastoidite, tinha que ficar internado! Com sugerência da Médica de que se as otites continuassem devería ser operado para colocar uns tubinhos para drenar o "liquido" (ranho) dos ouvidos e possivelmente retirar os adenoídes (todas as otites que fez foram otites serosas, apesar de nunca lhe ter saído liquido pelos ouvidos).

Mal soube disto, disse logo: Opero-lo, "over my dead body"! Antes tento todas as opções havidas e por haver!

Mas mesmo assim, uma semana internado a levar antibiotico injectavel, com a mãe a trabalhar durante o dia (não podia pedir baixa por estar a trabalhar à menos de 3 meses) e a passar as noites no cadeirão do hospital com o anjinho.

Isto em Julho, até Janeiro do ano seguinte continuou a fazer otites quase todos os meses, e claro, cada otite, um antibiotico.
Em Janeiro após ida ao Hospital, diagnóstico de otite, toda a noite no hospital a fazer aerosois, vamos para casa com antibiótico (claro!) e mais um carregamento de medicamentos.
O sentimento de culpa, já não me deixava continuar a dar lhe antibióticos, por isso no dia seguinte, com febre, tosse e sem tomar qualquer medicamento, levei-o a uma homeopata (recomendada por uma amiga), a apostar tudo o que tinha que esta seria a solução, e com muito pouco apoio de parte do pai.


(to be continued)

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Tabus da maternidade


Não vou falar de todos, porque não os sei, não tenho tempo nem vocês paciência.
Vou falar de dois que fazem parte da minha experiência.

O primeiro está relacionado com um post anterior (aqui), e que se refere à incontinência urinária e/ou fecal, e na sua variante mais avançada o prolapso uro-genital.
Honestamente não sei muito do assunto, o que sei é que tenho terror que me aconteça e já ouvi umas histórias, mas tudo às escondidas, como se fosse um crime.
Actualmente já existem muitas maternidades que falam disto nas aulas de preparação para o parto, e que instam à realização dos exercícios de Kegel (muito recomendado mesmo para quem ainda não passou por um parto), mas o facto é que continua a ser um tabu: "ninguém fala disso, ninguém tem". O que leva, obviamente, a que muitas mulheres menosprezem os exercícios e as recomendações.
No entanto não vejo que o problema esteja nos profissionais da saúde, que mais bem falam e explicam e instam a que se peça ajuda. O problema está nas mulheres, (e também nos homens que gozam e não dão o apoio necessário) que não falam, não pedem ajuda, não trocam impressões. Infelizmente, vivemos numa altura em que todos somos perfeitos e felizes (aparentemente), para mostrar aos outros, ninguém tem problemas.

O outro tabu, é relativamente aos sentimentos da mãe para o filho durante a gravidez e logo após o parto.

O meu anjinho foi planeado e muito desejado, mas quando tive o positivo, após a alegria inicial, os primeiros sentimentos foram de medo e ansiedade de, se calhar, não estar preparada. Durante a gravidez tomei todos os cuidados, e o medo de fazer alguma coisa de errado, ou não saber receber aquele bebe como é devido, era constante. Quando nasceu, o primeiro que senti foi um enorme alivio por o parto ter acabado, e quando o vi, só queria saber se trazia todas as "peças" e vinha sem "defeitos de fabrica" (principalmente daqueles que são causados por culpa minha). E o não ter sentido um amor avassalador desde o primeiro instante deixava-me envergonhada.
Nas primeiras semanas aprendi a amar, a cuidar e proteger, e fiquei de tal modo possessiva que não suportava que certas pessoas lhe pegassem ou tocassem durante vários meses!

Tudo isto são coisas que ninguém fala, todas as mães que planearam ter filhos sentiram desde o primeiro momento um amor sem fim e sem comparação por aquele ser, e qualquer coisa que não seja isso, não é natural, e é mal visto. As poucas que admitimos que não foi bem assim, aos olhos dos outros, não devemos ser normais. O estereótipo da mãe perfeita, que ama, sem ser possessiva, que sabe tudo o que tem que fazer desde o primeiro segundo, que tem certezas absolutas, que dá liberdade sem medos, que sempre tem a resposta certa; esse estereótipo é o que faz que as mães tenham receio de admitir que não sabem, ou que até sabem, mas que é diferente ao que as outras sabem, que não tenham confiança nelas próprias, porque não são iguais, que tenham mais medos dos que deviam, e inevitavelmente leva a muitas depressões pós-parto!

Que mania de querer mostrar perfeição, quando todos sabemos que isso não é real!

Deixem os outros ser imperfeitos, mostrem as vossas imperfeições.

Peçam ajuda quando precisem mas confiem em vocês mesmas.

Acho que seriamos bem mais felizes.

E parem de julgar os outros porque não são perfeitos ou não são iguais a vocês!

Let them be!

Let me be . . .

segunda-feira, 27 de julho de 2015

O Einstein tinha razão!

Ele disse: "Apenas duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana, e nem tenho a certeza sobre o Universo!"
E devo dizer que estou completamente de acordo!
Especialmente quando ouço noticias destas:
Cecil, o leão que posava para as fotos, acabou decapitado e feito troféu

É realmente muito triste, não só pelo sucedido e pela morte de um ser que merecia todo o respeito, mas por perceber que o animal menos humano que existe é o chamado animal "racional"!
E que não só é quem faz, mas especialmente quem aplaude ou acha piada. Porque sem público (comprador) não há "artista"!
Uma vénia de respeito ao Rei que morreu!
Que pode ser o rei da selva, mas nós é que somos os selvagens.


sexta-feira, 24 de julho de 2015

Relação de Évora proíbe pais de publicarem fotos da filha no Facebook

Apenas quero dizer que concordo plenamente com o decidido pelo Tribunal.
Porque, como já disse antes, lutar contra as redes sociais (sem ajudas do Tribunal) actualmente é muito difícil, fotos toda a gente tira com grande facilidade e aparecem nas redes sociais em menos de um piscar de olhos. Nem vou falar na parte dos perigos, pois isso já tem sido extensamente discutido, e não leva a nada. Cada um com a sua opinião.
Por isso, na minha opinião, concordo!

Noticia:

http://www.publico.pt/tecnologia/noticia/relacao-de-evora-proibe-pais-de-publicarem-fotos-da-filha-no-facebook-1702716

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Se não podes vencê-los, junta-te a eles!

Ou "Choose your battles" também se aplica.
Na sociedade actual, lutar contra as redes sociais, não é nada fácil!
A verdade é que em certas coisas temos que saber dar o braço a torcer, e aceitar que são mais fortes que nós, mas isto não significa deixar que nos vençam.
Dar o braço a torcer não significa desistir no que acreditamos, significa que somos forte o suficientes para aceitar algo mantendo a nossa posição.

Com tudo isto quero apenas dizer que são todos bem vindos a gostar da página do blog no FB.
Não será nada muito activo, será apenas uma forma de poder chegar a mais leitores, e notificar os ja existentes (leitores) dos post´s!

Em todo caso, obrigada por estarem aí!

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Quando a vida se divide no antes e o depois!


À 3 anos nasceu um anjinho lindo e uma mãe inexperiente.

Os dois crescem e evoluem um bocadinho cada dia, o anjinho continua lindo e a mãe inexperiente. Porque cada etapa é nova e quando a mãe pensa que já tem mais experiência, as coisas mudam.

Mas o primeiro passo para melhorar, é aceitar que não somos perfeitas e ir aprendendo com o dia a dia, aceitar que não somos todos iguais e cada um cresce a seu tempo.

Para cada mãe que tem um anjinho em casa, o seu é "O" anjinho e para não fugir à regra, apesar de coisas mais desenvolvidas e outras menos, ambos - mãe e anjinho - estamos no bom caminho.

Ninguém disse que seria fácil, e há dias que as dificuldades são mais, mas apesar do tipo de pessoa que sou (nos tempos de namoro o meu marido chamava-me rabugenta e não era o único), poucas são as vezes que me queixo de ser mãe.

Se gosto de ser mãe, gosto e muito!

Se tenho jeito, . . . realmente acho que não é o meu forte . . . e a paciência tem sido das coisas que mais tenho praticado!

Como já disse antes, sou e sempre fui muito independente, para ter alguém a depender de mim, e por vezes esqueço-me que tenho que "reduzir a marcha" e andar à velocidade dele.

Mas, - e penso que é o mais importante - tenho eu aprendido mais com ele, do que ele comigo.

Há quem diga que a maternidade me "amoleceu", e já não sou quem era, e é verdade.

Tive que aprender, porque a criança aprende mais do exemplo do que do dizer (isto é, aprendemos todos mais com a pratica que com a teoria).

Não lhe posso ensinar a ser paciente se eu não o sou, ou tolerante ou amável.

Assim, com o anjinho nasceu uma mãe. É verdade que muitas coisas são instintivas, e sobre essas coisas nunca tive duvidas, mas muitas outras não o são, e uma coisa tenho a certeza, por mais educação que tenhamos que dar, ser mãe não é sinónimo de dureza, por isso continuou a ser inexperiente e aí está a minha luta, ser a mãe que educa, e a que mima e ama acima de tudo, e saber distinguir o "Não posso ceder" do "Uma vez não são vezes".

Por isso e tudo o que significa ser mãe, tive que mudar, reeducar-me, aceitar que muito do que pensava saber não é bem como pensava e principalmente estar disposta a aprender de quem supostamente vem aprender comigo!

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Coisas que penso quando vou no metro.


Aparte do que penso das greves do metro (aqui), há algo que penso muitas vezes quando ando de metro, sozinha sem muito com que me distrair.

Adorava que houvesse visitas guiadas a pé nos túneis do metro!

Sempre que vou no metro e vejo uma entrada, um túnel escuro, umas arcadas, um alçapão ou o que quer que seja, começo logo a imaginar onde irá, para que serve.
Obviamente sou fã de histórias de mistérios ao estilo de Dan Brown.
Ou a minha prenda preferida do Natal passado não fosse uma visita guiada (entenda-se: ronda do segurança) a uma igreja de Lisboa na noite de Natal depois da Missa do Galo. Não tinha nada de extraordinário, mas a imaginação faz maravilhas!

(O único problema seria a existência de bichos - ratos, baratas, etc.).


 Outra coisa que me vem à cabeça  quando ando de metro, e porque o metro é um local onde se percebe com maior facilidade certos comportamentos, é o mal educada e falta de respeito que as pessoas conseguem ser umas com as outras!

 Gosto de observar as pessoas e as suas atitudes, e apesar de que se pode observar situações bonitas ou caricatas, na sua grande maioria são as atitudes egoístas das pessoas que mais se vê.

 As normais e que toda a gente conhece é o típico, fingir que não se vê alguém com uma qualquer prioridade, para não dar o lugar, ou o estar logo à porta mal a carruagem pára para entrar e não deixar as pessoas sair, mas um dos que tenho notado recentemente e é mais utilizado em horas de ponta do que em outras alturas, e devo dizer que me causa uma profunda irritação (o qual não é difícil, mas não deixa de ser uma atitude egoísta) é alguém que mal põe os pés dentro do metro, dá a volta e sem mais fica ali parado sem deixar passar, porque não quer ir muito para dentro e depois nem anda nem deixa andar, não só acho que é uma atitude egoísta mas irrita-me pois sou uma pessoa que mesmo que não tenha pressa para algo em particular raramente ando devagar, e detesto profundamente ir a subir as escadas atrás de uma dezena de pessoas em fila qual formiguinhas a trabalhar, normalmente se quero ficar perto da porta sou a ultima a entrar (sem estorvar nem pôr-me propositadamente à frente de alguém) e como quero sair rápido e andar à minha velocidade não empato a entrada ou saída; já quando vou com o meu filho (que nos seus quase 3 anos anda mais devagar) tento entrar e sentar-me (mesmo que sejam poucas paragens) ou ficar fora do caminho, e sair de ultima para não empatar os que querem sair rápido

Mas em todo caso, e como diz a minha mãe, cada vez o sentido comum é o menos comum dos sentidos!


quinta-feira, 9 de julho de 2015

Injustiças


Visto que me tenho andado a controlar para não falar da Grécia (apesar de obviamente ter uma opinião), porque realmente quero evitar falar de política. Vou falar do que certas politicas fazem ao "Zé e à Maria Povinho", aqueles que votam mas que realmente não tomam qualquer decisão, e que são afectados por todas as (más) decisões feitas por senhores que não são afectados por elas.

Este é o dia-a-dia de um casal com um filho pequeno, neste casal ambos trabalham o ano todo (quando têm trabalho), raramente vão de férias (férias a sério, aquelas de malas e bagagens, por mais do que um fim de semana) porque ganham ordenados miseráveis, têm dias de férias mas normalmente são passados em casa, porque as despesas do mês não permitem poupar muito. Neste casal um dos membros tem um horário, dito "normal", mas que cada vez menos gente tem, e o outro tem horários segundo as necessidades do empregador, isto é, noites, fins de semana, feriados ou dias festivos não são impedimento para se trabalhar; e nesta família todos, incluído o filho pequeno, passam mais tempo no trabalho ou na creche do que com a dita família.

Consoante a semana ou o mês os horários são diferentes, mas inevitavelmente este é um dos cenários:

- A mãe acorda ás 6.50 arranja-se e prepara o pequeno-almoço (take away) para ela e para o filho que ainda dorme.
- 7.25 acorda o filho, veste-o e arranja-o para sair (dias com mais birras outros com menos birras)
- 7.45 saem de casa mãe e filho ou esperam uns minutos que o pai chegue do trabalho para o beijinho do "bom dia".
- 7.50 mãe ou pai (se tiver chegado a tempo e se não estiver muito cansado) deixam filho na creche e entregam pequeno-almoço para que lá seja tomado sem pressas.
- 8.10 pai vai dormir.
- 8.30 mãe entra ao trabalho.
- 16.00 (dependendo do cansaço pode ser antes ou depois) pai acorda, arranja-se, come qualquer coisa (nada de jeito), prepara comida para levar.
- 16.45 vai buscar filho à creche, um que outro dia leva-o ao parque, e depois a casa tomar banho.
- 18.15 (quando não há greves e os transportes funcionam correctamente) mãe chega a casa.
- 18.25 pai sai para ir trabalhar.
- 19.30 mãe janta com filho.
- 21.00 mãe deita filho.
- 23.00 mãe vai dormir.

Não é algo constante, e muda segundo as vontades dos outros, sem importar os quereres ou necessidades da família!
Supostamente não se pode fazer turnos de 12 horas, mas isso é só quando não são de 16 ou 17 horas.
Fins de semana em família são quase uma raridade.
Para não falar das folgas em dias uteis que só dão jeito para tratar de assuntos.
Dizem que a natalidade está constantemente a descer e pedem para o as famílias terem mais filhos que eles dão os maravilhosos "incentivos à natalidade" (que só os que estão quase na pobreza extrema é que realmente têm direito a eles). Mas quem é que quer ter filhos, para os ver 2 ou 3 horas por dia?

Isto acontece porque não há leis que protejam o trabalhador, e as que há (para dizerem que é uma democracia) não se cumprem nem ninguém as faz cumprir. Se nos queixamos somos uns mal-agradecidos, porque não estamos contentes de ter um trabalho quando há tantos desempregados. E a maioria nem se queixa por medo a perder o pouco que têm e porque se 1 não faz há outros 100 que fazem.

Mas a verdade é que ninguém disse que a vida era justa! E talvez no próximo ano pergunte se posso pôr o IRS como mãe solteira, já que grande parte do ano é o que parece!

segunda-feira, 6 de julho de 2015

O amor é tramado!

Digo isto com todo o respeito do mundo, que a meu ver é das melhores coisas e mais importantes que a vida tem, não falo apenas do amor no casal (casados ou não), incluo todos os tipos, até o amor que temos (os que temos) pelos nossos amigos peludos (ou não).

Mas o amor que me refiro hoje é realmente o amor de casal, amor e não paixão, que isso já não é a mesma coisa.
O amor é algo que nos cega completamente, e nem é dificil de constatar.
Antes (solteira) quando ia na rua e via casais, digamos, dispares, costumava pensar: "Como é possível que ele esteja com ela?" Ou vice-versa.
Agora (casada) olho para o meu marido e, não digo que é como no primeiro dia, porque não foi amor á primeira vista, mas penso que não o trocava por nenhum outro, porque para mim é perfeito.
Consigo olhar para ele com olhos neutrais e objectivos, e ver os seus defeitos e pensar: "Who cares?", para mim é perfeito, o que é que importa que para o resto do mundo não seja, ou quem quer que não o veja com os meus olhos.
E fico a pensar que isso é o amor, amar alguém com os seus defeitos, reconhecer os defeitos e mesmo assim continuar a amar essa pessoa.

Pondo de lado a parte fisica, perfeitos ou não, lindos ou feios, o homem que eu amo e eu, não estamos de acordo em quase nada (tirando o facto de gostarmos um do outro).
Não gostamos da mesma musica.
Não gostamos dos mesmos programas de TV.
Não gostamos dos mesmos hobbies.
Não gostamos da mesma comida.
Nem sequer estamos de acordo em termos politicos e religiosos.
Digam-me lá se o Amor não é tramado?
Como é que é possivel, não só estarmos juntos, mas realmente gostarmos um do outro?

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Ajudas da treta!

Isto é o que penso das ajudas do governo para quem tem/quer ter filhos, ou como eles lhe chamam: Incentivos à natalidade!
Do meu ponto de vista (de mãe) não me incentivam nem um bocadinho, isto é, se eu fosse uma pessoa menos virada para ter filhos, não era por estes chamados "incentivos" que quereria ter, quero dizer, nenhum incentivo deve convencer uma pessoa que não quer ter a ter, mas uma pessoa que espera por uma melhor altura, não são estes "incentivos" que convencem a ser agora.

Mas o que realmente me desmotiva nestas ajudas, não é o facto de considerar que a ajuda é pouca; não é grande coisa, é verdade, mas qualquer ajuda é bem-vinda. O que me desmotiva e me faz pensar e dar voltas à cabeça, se realmente temos ou não outro filho, é o tempo que temos para estar com ele (recém-nascido).

Duas horas por dia de redução horária (por amamentar), desde os míseros 5 meses que temos que deixar o nosso bébé, até aos 12 meses, e depois disso ter que provar que amamentamos, e quem já não o faz ou nunca o fez?? não merece passar tempo com a sua cria?? Isto sim desmotiva, e a meu ver, não há "incentivo" monetário que compense isto.

O tempo de licença devia ser de 12 meses, e não é nem de perto um exagero, sendo que depois disso devía ter direito a part-time (pago como full-time) por mais um ano.
Isso sim, seria justo; isso sim, seria um incentivo.
E tenho a certeza, que iria melhorar aspectos como a saúde e a educação dos bébés, e no futuro iria melhorar muito as capacidades sociais e o desenvolvimento psicologico das crianças.

Otra questão, é a dificulade (impossibilidade) em encontrar creches (berçários, jardins de infancia, etc) com horários alargados, ao fim de semana ou à noite, não digo no sentido de lá deixar os bébés 24 horas por dia, 7 dias por semana. Mas tantos pais e mães com horários, diferentes do chamado "normal", que prefeririam ficar com os bébés em casa um ou dois dias de semana, e poder deixá-los na creche ao fim de semana quando têm que trabalhar.

Há dois anos atrás estava a trabalhar num call-center das 11h às 20h, não é um horário tão diferente, nem daqueles mais complicados, mas a creche complicava-me a vida mais do que seria necesário, primeiro porque tinha que o deixar lá ás 9 (eu levava-o às 10h30), um bébé de 1 ano que em vez de estar com a mãe o tempo que a mãe pode estar com ele, precisa de horários para ir fazer o quê, estudar? E segundo, como a creche fecha às 19h, os dias que o meu marido não o podia ir buscar (que sim tem horários de trabalho complicados, sem turnos nem folgas certas), tinha que andar a pedir favores!
Quando, há um ano atrás andava à procura de trabalho, tive que recusar certos trabalhos, por não ter horários, dentro do horário da creche, ou sem folgas ao fim de semana, porque o meu marido não os tem, e pelo menos um de nós tem que estar em casa antes das 19h e durante o fim de semana.

Enquanto os incentivos não incluam estas opções, ou algo parecido, a meu ver não incentivam nem um pouco. O dinheiro por mais falta que faça, não compensa o desgosto que é deixar o nosso bébé de 5 meses, nos braços de outra pessoa. E como bem dizem, tempo é dinheiro e o tempo com o(s) meu(s) filho(s) vale OURO!

segunda-feira, 29 de junho de 2015

O que foi mãe?

Depois de um susto daqueles que nem quero voltar a pensar,
a chorar em soluços dos que só o tempo consegue parar,
vem o meu marido (que manteve a calma e tratou da situação) com o meu filho ao colo e o meu filho ao ver-me, pergunta na sua inocência:
- O que foi mãe? Foi o pai?
(acho que não tem o pai em grande consideração)
E a fazer festinhas na minha cabeça:
- Já passou.

(Sim, meu amor, já passou. Não, não foi o pai).

sexta-feira, 26 de junho de 2015

IVG


Interrupção voluntária da gravidez . . . . que tema tão controverso!
Como já disse antes, não concordo com a IVG, quero dizer, eu não o faria (tirando problemas de saúde para mim ou o bebé).

Mas outra coisa é achar que deva ser ilegalizado.
Estou totalmente de acordo em que a IVG deve ser legal.
Primeiro e principal, cada mulher sabe de si.
Segundo, legal ou não, é feito de qualquer maneira, por quem quer. O melhor é que seja em segurança.

 
Mas de ser legal a ser sempre grátis sem importar o numero de vezes, vai muita coisa. E se há limites para o tempo de gestação em que é legal fazer a IVG, devia haver limites para o numero de vezes em que é feito, não digo que deva ser ilegal à segunda ou terceira vez que se faz, mas a IVG não é um contraceptivo, é bom que as irresponsabilidades tenham consequências.

 
E como bem ouvi ontem na TV, se qualquer pessoa vai ao Centro de Saúde ou ao Hospital, ou fazer qualquer exame, porque está doente e tem que pagar, porque é que alguém que vai para fazer uma IVG (especialmente se já fôr de repetição) não paga nada?

Uma coisa é haver isenção para quem leva uma gravidez até ao fim, ou em todo caso para uma IMG (interrupção médica da gravidez), outra completamente diferente é quem decide voluntariamente e sem qualquer motivo médico que quer terminar uma gravidez.

É que é muito comum confundir liberdade com irresponsabilidade.

A mulher merece e tem o direito de decidir o que fazer com o seu corpo, e nisso não devia haver discussão, mas também tem o dever de ser responsável.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Nos dias de hoje: 1 é muito, 2 uma multidão, 3 é para loucos!

Estou a falar de filhos, já poucas são as famílias com dois filhos, e rarissimas com 3 ou mais.
Eu tenho um, antes de ter filhos e de casar, quando era adolescente, e pensava em casar e ter filhos, queria 3. Agora que estou casada e tenho um, em certas alturas penso que um é mais que suficiente.
Mas no fundo continuo a achar que 3 é o ideal, 2 é bom e 1 é um pouco solitário, especialmente se não houver primos.
Para mim ter crescido com um irmão foi ter um amigo a morar comigo, e tirar isso ao meu filho é algo que me faz sentir muito egoista. Obviamente que muita gente cresceu sem irmãos, e não foram infelizes por isso, mas é uma experiencia que eu tive, e que quero que ele tenha (especialmente porque não vejo primos no futuro proximo).
Acho que ter irmãos é maravilhoso, e não entendo aquelas famílias em que os irmão não se entendem nem gostam uns dos outros e não se falam. Claro que ter irmãos e não haver discusões é totalmente irreal, mas faz parte, e é um amigo para a vida (tirando os imprevistos), para os bons e maus momentos.
Se depender de mim, quero e vou dar pelo menos um irmão/ã ao meu menino, e já seja rapaz ou rapariga será muito bem vindo, tanto por nós pais, como pelo Gabe.
Não sei quando será, e há sempre aquela duvida: quando será a melhor altura, para ele (Gabe) e para nós?

Aqueles casais que só querem um filho, entendo perfeitamente, e se acham que seram melhores pais e daram um melhor futuro a um só filho, penso que o melhor então, é terem apenas um. Mas casais que não têm nem querem ter, honestamente, é algo que não chego completamente a entender.
Se já pensei como seria a minha vida sem filhos, já! E sou honesta, seria menos complicada.
Se já deixei o meu filho com outras pessoas, em quem confio, já! E sou honesta, senti alivio.
Mas não quer dizer que não adore o meu filho, e todos os dias olho para ele, e sinto alivio de pensar que afinal consigo cuidar de uma criança, porque se alguma vez tive duvidas sobre se devia ter filhos, era esse o meu medo, não saber tomar conta dele, não saber educa-lo para ser um boa pessoa (e continua a ser um medo).

Mas mesmo com todos os medos e receios, penso que ter filhos compensa, e por isso não entendo quem não os quer. Quer dizer, amo o meu marido mais que a qualquer outra pessoa (adulta) e não me importava de viver só com ele o resto das nossas vidas, se assim tivesse que ser, mas acho que o filhos completam uma família, ou melhor, fazem uma família, senão, somos só um casal.
E admito, nos tempos que correm faz-me um bocadinho de confusão um casal (casado ou não), com trabalhos e casa propria (ou alugada), que dizem estar á espera de melhor altura para ter filhos, desculpem a ironia, mas quando já não tiverem energia para andar atrás deles, ou quando a gravidez fôr considerada de risco e trouxer mais problemas, é que se eu estivesse à espera da melhor altura, acho que não era nesta vida que tinha filhos!
E apesar de sempre ter querido ter filhos e de querer continuar a ter, não sou "a children person", não sou aquele tipo de pessoa que as crianças adoram e que tem imenso jeito para crianças, mais bem acho que sou o contrario, não tenho jeito nenhum para brincar com crianças, mas isso nunca me impediu de querer ter filhos, penso que era mais uma motivação, pensava: se não sirvo para os filhos dos outros, talvez sirva para os meus!