sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Se formos todos, vamos parecer muitos!

O titulo é na brincadeira mas, para mim o tema é muito sério.
Estou a falar na licença de maternidade actualmente em Portugal, a qual, devo dizer, é miserável.
Já o disse antes aqui e volto a dizer, não estou de acordo com que se deixe bebes tão pequenos, como 4 ou 5 meses, em creches/berçários. Mas infelizmente é assim, porque a isso somos obrigadas.


Um país como o nosso, que se diz muito preocupado pela baixa natalidade, e que pede às mulheres (casais) jovens que tenham filhos, mas que não lhes permite estar com eles (filhos), é um pouco contraditório.


Até um ano atrás, aproximadamente, estava convencida que por esta altura estaria a pensar em ter outro filho (e num lugar remoto bem dentro de mim, a vontade está lá), mas não me sinto capaz, não me sinto capaz de ter um bebe para ter que o abandonar numa creche aos 4 meses.


(Info.: Actualmente em Portugal existem varias formas de gozar a licença parental, as quais são:
- 4 meses: que é paga a 100% (do ordenado bruto dos 6 meses anteriores)
- 5 meses: que é paga a 80%
- 4 meses a mãe + 1 mês o pai: que é paga a 83%
Existe também a Licença Parental alargada que tem a duração de 3 meses, juntando às opções anteriormente descritas e que é paga a (pasmem-se) 25%, o que significa uma miserável miséria tendo em conta os ordenados praticados em Portugal).


Então, como dizia, nunca nesta vida iria conseguir eu deixar um bebe meu, quase recém nascido (que segundo a OMS ainda deve ser alimentado a leite materno EXCLUSIVAMENTE até aos 6 meses), numa creche.
Na altura em que tive o meu filho, esta situação nunca me passou pela cabeça, e até achei normal que aos 4 meses  (ou 5, vá) tivesse que voltar ao trabalho.
Mas FELIZMENTE (e não pensaria nunca de outra forma) fiquei desempregada 11 dias depois do meu menino nascer, o qual permitiu que eu pudesse ficar com ele até aos 10 meses (que na verdade, continua a ser pouco tempo).
Agora que já sei como é um bebe de 4 meses e que me conheço melhor, seria algo impensável para mim, e enquanto as leis em Portugal não mudarem, não tomarei a iniciativa de ter outro filho (por mais que a vontade esteja cá).


Além disso, como já mencionei, a OMS recomenda que um bebe seja alimentado a leite materno, em exclusivo até aos 6 meses, (o meu foi até aos 5 meses e meio), sendo que a licença de maternidade é menos que 6 meses, a grande maioria das mães tem que introduzir o leite adaptado antes do tempo, pois não conseguem guardar leite materno suficiente, para que seja dado ao bebe na sua ausência.
Eu por exemplo sempre tive suficiente leite para alimentar o meu filho, como disse 5 meses e meio em exclusivo e depois até aos 11 meses, mas nunca consegui tirar o suficiente com a bomba para guardar.


Por este motivo, peço a todos os que quiserem para assinar esta petição, a qual já foi enviada para a Assembleia, mas que é possível continuar a assinar, pois ainda não foi para apreciação.
Infelizmente não fui eu que tomei esta iniciativa, mas assinei e tenho seguido desde o inicio; admiro a determinação de quem o fez, e espero que este post (como modo de apoio) permita um resultado positivo.


Recordo igualmente que esta petição não é por mim, ou pela pessoa que teve a iniciativa, mas por todas as mães e em especial pelos bebes que serão muito beneficiados pelo tempo extra.


Obrigada



segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

E já voltámos ao tema "Política", ou . . . não!



Este domingo cheguei a uma conclusão (sem precisar de nenhum estudo de estatísticas)!


Então, descobri que metade do povo português (o que pode votar, pelo menos) têm alguma espécie de atraso mental, e não me refiro a aquelas pessoas que nascem com algum tipo de dificuldade a nível mental, falo daquelas que supostamente tendo todas as suas capacidades preferem não ir votar, o atraso mental nesse tipo de pessoas é algo que vai mais além da minha compreensão e não venham com a desculpa que os candidatos são todos iguais e que vai ficar tudo na mesma, porque não ir votar não é a forma de demonstrar a insatisfação pelos políticos.


Descobri igualmente que metade da outra metade, infelizmente sofre, igualmente, de outro tipo de problemas mentais, chamados de estupidez, ignorância e egocentrismo, e continuam sem entender que a base do capitalismo é a desigualdade, na qual existe um grupo de milionários que gere tudo o que dá dinheiro no país e para quem vai toda a riqueza, e depois existe um povo maioritariamente constituído por classe media baixa ou muito baixa, que tem poucos ou muito poucos direitos, e por mais que estas pessoas votem nos líderes capitalistas não vão fazer parte do grupo dos milionários.


E era isto, se alguém estiver a pensar fazer algum tipo de estudo ou estatística com estes parâmetros, escusa de gastar o dinheiro.


E lamento se alguém se sentir insultado, mas era mesmo essa a intenção!

sábado, 16 de janeiro de 2016

Atahualpa

Atahualpa ou Atahuallpa (quéchua Ataw Wallpa) (local desconhecido), 20 de março de 1502Cajamarca, 26 de julho de 1533) foi o décimo terceiro e último Sapa Inca (imperador inca) de Tahuantinsuyu, como era chamado o Império Inca.
Atahualpa era filho do Inca Huayna Capac com Tocto Pala, princesa estrangeira (de Quito) que desposara o Inca Tupac Yupanqui, pai de Huayna e que do leito do pai passou para o do filho. Por isto, o seu pai Huayna deixou-lhe como herança as terras de sua mãe (ao norte de Cuzco), designando seu meio-irmão Huascar como sapa inca, fato que gerou a disputa sucessória pelo trono na qual Atahualpa venceu, apoiado por grande exército e bons generais, numa guerra sangrenta que durou vários anos.
Voltando para a cidade de Cusco,a capital do império, para tomar posse do trono que recentemente conquistara, Atahualpa parou na cidade andina de Cajamarca, conduzindo um exército de cerca de 80000 guerreiros, quando foi traído e aprisionado pelo conquistador espanhol Francisco Pizarro, no dia 16 de novembro de 1532.
O episódio ocorreu quando o soberano inca, depois de aceitar um convite de Pizarro para jantar e conversar, veio à praça principal de Cajamarca, trazendo apenas um pequeno contingente de guardas de honra.
Quando Atahualpa chegou, a praça aparentava estar vazia, pois os homens de Pizarro aguardavam ocultos. Atahualpa foi recebido apenas pelo padre Vicente Valverde que, através de um tradutor, imediatamente interpelou Atahualpa exigindo que ele e seu séquito se convertessem ao cristianismo e se submetessem à soberania do rei espanhol, ameaçando-o, pela recusa, de ser considerado um inimigo da Igreja Católica e do Reino da Espanha.
De acordo com lei espanhola, a esperada recusa de Atahualpa à tal "exigência" permitiria que os espanhóis oficialmente declarassem guerra aos incas. Pelo relato dos conquistadores, já havia sido dada uma Bíblia a Atahualpa que, tendo ouvido a insolente exigência, atirou-a ao chão, constituindo este gesto uma grave ofensa aos invasores católicos.

O relato é de que mais de seis mil soldados incas foram dizimados no curso de duas horas e Atahualpa acabou aprisionado no Templo do Sol. Em troca da liberdade, Atahualpa concordou em encher de peças de ouro o grande aposento que ocupava, e se obrigou a dar ao espanhol o dobro daquela quantia, em prata.
Embora aturdido com o resgate, Pizarro jamais teve intenção de libertar Atahualpa, que pretendia manter refém para evitar a transferência do poder e escalada da violência, já que o general inca Ruminavi ainda estava no comando de grande contingente de guerreiros incas.

Como Huascar ainda estava vivo e poderia vir a fazer um acordo com Pizarro, Atahualpa determinou a execução de Huascar, demonstrando assim que ainda mantinha autoridade. Este fato determinou que Pizarro se apressasse em o executar.
Atahualpa foi acusado de ter cometido 12 crimes, dos quais os mais importantes foram o de ter se rebelado contra o Reino da Espanha, praticar idolatria e assassinar Huascar.
Atahualpa foi julgado culpado de todas as doze acusações e condenado a ser queimado vivo na fogueira. No momento da execução, Atahualpa aceitou a proposta do padre Valverde de diminuição da pena e aceitou ser batizado para em seguida ser morto por estrangulamento garroteado no dia 26 de julho de 1533.
Atahualpa foi sucedido por seu irmão Tupac Huallpa e depois por outro irmão, Manco Yupanqui, ambos a serviço de Pizarro.

Retirado na integra do Wikipedia. 

Um bocadinho de história nunca fez mal a ninguém. Esta faz parte daquela América "descoberta"  pelos europeus, que tiveram a "amabilidade" de civilizar aqueles "animais sem educação"!
O nome tem um significado especial para mim, ainda mais num dia como hoje.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

"Y del Caribe somos tú y yo"

Adoro música, vários estilos, vários idiomas. Mas apesar de ser Latino-americana, a música latina não faz muito o meu género. E certos estilos de música latina fazem mesmo parte da minha "lista negra", o qual não significa que não goste de ouvir cantar em espanhol ou brasileiro, gosto e muito, só não gosto de certos estilos musicais.


Sou uma pessoa a preto e branco, no que a música se refere, ou gosto ou não gosto, mas apesar de tudo penso que gosto de uma grande variedade de géneros musicais, admito que sou muito comercial e gosto do pop-rock romântico que inunda as rádios, já seja em inglês, português ou espanhol, os meus gostos incluem o reggae (Bob Marley, of course), passando pela música instrumental electrónica (Vangelis) até à música celta com a gaita de foles, e por sorte fui ensinada a gostar de música clássica, sim porque os nosso ouvidos estão tão habituados ao barulho que chamamos de música (do qual já admiti que gosto), que é necessário ensinar os ouvidos a ouvir música clássica. E conforme o tempo passa vou gostando mais.


No entanto como já disse a música típica latina (salsa, merengue, rumba, samba, etc) não consigo gostar. E o reggaetón é algo que simplesmente detesto com cada bocadinho do meu ser.
Devo dizer que gosto, e muito da música indígena típica dos países latino-americanos, especialmente da zona dos Andes peruanos e a sua flauta.


Mas há qualquer coisa numa música que se está a ouvir na rádio ultimamente que desperta em mim uma saudade que não sabia que tinha, que me faz querer dançar, aquele som tipicamente latino-americano que nunca adorei mas que me trás recordações, que me transporta não para um lugar mas para uma altura da minha vida, mais complicada mas mais simples ao mesmo tempo e que sinto como se tivesse sido há mil anos atrás.


E não é só a música (ritmo), mas também a letra que me chama, pois como o titulo diz é basicamente um festejar dos latinos.








(PS.: para não falar no facto de que não tem qualquer conotação sexual, como a grande maioria das músicas latinas ou não, da actualidade)

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Há quem diga que a palavra "Tradição" deriva da palavra "Traição" . . . .

. . . . no sentido em que nos traímos a nós mesmos.


Não gosto de tradições, nem de fazer coisas que considero erradas só porque são tradições.
E já o disse várias vezes, mas como as pessoas (especialmente o Português) gostam muito de ter e seguir tradições, não entendem ao que me refiro quando digo não gostar de tradições.


Gosto do Natal e de dar e receber presentes, o qual é uma tradição; o facto de não gostar de tradições não retira o facto de gostar do Natal e de certas tradições de Natal.


Gosto de fazer coisas que considero bonitas e agradáveis, já seja para mim ou para os outros e não deixo de gostar delas por serem tradições, mas principalmente não faço coisas que não gosto (nem gosto ou gostaria que me façam) só porque são tradição.
É muito difícil de entender?


Pelo menos vejo que mais gente se manifesta e mostra o desagrado contra tradições ridículas, como as Touradas ou este post que acabo de ler.


Uma tradição que acho que é muito bonita e se tivesse mais força de vontade seguiria, é a de dar presentes no Dia de Reis, porque, sejamos honestos é a tradição que faz mais sentido, em comparação com as outras que conheço, que realmente são só duas (imagino que existiram muitas mais):
- A do Pai Natal, pode ser bonita, mas é muito comercial para o meu gosto, e leva um pouco de injustiça no meio (como já tinha dito antes) para com as crianças pobres.
- A do Menino Jesus (que se utiliza mais na América Latina) que não faz o mínimo sentido, porque se formos a ver, o que reza a história, é que o Menino Jesus nasceu nesta altura (25 de Dezembro) e no dia 6 de Janeiro, chegaram os Reis Magos com presentes para ele, e não ao contrário.


(Na verdade, reza uma outra história, que este cronograma foi inventado, e que realmente nem aconteceu nesta altura do ano, ano que só começou a contar com o nascimento de Jesus. Mas este post não é sobre isso).


A questão é, se vamos seguir tradições, bem que podia ser a que faz mais sentido.


Mas pelo que vale, o meu desejo de um excelente (resto) Dia de Reis, e que os Reis lhes tragam muito Incenso para acalmar os ânimos e reduzir o stress, Mirra para fazer um chazinho e ajudar nos problemas de saúde, e claro, muito Ouro para . . . tudo o que quiserem e precisarem.