. . . . no sentido em que nos traímos a nós mesmos.
Não gosto de tradições, nem de fazer coisas que considero erradas só porque
são tradições.
E já o disse várias vezes, mas como as pessoas (especialmente o Português)
gostam muito de ter e seguir tradições, não entendem ao que me refiro quando
digo não gostar de tradições.
Gosto do Natal e de dar e receber presentes, o qual é uma tradição; o facto
de não gostar de tradições não retira o facto de gostar do Natal e de certas
tradições de Natal.
Gosto de fazer coisas que considero bonitas e agradáveis, já seja para mim
ou para os outros e não deixo de gostar delas por serem tradições, mas principalmente
não faço coisas que não gosto (nem gosto ou gostaria que me façam) só porque
são tradição.
É muito difícil de entender?
Pelo menos vejo que mais gente se manifesta e mostra o desagrado contra
tradições ridículas, como as Touradas ou este post que acabo de ler.
Uma tradição que acho que é muito bonita e se tivesse mais força
de vontade seguiria, é a de dar presentes no Dia de Reis, porque, sejamos
honestos é a tradição que faz mais sentido, em comparação com as outras que
conheço, que realmente são só duas (imagino que existiram muitas mais):
- A do Pai Natal, pode ser bonita, mas é muito comercial para o meu
gosto, e leva um pouco de injustiça no meio (como já tinha dito antes) para com
as crianças pobres.
- A do Menino Jesus (que se utiliza mais na América Latina) que não
faz o mínimo sentido, porque se formos a ver, o que reza a história, é que o
Menino Jesus nasceu nesta altura (25 de Dezembro) e no dia 6 de Janeiro,
chegaram os Reis Magos com presentes para ele, e não ao contrário.
(Na verdade, reza uma outra história, que este cronograma foi inventado, e
que realmente nem aconteceu nesta altura do ano, ano que só começou a contar
com o nascimento de Jesus. Mas este post não é sobre isso).
A questão é, se vamos seguir tradições, bem que podia ser a que faz
mais sentido.
Mas pelo que vale, o meu desejo de um excelente (resto) Dia de Reis, e que
os Reis lhes tragam muito Incenso para acalmar os ânimos e reduzir o stress,
Mirra para fazer um chazinho e ajudar nos problemas de saúde, e claro, muito
Ouro para . . . tudo o que quiserem e precisarem.
Eu gosto de tradições. Mas não cegamente. As tradições não nos podem deixar agarrados ao passado e cegos à evolução e mudança de paradigma. Mas para mim, muitas tradições são reconfortantes e transmitem segurança. Claro que as minhas preferidas são aquelas que se vão criando, em família, repetindo-se todos os anos, quase sem se dar por isso, até que discretamente se tornam de facto, tradições!
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