quarta-feira, 29 de março de 2017

Conversa de bebé.

Dicionário de alguns termos mais utilizados pela minha filha de quase 4 meses.

Adultos, adolescentes ou crianças que já falam: epa estou cheia de fome, ate me dói a barriga.
Bebé: choro. (fome)

Adultos: Preciso de me deitar um bocado, estou cheia de sono.
Bebé: choro. (sono)

Adultos: dói-me a barriga, estou aflita para ir a casa de banho.
Bebé: choro. (fralda suja)

Adultos: tenho uma pestana no olho que me está a chatear.
Bebé: choro.

Adultos: tenho a roupa um bocado molhada, é incómodo.
Bebé: choro.

Adultos: com esta roupa toda estou cheia de calor.
Bebé: choro.

Adultos: não me toques, tens as mãos geladas.
Bebé: choro.

Adultos: não gosto nada de dormir sozinha.
Bebé: choro.

Adultos: o sol está a bater-me na cara.
Bebé: choro.

Estes são os termos mais utilizados, mas tem um vocabulário bastante extenso.

A resposta às perguntas: a bebé porta-se bem? É calminha?
A minha princesa é um espectáculo e graças a deus não tem qualquer problema neurológico que não a permita de reagir a estímulos externos no seu idioma: o choro.
Espero que assim se mantenha, mas obrigada pela preocupação.

sábado, 18 de março de 2017

Tu e eu

Faz amanhã às 11 da manhã, 6 anos que me sentei a uma secretária bonita com o meu namorado e uma senhora muito simpática. Só os 3, numa sala vazia, numa Conservatória a um sábado, e depois de uma conversa muito honesta e descontraída, saí da sala com o meu marido.
A meia hora que passei nessa sala, foi tudo o que realmente quis e sonhei, selar o meu amor e compromisso com a única pessoa que importava lá estar, e que tudo o que foi dito esse dia se mantém inalterado.
Não me arrependo de nada, e voltava a fazer tudo igual, no que a essa meia hora diz respeito, porque não fiz o que é tradição ou o que se deve fazer, fiz apenas o que eu queria e me fazia feliz!
Obrigada meu amor, por essa meia hora como eu queria, e pelos 6 anos que vieram a seguir.

terça-feira, 14 de março de 2017

Os "15 minutos de fama" já não são o que eram!

Algo que devia ter sido apenas uma situação caricata num momento bastante inoportuno, falo do pai (Prof. Robert Kelly) a dar a entrevista para a BBC, transformou-se num palco de vergonha, não para o pai, mas para todos os "perfeitos"  mães e pais pelo mundo fora, que mostram não saber realmente o que é ser pai.

Longe eu de me considerar uma mãe perfeita, mas faço o meu melhor, e o mais importante é reconhecer os erros e tentar melhorar, assim como pedir desculpa.

Há uns dias não tive o azar de ser filmada e andar a correr a internet como a pior mãe que o mundo já viu, mas eu conto.

A voltar para casa de metro, com os dois miúdos, num metro tipo "sardinhas em lata", tive a sorte de me darem dois lugares, mas o Gabriel decidiu que não se queria sentar, queria ir meio agachado no meio do corredor (cheio de gente) a brincar com um carro na cadeira vazia.
Tentei calmamente que se sentasse, ou lhe tiraria o carro, duas ou três vezes, sem êxito, então tirei-lhe o carro. Mas sem querer, ao puxar, bati-lhe com o carro na cara. Foi o inferno na terra, começou a chorar sem respirar, até ficar roxo, e depois continuou numa gritaria (com baba, ranho e lágrimas à mistura) como se lhe tivesse arrancado um braço. Já o conheço, e tentar falar com ele não serve absolutamente de nada, não dava para abraça-lo pois tinha a miúda no pano a dormir, e com a gritaria que ele estava a fazer, se o aproximava muito ela acordava e eram dois a gritar, isto durante duas paragens que pareceram dez, com os olhares de toda a gente que uns minutos atrás "diziam" que eu era má mãe porque não conseguia controlar o meu filho, e agora eram piores ainda porque tinha maltratado o meu filho.

Quando saímos, sentei-me com ele para ver se o conseguia acalmar, mas nada, não parava de chorar nem me ouvia. Isto na estação da Alameda, e ainda tinha que apanhar o outro metro. Fui de uma linha para a outra a puxa-lo (porque não queria andar) com ele aos gritos, a chorar (literalmente) baba e ranho.
Quando chegámos à outra linha, por fim parou, consegui pedir desculpa por o ter magoado e explicar que não foi de propósito, mas que não pode agir assim, ele pediu desculpa, e fomos no outro metro calmamente sentados a conversar, como a família perfeita que não somos!


domingo, 5 de março de 2017

Só se estraga uma casa.

Não gosto de football (o profesional especialmente), e toda a gente sabe que não apoio clubes, por isso a minha opinião sobre certas pessoas associadas a certos clubes é um pouco mais objetiva, focando-se na própria pessoa mais que no clube que representa.

A pessoa à qual me refiro neste caso em concreto, e lamento a honestidade, mas é das pessoas mais estúpidas, egocêntricas e no geral grotesca que já tive o desprazer de ver no mundo do desporto português apenas igualada pelo treinador do clube que lidera, neste sentido, não tenho absolutamente nada contra o dito clube (até porque era o clube do coração do meu avô) mas se é para haver um clube que me carrega nas teclas do insuportável é o dito, que tenho a certeza não preciso dizer o nome.
E que me desculpem os fãs do dito, "but I had to take out of my chest"!

quinta-feira, 2 de março de 2017

"Quero portar-me bem."

Não estando propriamente nos "terrible two" - obviamente porque já tem 4, quase 5 - mas também porque as birras não são iguais.
Não são melhores ou piores, apenas diferentes, mas é (do meu ponto de vista) um pouco mais fácil lidar com elas na base do diálogo, pois já entende melhor as coisas.
Eu é que às vezes não o entendo a ele.
Mas recentemente descobri uma forma de conseguir chegar a ele no meio das birras.
Já por várias vezes sugeri termos uma conversa, só os dois, para nos entendermos e ate agora tem surtido efeito.
Basicamente quando ralhamos com ele e/ou gritamos, fica envergonhado e não responde nem faz o que lhe pedimos, é irritante, não reaje.
Quando sugiro a conversa, consigo que responda e que pare com a birra.
A primeira pergunta que faço, principalmente para tentar perceber o lado dele, é: Porque é que te estás a portar mal?
E a resposta é sempre a mesma, quase num susurro:
Eu quero portar-me bem!

Fico sem palavras e a vontade de ralhar desaparece, e entendo que certas reações são automáticas de alguém que ainda não sabe gerir as emoções e as frustrações.

Conforme vamos conversando vai respondendo às perguntas e regra geral consigo que se porte melhor, e mesmo que não faça tudo bem, sei que o quer fazer, apenas tenho que me lembrar que conversar funciona melhor.

Só que depois há as noites (altura mais propicia para birras) em que até se portou bem, mas depois de deitado me chama porque quer conversar!