terça-feira, 14 de março de 2017

Os "15 minutos de fama" já não são o que eram!

Algo que devia ter sido apenas uma situação caricata num momento bastante inoportuno, falo do pai (Prof. Robert Kelly) a dar a entrevista para a BBC, transformou-se num palco de vergonha, não para o pai, mas para todos os "perfeitos"  mães e pais pelo mundo fora, que mostram não saber realmente o que é ser pai.

Longe eu de me considerar uma mãe perfeita, mas faço o meu melhor, e o mais importante é reconhecer os erros e tentar melhorar, assim como pedir desculpa.

Há uns dias não tive o azar de ser filmada e andar a correr a internet como a pior mãe que o mundo já viu, mas eu conto.

A voltar para casa de metro, com os dois miúdos, num metro tipo "sardinhas em lata", tive a sorte de me darem dois lugares, mas o Gabriel decidiu que não se queria sentar, queria ir meio agachado no meio do corredor (cheio de gente) a brincar com um carro na cadeira vazia.
Tentei calmamente que se sentasse, ou lhe tiraria o carro, duas ou três vezes, sem êxito, então tirei-lhe o carro. Mas sem querer, ao puxar, bati-lhe com o carro na cara. Foi o inferno na terra, começou a chorar sem respirar, até ficar roxo, e depois continuou numa gritaria (com baba, ranho e lágrimas à mistura) como se lhe tivesse arrancado um braço. Já o conheço, e tentar falar com ele não serve absolutamente de nada, não dava para abraça-lo pois tinha a miúda no pano a dormir, e com a gritaria que ele estava a fazer, se o aproximava muito ela acordava e eram dois a gritar, isto durante duas paragens que pareceram dez, com os olhares de toda a gente que uns minutos atrás "diziam" que eu era má mãe porque não conseguia controlar o meu filho, e agora eram piores ainda porque tinha maltratado o meu filho.

Quando saímos, sentei-me com ele para ver se o conseguia acalmar, mas nada, não parava de chorar nem me ouvia. Isto na estação da Alameda, e ainda tinha que apanhar o outro metro. Fui de uma linha para a outra a puxa-lo (porque não queria andar) com ele aos gritos, a chorar (literalmente) baba e ranho.
Quando chegámos à outra linha, por fim parou, consegui pedir desculpa por o ter magoado e explicar que não foi de propósito, mas que não pode agir assim, ele pediu desculpa, e fomos no outro metro calmamente sentados a conversar, como a família perfeita que não somos!


Sem comentários:

Enviar um comentário