domingo, 30 de abril de 2017

Controvérsias

Já ando pelos cabelos com a questão da vacinação e da não-vacinação ultimamente, não estou aqui para dar a minha opinião porque realmente não tenho nada novo a dizer, já tudo foi dito e o que não foi, não vai mudar atitudes.
O meu problema é ver tanta gente preocupada e tantas opiniões com respeito a este tema sobre um "grande surto" e a infeliz morte de uma adolescente, sobre o qual já li tanta informação diferente que prefiro não comentar, apenas lamentar.
Mas esta história da "baleia azul" deixa-me para lá de surpreendida, especialmente porque (e não estou aqui para falar bem ou mal) ninguém vê o mesmo nível de "irresponsabilidade" num pai que dá acesso irrestrito e sem supervisão a um telemóvel, tablet ou PC com Internet e redes sociais a um adolescente, e o que decide não dar uma vacina!
" Ah porque a não vacinação pode afectar o resto da população e o outro apenas afecta o próprio filho!"
Então isto é uma questão de se eu e os meus estamos bem, mas se um adolescente morre porque tem acceso ilimitado a redes sociais não há irresponsabilidade de parte dos pais ( e não só da mãe), então não há problema?
Pois, mas aí é que transparece a ignorância, e o muito que somos todos "papagaios" dos meios de comunicação e de tudo o que nos permita não pensar por nós mesmos.
Psicologicamente, dentro de uma sociedade, o adolescente é o "elo mais fraco", mais que uma criança pequena, o adolescente está mais desprotegido, tenta provar-se ao mundo e é muito propenso à opinião dos outros. Um adolescente que não tenha acesso a certas coisas, vamos pôr o exemplo das drogas ou do álcool, mas os amigos têm, vai estar tão vulnerável como os que têm acesso irrestrito. A liberdade que é dada aos adolescentes no acesso a aparelhos electrónicos vai afectar os que não têm, já seja porque os que não têm vão ser postos de lado (o que vai afectar a auto-estima de alguém que quer fazer parte de um grupo) ou porque os que não têm vão fazer os que os outros fazem.
Como a minha mãe sempre disse: "Se os teus amigos saltarem de uma ponte, tu também vais saltar?"
Por isto, sim, a irresponsabilidade de um pai afecta não só o próprio filho, como os filhos dos outros. A questão é, porque é que não vejo tantas virgens ofendidas?

sexta-feira, 14 de abril de 2017

Educação

Este domingo que passou, fomos à festa de aniversário de um colega de escola do anjinho, num local com várias salas e varias festas em simultâneo.
É um lugar grande e com muitas coisas para as crianças brincarem, mas mesmo assim, em dada altura fomos buscar uma bola que anda sempre no carro para jogarem com ela.
Tivemos que castigar e ter uma conversa com ele devido a uma atitude menos boa, mas lá se resolveu depois de um pedido de desculpas. Não aceito certas atitudes, mas tento sempre trata-las com base no diálogo.
Na hora de cantar os parabéns, ficámos à porta da sala e deixámos a nossa bola no corredor, mesmo atrás de nós, a um metro de distância, mas por onde passavam pessoas das outras festas, e num momento quando olhámos, a bola tinha desaparecido.
Fiquei triste e zangada, não pelo valor da bola, nem monetário nem sentimental, mas porque tento ensinar o meu filho a ser correcto e educado, e é difícil explicar-lhe que ele deve ser correcto mesmo quando os outros não o são e que apesar de não ser correcto levar o que é dos outros, às vezes os outros vão levar o que é dele.
No entanto penso que no final do dia, me chateou mais a mim termos ficado sem a bola do que a ele. Já saberei da próxima vez que quiser brincar com ela.

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Já? Só!?

Princesa de 4 meses:
Faz hoje 1 ano que, sem te procurar, te encontrei, cedinho no dia e no teu tempo de vida.
Fazias parte dos planos, mas não os imediatos, e o primeiro sentimento foi medo.
Não sei se é sorte e os meus bebés são lindos, ou se são os meus olhos de mãe!
Mas desde o primeiro dia que não consigo tirar os olhos de ti.
Sei que não devia, mas na minha cabeça não consigo deixar de te comparar com o mano, são tão parecidos e ao mesmo tempo tão diferentes.
És tão fácil de perceber, ou então sou eu que já percebo melhor, só choras com motivo e ris com todos.
Comes como se não houvesse amanhã e de noite dormes como uma menina grande.
Não gostas de andar de carro e adoras tomar banho.
Faz hoje um ano de ti nas nossas vidas (já tinhas 4 semanas, mas não sabiamos), mas parece que sempre aqui estiveste.