segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Hi sweety,

Nunca te escrevi, nem "falei" contigo ou te "contei" a minha vida desde que foste embora, mas não há dia em que não tenha pensado em ti nestes 8 anos (nem acredito que já se tenha passado tanto tempo), no fundo penso que sabes tudo o que se passa conosco (comigo e a mãe) e não sinto necessidade de contar, o que sim sinto necessidade é de saber o que pensas (pensarias), se me pudesses dizer, em relação a estes 8 anos, muita coisa tem mudado e outras continuam exactamente iguais.

A pesar de tudo, não sinto que tenha ficado alguma coisa por dizer, a amizade que havia entre nós nunca foi segredo, nem entre nós nem para os outros. E a maior parte dos dias é um alivio ter a certeza que o amor e amizade que sentia eram reciprocos, digo a maior parte, porque há aqueles dias em que penso que não fiz o suficiente, que não disse o suficiente . . .

Tenho um filho com 3 anos e mais que gostar que o conhecesses, gostava que te pudesse conhecer, gostava de vos ver juntos, gostava que olhasse para ti como olha para o outro tio.

Conheço te o suficiente para saber que estás contente pelo rumo da minha vida, e é sempre bom saber que apesar que foi há muito tempo, conheceste o pai do meu filho, mas também sei que se me pudesses dizer, ralharias comigo porque não fiquei ao lado da mãe depois de teres ido embora.

Sinto falta de conversar, as conversas que eram só nossas, que eram uma mistura dos 3 idiomas em que fomos criados, sinto falta das tuas opiniões, e pergunto-me muitas vezes o que pensarias de "isto" ou "aquilo", fazem-me falta os nossos jogos e perder sempre contra ti, quase sempre porque eras melhor e umas poucas porque preferia perder a ficares chateado.

Gosto de me lembrar de ti, das coisas que fazias e dizias, e tento não me esquecer; mas não gosto do olhar das pessoas quando falo de ti, é como se as coisas cómicas e divertidas que fazias, o deixassem de ser só porque já cá não estás.

A mãe está bem, muito melhor do que alguma vez pensei, apesar de não a ver há quase tanto tempo como o que não te vejo a ti, falo com ela quase todas as semanas.
E penso que isso faz com que, mesmo sabendo que já cá não estás, como estou tão longe da mãe e do lugar onde te vi pela última vez, uma pequena parte de mim acredita que ainda lá estás.

Mas nenhuma destas palavras chega sequer perto para explicar a falta que me fazes, o muito que gostava que não tivesses ido embora e o pouco que o tempo diminuiu a dor de te ter perdido. Em todo caso, espero que estejas bem onde quer que seja que estás, e podes ter a certeza que mesmo que chegue o dia em que o tempo sem ti supere o tempo contigo, continuarei a sentir a tua falta e a pensar como seria se cá estivesses.

To where ever you are little brother,
With all my love.


terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Querido Pai Natal,

Como sabes não acredito em ti, e se a memoria não me engana, penso que nunca acreditei, talvez porque quando era pequena o dinheiro era pouco, e seria injusto acreditar, não é que fosse sempre uma boa menina, mas como sabemos nem sempre são os bons meninos que recebem mais ou as melhores prendas!
Não me sinto totalmente à vontade com incutir no meu filho a crença de que existes, não porque não tenha usado o método da "educação chantagista" com ele (come a sopa toda e depois dou-te uma bolacha, porta-te bem senão não recebes prendas) mas porque simplesmente não quero que ele pense que és uma pessoa de carne e osso que vem no Natal trazer prendas a quem se portou bem.


 No entanto acredito no espírito natalício, que se formos a ver talvez sejas à mesma tu (Pai Natal), mas com outro nome, e isso sim quero ensinar ao meu filho, porque apesar de que tem o nome "natalício" é algo que deve ficar dentro de nós, porque a generosidade, a alegria, o amor não é algo que apenas nos deve acompanhar no Natal. O espírito natalício é algo que faz de cada um de nós um Pai Natal para todos os outros, e isso sim é bonito, porque o Natal não é só o receber, mas mais que tudo o dar, claro que podem ser coisas (vamos lá admitir, todos gostamos de prendas) mas dar amor, dar alegria, dar companhia, dar afecto, dar tempo. Dar só por dar um objecto, sem alegria, sem um sorriso (nos lábios ou no olhar), sem um abraço, não tem o mesmo sabor, mesmo que seja algo caro.



Por isso Queridos Pais Natais pela família e amigos distribuídos, aviso que as senhas para oferecer comboios a um certo menino esgotaram, o Lego (duplo), os puzzles e livros serão igualmente bem recebidos; no entanto o realmente interessante seria receber um cartãozinho de uma qualquer instituição da vossa preferência dizendo: "O valor da sua prenda foi entregue nesta instituição" porque isso realmente é o que o Pai Natal devia fazer, dar a quem não tem, e não a quem tem a mais.



Feliz Natal a todos, desejo a todos o prazer de receber amor, paz e saúde (que cliché), mas especialmente que o consigam dar a quem merece e precisa. E especialmente que vos acompanhe durante o resto do ano, a capacidade de dar, claro está!


Assinado,
A mãe do Gabriel

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

E o cheiro a xixi!!??

Tinha programado para hoje escrever um lindo post, um que falava de um dia como ontem (17.12) há 4 anos atrás, um post bonito a condizer com o meu estado de espírito, pois esse dia à 4 anos atrás descobri que o meu anjinho estava para vir, e não sendo o mais feliz da minha vida, esteve lá perto.


Mas o meu estado de espírito mudou, e já não consigo escrever um post bonito (fica para outro dia).
Por mais que queira pensar que não importa, começo a pensar que estou em maré de azar, ou será como dizem na minha terra: "mal-de-ojo"?


Como já tinha comentado antes, os meus problemas de pele estão em "alta" por assim dizer, e não há forma de melhorar, já tive duas consultas de urgência com Dermatologistas no SNS e sempre a despachar, que insistem que o meu problema é próprio da pele, talvez motivado pelo sistema nervoso, mas NÃO tem a ver com alergias, e insistem em tratar com cremes, que não fazem rigorosamente nada; tenho vários conhecidos com problemas de pele cuja causa são alergias, que dizem que o meu problema é alérgico. Como já tinha mencionado, não tenho seguro de saúde, e no SNS não posso simplesmente escolher ir ver um alergologista, tenho que ser encaminhada.


Na semana passada o carro começou a fazer um barulho estranho (já andava há alguns dias, mas pensámos que não seria nada), ao levar ao mecânico, descobriu que uma peça (não muito cara) se tinha partido mas ao roçar na correia de distribuição (peça muito cara) acabou por estraga-la também. Há mais de uma semana que andamos sem carro, e o arranjo vai levar um subsidio de natal por completo, sendo que o outro só vem metade porque só trabalhei metade do ano.


Está bem, são coisas que acontecem!


Ontem à noite estava na casa de banho a pôr o pijama (casa de banho pequena) e ao tirar as calças ouço o barulho de algo a cair, viro-me para perceber o que se tinha passado, e vejo que o meu telemóvel, que estava no bolso de trás das calças (como é habito) estava dentro da sanita juntamente com o xixi, tirei-o logo, mas de nada serviu: vibrou várias vezes em modo "moribundo" mas não voltou a ligar, nem depois de o secar com o secador, nem depois de passar a noite dentro da embalagem do arroz.


Já não consegui manter o estado de espírito alegre pelo dia de ontem, na minha cabeça começaram a aparecer vários pensamentos e teorias de: Quem é que me anda a rogar uma praga!!??
Ou umas quantas!?


O problema de pele há-de se resolver, pode é demorar mais ou menos tempo com mais ou menos dinheiro, o carro já está a arranjar e se não gastasse o dinheiro no arranjo seria em outra coisa, pelo menos temos o dinheiro, o telemóvel pode ser que se consiga arranjar . . . . . . . . . . . mas e o cheiro a xixi!!??

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Really!!??

Quando uma pessoa chega a determinada idade e começa a pensar: "Epa, se calhar já chegou a altura . . .", "Tenho trabalho estável, (acho eu), estou casada, tenho um filho". O que ganho não é nada de extraordinário, mas se até agora tem chegado.
Entre o procurar e visitar a expectativa  começa: será que encontramos algo que vá de encontro aos nossos gostos e possibilidades? Será que nos dão um crédito?
Mas o "será" não chega a lado nenhum, por isso o melhor é tentar.

Expectativa:
- O crédito vai ser difícil, mas não impossível.
- Entregar 30.000 documentos, para que alguém nos venha coscuvilhar a vida de trás para a frente.
- Devolver a 30 anos, um valor muito acima do emprestado (+ ou - 150% / 170%), mas está bem, se é assim que funciona.

Realidade:
- Pagar quase 500€ só para avaliarem a casa e estudarem a possibilidade de dar o crédito, sem garantias nem devoluções (what!!??)
- Um spread (what de hell is that?) de 3,5%.
- Euribor a 6 meses a 0,01%, mas na possibilidade de subir 1 ou 2%, a prestação sobe quase 100 ou 200€.
- Devolver a 40 anos, o dobro do valor pedido, mas nos possíveis aumentos (muito provaveis) do ponto anterior: 240% ou 270% respectivamente (Are you freakin´ kidding me!!??)

Resposta:
Mas esta gente está maluca!?
Há mesmo alguém que aceita isto!?
Quem é que esta gente dos bancos pensa que é!?
Ou são piores os que aceitam e se sujeitam a isto, permitindo que aconteça e seja considerado normal?!
E ainda me vêm dizer que me vão tirar não-sei-quantos-% do que ganho com o MEU trabalho para tapar os erros e falcatruas que os senhores banqueiros cometem, sem qualquer alteração às suas luxuosas vidas!?
Ainda me querem convencer de que o melhor para o povo são os governos de direita, capitalistas, que fazem leis para dar aos ricos o que tiram aos pobres!?
Metam as vossas explicações e argumentos (e dinheirinho) onde lhes couber, de preferência onde não bater o sol (como a personagem de Dustin Hoffman em Papillon)!!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Me, myself and I


Não sou muito dada a falar de mim, gosto de ter uma opinião e gosto de escrever sobre as minhas opiniões, ultimamente cada vez gosto menos de falar sobre as minhas opiniões, a menos que a pessoa com quem falo ou partilhe da mesma opinião ou respeite a minha mesmo que a sua seja diferente.

Reconheço que tenho um feitio . . . complicado, até me foi dito que a minha pele tem um feitio difícil, mas o meu feitio ou personalidade não é tudo o que há de mim.

Os meus gostos ou não-gostos, as minhas histórias, as minhas viagens, as minhas experiencias e tudo o que envolve a minha vida é algo que ao mesmo tempo gosto e não gosto de falar.
Não gosto porque me expõe, e não gosto de me sentir exposta, mas principalmente não gosto que falem de mim. Gosto porque como no geral não falo, quando o faço é como se tivesse um leão preso dentro de mim, e lhe desse liberdade para ir correr numa planície.

Falo alto, normalmente nem noto e gosto de falar. (falar muito sem dizer nada em concreto)

Gosto do cheiro da chuva, e não gosto do cheiro a relva recém cortada.

Sofro de algo chamado Sphenopalatine ganglioneuralgia (descobri hoje), e por isso não consigo comer bocados grandes de gelado sem ficar com a sensação de "brain freeze". 

Lembro-me dos sonhos com regularidade, e acordo muitas vezes ou a chorar ou em desespero por sonhar com um insecto que tenho fobia.
Tenho uma fobia (é a única) que se chama catsaridafobia (investiguem), não é um medo, é mesmo fobia, ao ponto que até ver num ecrã entro em pânico. 

Tenho muito medo de andar de carro a grande velocidade (já tinha falado sobre isto), mas acho que estou no meu direito, depois de dois acidentes. Mas gosto muito de andar de avião, barco, bicicleta.

Não tenho medo das alturas e adorava andar de balão, parapente ou saltar de avião com pára-quedas, mas nunca tive oportunidade.

Não gosto de discutir, principalmente porque fico nervosa e choro com facilidade.
Não gosto de chorar com facilidade.
Gosto de rir até doer a barriga, mas quem não gosta?
Tenho tendência a mostrar-me mais forte e corajosa do que realmente sou.

Fico muito nervosa (de tal forma que tremo involuntariamente) quando falo de momentos mais difíceis da minha vida, não me sinto particularmente confortável com a reacção de pena no olhar das pessoas (chateia-me).

Sou muito lamechas, mas raramente mostro.
Não gosto de hipocrisias, e mesmo estando contente ou satisfeita com algo, não sou muito demonstrativa.
Sou chata e se acho que tenho que reclamar, reclamo.

Gosto de abraços, mas com peso e medida e nos momentos certos.

Detesto cebola e adoro "petiscar" dos pratos dos outros, mas isto só não sabe quem nunca comeu ao meu lado!
Gosto mais de peixe do que de carne. E não me importo de experimentar comida vegetariana, vegan, macrobiótica, de outros países, etc. Mas recuso-me a comer tudo o que tenha cebola (visível), carne de porco ou tudo o que seja de animal que não seja a carne (órgãos, sangue, miúdos, pele, etc.)

Gosto e não tenho medo de nenhum animal (com a excepção da fobia atrás mencionada).
Gosto especialmente de animais domésticos, cavalos e repteis.
Não gosto de ver pássaros presos em gaiolas.
Não sou vegetariana, mas não gosto de comer um animal que vi vivo.

Gosto da minha privacidade; e não gosto de falar dos meus planos antes que estes se concretizem.
Gosto de ser eu a contar as minhas coisas, se quero, e quando quero.

Isto não é nem um décimo da pessoa que sou, sou complicada, mas nunca tinha escrito tanto só sobre mim.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Passinho a passinho, um bocadinho mais perto da terceira guerra mundial!

Não consigo deixar de sentir uma enorme tristeza pelos resultados de duas importantes eleições o dia de ontem, na Venezuela e em França, para se unirem aos já tristes resultados das eleições para presidente na Argentina.

Se não se importarem os acérrimos defensores da direita política, isto é a minha opinião, e o meu direito à escolha: sou, sempre fui e sempre serei de esquerda.

E para mim a vitória da direita é sempre algo triste, porque a direita significa:
Capitalismo,
Consumismo,
Desigualdade, social e económica,
Não olhar a meios para chegar a um fim,
A lei dos ricos em dinheiro e pobres em humanidade,
E eventualmente Guerra, porque é isso que dá dinheiro.

O que me causa tristeza é os que são de direita ou dizem que são por pura ignorância.
Prefiro mil vezes um lobo vestido de lobo a uma ovelha que pensa que é lobo!
Ou uma ovelha que pensa que pode vir a ser lobo!

Os governos de direita são dos ricos para os ricos (ricos = milionários), e desenganem-se que não é por votarem neles que vão fazer parte de seu restrito circulo!

Não digo, nem nunca disse que a esquerda tem todas as respostas certas, e não divido as pessoas boas ou más, em Socialistas ou Capitalistas. Acho todos os políticos um tanto ou quanto mentirosos, estejam mais à direita ou mais à esquerda. Mas as bases da direita política são o que acabo de descrever.

E por favor não confundir Socialismo com Comunismo, não é a mesma coisa, se quiserem saber o que é a mesma coisa, ponham dois dedos no cu e cheirem um de cada vez! (peço desculpa, mas não resisti)

O falecido presidente da Venezuela Hugo Chavez, foi o melhor que podia ter acontecido naquele país. Mas infelizmente o capitalismo é muito forte, porque quer queiramos quer não, o dinheiro mexe o mundo!





quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

The monster family goes out!


Isto das alergias tem muito que se lhe diga, e ainda mais se os filhos recebem esta herança.

Como já tinha falado num post anterior (aqui) tenho um problema de pele que muito provavelmente está relacionado com alguma alergia (ainda não descoberta) e que se manifesta em eczema em varias zonas do corpo mas principalmente na cara (e nunca esteve tão mal), e o facto de ter rinite alérgica, só dá mais força à teoria da alergia a alguma coisa.

Outra das alergias e que passei ao meu filho foi a de fazer reacção às picadas de certos insectos. Que se manifesta em mim com inchaço, a zona fica dura, quente, vermelha e muita comichão ou às vezes de uma só picada aparecem varias. No meu filho também com inchaço, bolhas com "aguadilha" comichão, vermelhidão, e também mais picadas.

Já no verão, estivemos uns dias no Algarve e logo no primeiro dia picaram o meu menino num olho, passou uns dois dias com ele inchado, e no ultimo dia quando já quase não se notava o inchaço, picaram-lhe no outro, e ficou mais uns dias com outro inchaço. 

 Por isso, quem viu ontem na rua uma mulher com uma criança, deve ter pensado que eu me estava a transformar em Rodolfo a rena, do vermelha que tenho a cara entre o nariz, testa e bochechas, e o meu menino num unicórnio, pois foi picado no meio da testa e tinha lá um alto!

 Mas em todo caso se há altura para parecermos seres mitológicos ou fantasiosos deve ser o Natal.