sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Ninguém me avisou!

Não sendo o meu primeiro filho, estava relativamente preparada para o que vinha com a vinda de um bebé, e o que não sabia tinha sido avisada e/ou tinha lido para estar preparada, principalmente no que respeita ao irmão mais velho e à dinâmica de tomar conta de dois, não digo nem pretendo dizer que estava pronta para uma tarefa que não é fácil, mas de certo modo sabia o que aí vinha e preparada ou não, não podia dizer que não sabia.
O que não sabia e ninguém me avisou, é que o meu anjinho, mal entrou na maternidade após o nascimento da irmã e olhei para ele, apesar de conscientemente saber que era ele fiquei com a ideia de que tinha o dobro do tamanho que tinha dois dias antes quando o vi pela última vez. Olhei e olhei a tentar perceber se era eu ou se ele realmente tinha crescido tanto, e mesmo depois de 4 semanas e sabendo que continua a ser a mesma criança que era antes da irmã nascer, não tenho conseguido vê-lo com os mesmos olhos. O amor que sinto por ele é o mesmo, ou talvez mais, pois sinto que o tenho um pouco abandonado, mas já não consigo vê-lo como o mesmo menino "pequeno" que era, apenas como o menino "grande" que agora é. Tenho lutado todos os dias com isto, lembrando-me que ainda é um menino pequeno e que, mesmo, não precisando de mim tanto como a irmã, ainda precisa. Ele não mudou, eu é que mudei. Sinto que nunca na minha vida de mãe tive uma tão grande responsabilidade, pois da minha atitude nesta altura, depende o futuro da minha relação com ele e da relação dele com a irmã e não quero de maneira nenhuma condicionar nenhuma das relações.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Era uma vez. . .

. . . uma fada chamada Oriana.
Há muitos anos (não interessa quantos) ofereceram-me um livro de uma magnífica escritora portuguesa chamada Sofia de Mello Breyner, este livro, mesmo sendo uma historia infantil, ficou gravado na minha memória, não só pela história em si, mas especialmente pelo título e nome da protagonista.

Nunca fui de planear as coisas ao mais mínimo detalhe, e honestamente acho que nem vale a pena, nunca sabemos o que pode mudar, mas sempre que pensava em ter filhos, houve apenas um nome que se destacou, tanto que na primeira gravidez nem tinha pensado um nome para rapaz.

E assim, logo que soubemos que desta vez vinha uma menina, não tive dúvidas do nome que queria, só que o pai não estava convencido, e deixei de lado o meu querer para que fosse uma decisão em conjunto, mas no final, a escolha voltou à partida, e no inicio de um dos meses mais bonitos do ano, nasceu uma "fada" linda que tive o privilégio de chamar Oriana.

Obrigada ao meu marido maravilhoso e ao meu filho lindo por terem apoiado a minha escolha.
Bem-vinda à nossa família Oriana.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

E era uma vez. . .

. . . uma acumuladora.
Desde as 25 semanas de gravidez que estou em casa com baixa de risco por vários problemas (miomas que causam dor, colo curto e contrações), e sendo que devia estar de repouso (é difícil com um filho de 4 anos e um marido com turnos rotativos de 12 horas e folgas rotativas) tenho tentado fazer apenas o essencial.
Mas agora que já passei as 35 semanas, tenho um bebé saudável cujo peso está quase nos 3 kg, o colo já não é um problema e ainda me faltam imensas coisas por arranjar e preparar, tenho puxado um bocadinho mais por mim, claro que descansando sempre que necessário e que as dores apertam.
Foi nestes últimos dias e a tentar limpar e arranjar a casa para caber uma outra pessoa, mais tudo o que vem com ela, que descubri que tenho um problema, sou uma acumuladora!
O que mais acumulo são sacos de todas as lojas e feitios, coisas que posso vir a precisar ou a ser-me útil , roupa que já não uso ou que nunca usei (oferecida) que penso sempre que posso vir a usar (ou voltar a caber), maquilhagem que não uso e já passou a data, e lixo em geral que ou é bonito ou tem algum significado!
Mas por sorte, não só consigo reconhecer que tenho um problema, como consigo desfazer-me de (quase) tudo o que nunca precisei e o mais provável é não precisar.
Suponho que ter uma casa pequena ajuda a que seja mais fácil desfazer-me de certas coisas, é uma escolha simples, ou deito fora ou o bebé não cabe!

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Preocupações de irmão

Sentados os dois numa estação do metro à espera, diz-me ele muito sério:
- Mãe se tu fores à sanita fazer alguma coisa, e a mana sair, ela pode cair na sanita porque ela vai sair pelo teu pipi, não é?

Olho para ele e vejo a sua preocupação estampada na cara.

Da maneira mais séria possível, respondi:
- Não te preocupes amor, quando for para a mana sair eu vou saber e não vou à casa de banho.

E invade-me aquele sentimento de orgulho no meu menino, pela genuína preocupação pela mana assim como pela capacidade de entender as coisas e chegar ao desenlace que não é de todo descabido para a pouca informação que ele tem.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Cansada . . .

Físicamente cansada.
Mentalmente cansada.
Emocionalmente cansada.

Querer e não poder.
Procurar e não encontrar.
Esperar e não alcançar.
Precisar de alguém e não haver ninguém à vista.
Consome.
Causa tristeza, que consome ainda mais.

Quem quer ajudar não pode, quem pode ajudar não quer.
Só dá vontade de desistir e logo se vê.
Mudando um pouco a canção dos Green Day :
Wake me up when November ends!

sábado, 1 de outubro de 2016

30 semanas

O tempo passa, e acontece algo estranho que simultaneamente parece passar rápido e devagar, e pensamos: "já passou este tempo todo!" e logo a seguir "ainda falta tanto!"
Estar grávida é fantástico e maravilhoso, e como o tempo, pode ser horrível simultaneamente.
Adoro sentir mexer, e mesmo não gostando que me toquem na barriga, não me importo de partilhar esses momentos para que os outros também sintam.
Mas o cansaço e as dores têm levado o melhor de mim, até para escrever.
Não consigo escrever 2 ou 3 frases e publicar, nem sequer chamar a isso um post. Mas ultimamente isso é o máximo que consigo fazer, e a sorte também não tem andado muito do nosso lado o que acaba por não me levar a publicar nada à mais tempo do que gostaria.
Tenho muitas ideias e coisas das que gostaria de escrever às voltas e misturadas na minha cabeça, se tivesse tempo para me concentrar nelas, e não na casa e no carro e na mala para a maternidade que ainda não está nem pensada e nas outras mil coisas que me ocupam os dias e a mente.

sábado, 17 de setembro de 2016

Preocupações de mãe. . . ou não!

Tenho percebido que, actualmente, uma grande preocupação de muitas mães que vão ter o segundo filho, é o facto de irem passar algumas noites longe do filho mais velho, porque acham que será difícil para a criança, acredito que seja uma preocupação para algumas mães.
Mas isto não me acontece.
Apesar de saber que o meu filho gosta de mim, também sei que é muito independente (para bem e para mal), e o difícil, na altura da ida para a maternidade, vai ser fazê-lo entender que os dias que ele vai dormir fora de casa (se assim tiver que ser) será a excepção e não a regra. Para ele dormir fora de casa é um hábito quase semanal em casa do tio e dos avós, não por nosso querer ou necessidade, mas porque ele pede e os avós também não se fazem de rogados. Também já dormiu em casa das "tias" e o complicado é convencê-lo que não é algo para todos os dias, sendo que dia sim, dia sim pergunta se pode lá ir dormir.
Sabe que as regras e as brincadeiras são outras e penso cá para mim, que se os dias fora de casa e sem a mãe se alargassem, eventualmente pediría para vir para casa com o pai e a mãe (espero eu)!

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Primeiro dia. . .

Ando com o coração nas mãos, pois o meu anjinho começou ontem numa escola nova depois de ter estado 3 anos no mesmo lugar, mudando de salas, educadoras, instalações mas sempre com os mesmos colegas e auxiliares.
Sou uma pessoa ansiosa e andava muito preocupada com esta mudança apesar de saber que ele é uma criança muito sociável, o receio de que ele não aceitasse bem era muito grande.
Mas nenhum dos meus receios se confirmou, e espero que assim continúe.
A semana passada fomos conhecer,  as instalações, educadora e condições para a entrada dele, antes de ontem fizemos os últimos arranjos e em ambas ocasiões foi conosco e lhe fizemos saber que aquela era a nova escola, no dia que fomos conhecer, mostrou-se entusiasmado, mas a segunda vez que fomos e desde há uns dias que dizia não querer ir para lá.
Ontem manteve a posição de não querer ir, mas não fez grandes birras. Quando lá chegámos começou a querer choramingar e que não queria lá ficar, fomos insistindo enquanto a educadora recebia na porta da sala outra criança algo renitente em lá ficar, o pai sugeriu levar uma coisa boa (doce) quando o fossemos buscar, se ficasse bem, ao mesmo tempo que lhe mostrávamos desde a porta da sala que havia lá brinquedos e outras crianças como ele, acabou por entrar, dar uma rápida vista de olhos, voltar até nós, dar um beijinho a cada um e voltar a entrar sem olhar para trás, enquanto falávamos com a educadora,  não voltou a olhar para nós e a última vez que o vi estava a sentar-se numa mesa enquanto falava com uma menina.
Saí contente, mas com a mesma ansiedade, sobre como iria correr o dia.
Correu muito bem, tanto do ponto de vista dele como da auxiliar que lá estava quando o fomos buscar; veio a correr na nossa direcção quando nos viu com um grande sorriso não só por nos ver, mas também por ter tido um bom dia.
Hoje o ficar foi um bocadinho mais difícil, mas mesmo assim não chorou, espero que assim continúe.
Deixar o meu filho onde quer que seja quando ele não quer e fica a chorar é das coisas mais difíceis que já tive que fazer na minha vida e a idade dele não muda o aperto na garganta.

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Gravidez não é doença.

Mas também não é fácil.
Não gosto dessa frase, por muito verdade que seja!


Não é doença, mas as nossas condições fisicas e mentais não são as mesmas.
Não é doença, mas é uma grande responsabilidade.
Não é doença, mas o cansaço chega mais rápido.
Não é doença, mas tem dores associadas.


Não é doença e há quem passe por ela, como o Usain Bolt por uma pista de corrida, mas para muitas outras é uma altura dificil, com dores, edemas, mal-estar geral, cansaço e sono constante, restrições na alimentação, miomas e quistos, e tanta coisa mais.


Nem todas as gravidezes são iguais, mas menosprezar o mal de algumas porque nem todas passam por isso é uma enorme falta de respeito.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Como é que o bebé foi parar à barriga da mãe?

Pergunta muito temida pela maioria dos pais de crianças pequenas.
O meu anjinho está a superar as minhas expectativas no que se refere à sua reação à vinda de um novo inquilino lá para casa.
Adora a minha barriga em crescimento, tem cuidado para não magoar o bebé, faz festinhas e dá beijinhos.


Mas ainda não mostrou curiosidade em como lá foi parar ou porque é que é lá que está a crescer, como se fosse algo tão natural, que não necesita ser perguntado. A sua duvida é, como é que vai sair!


Perguntou se era pelo umbigo, respondi com toda a honestidade que ele merece, pois não é parvo (como alguns adultos parecem pensar que as crianças são), mas a honestidade não me correu bem, e mostrou-se extremamente curioso em como é que vai sair por ali. Já lhe expliquei que é uma parte do corpo muito privada de cada um, e assim como não deve deixar que toquem nele, também não deve tocar nos outros, acho que entendeu, ou pelo menos não voltou a mencionar o assunto.


Não sou apologista de mentir ou tratar as crianças como parvos.
Não sou perfeita e já em algumas ocasiões lhe disse coisas que não são verdade, como que o meu telemóvel não tem bateria para não começar uma birra, ou que a sopa dele é muito boa, quando em realidade eu não a comería! Mas tratar as crianças como seres sem inteligencia dizendo coisas que não estão nem perto da verdade (nunca seria capaz de dizer ao meu filho que os bebés vêm com as cegonhas) isso não acho bem, e é no minimo insultar as capacidades das crianças, explicar as coisas como elas são mas de forma a que possam ser compreendidas por eles.
Obviamente que não tenho a resposta certa para tudo, e encontrar a melhor forma de explicar algumas coisas não é fácil, mas acho que o melhor caminho é tratá-los sempre como pessoas inteligentes.

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

A incessante procura . . .



. . . de casa!


Há pouco mais de 1 ano que ando à procura de casa. Pode parecer mentira, mas é isso mesmo. No entanto, durante o primeiro ano, até Abril deste ano, a procura não era diária. Íamos procurando, sem pressas, por 3 vezes nos inscrevemos num concurso para arrendar umas casas da câmara em muito boas condições (completamente renovadas) e por valores bem amigáveis, mas sem sorte.
Desde Abril e por motivos óbvios, sendo que a nossa casa (alugada) actual é muito pequena, é numas águas furtadas e no verão parece (mesmo) um forno, e por ultimo o teto do nosso quarto parece um "céu estrelado" de bolor (motivo principal para a minha pressa), temos feito uma procura online, mais exaustiva.
Devo admitir que tanto eu como o meu marido somos um tanto ou quanto picuinhas, mas também não é para tanto, a verdade é que temos tido mesmo muito azar, tanto, que as ultimas 3 casas que tínhamos agendado para ir ver, por diversos motivos, deixaram de estar disponíveis, começo a ter vontade de arrancar os cabelos!


E aproveito para insultar publicamente todos os comerciais das imobiliárias, são todos adeptos de um nível de desrespeito e má educação que nem dá para acreditar.


No caso de haver por aí alguém com uma casa para alugar, o que preciso é de: um T2 (com no mínimo 60 mt2), que não passe do 2º andar (com ou sem elevador), em boas condições principalmente na cozinha e casa de banho (não gosto das antigas e/ou com sinais óbvios de muito uso), com despensa, e que permita animais, neste caso gatos. O que tem dificultado principalmente a procura, é a localização e os valores, pois mais de 500€ está completamente fora do nosso alcance (e mesmo assim já é muito), e tem que estar perto do metro (5 a 10 minutos a pé).
Não me parece que esteja a pedir muito, ou estou?

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Hipocrisia

Quando eram os brancos a matar africanos e asiáticos, lá na terra deles, e não aparecia nas televisões, jornais e redes sociais, o mundo era um lugar lindo e maravilhoso.
Agora que uns poucos loucos (de todas as cores e raças) vieram perturbar a bolha em que viviam os países ocidentais (supostamente) desenvolvidos, o mundo é um lugar assustador e perigoso.

Digo, e não me canso de o fazer, esta sociedade dos países ocidentais é realmente muito hipócrita.
Não quero com isto (de maneira nenhuma) tirar importância e ver todo e qualquer ataque como algo banal, quero apenas fazer ver que o mundo continua e sempre foi violento, a diferença agora é que quem morre ou vê morrer somos todos e não só alguns.
A solução não passa pela violência, matar estes ou aqueles não vai acabar com a podridão a que o ser humano em geral chegou, a única solução é (seria, numa utopia) mudar mentalidades, o qual infelizmente não vejo que vá acontecer.
E pela andança que leva a carroça (com o Trump a dizer o que vai na mente de muitos idiotas), acho que já ninguém a segura.
Violência só, e unicamente, gera violência . . .

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Bravida

Já normalmente sou uma pessoa fácil de irritar, e com um mau humor à flor da pele. Mas nesta gravidez tem sido difícil de controlar e até um "estás bem?", ou "está tudo a correr bem?" com o olhar a desviar-se para a minha zona abdominal me da vontade de responder: "não estou doente, porque é que não haveria de estar bem!" ou "queres que te responda só "sim, estou bem" ou preferes a descrição detalhada de todos os males que me afectam".
Tudo me irrita, mas claro que há coisas que o fazem mais que outras, entre elas a clara intenção, em alguns casos a acção mesmo, de algumas pessoas de tocar em mim (e não me refiro ao braço ou ombro, mais comum quando cumprimentamos alguém), como se o meu corpo já não fosse meu!! O facto de ter um ser a crescer dentro de mim, não dá o direito a absolutamente ninguém (tirando o meu filho e o meu marido) de me tocar, pois continuo a ser a mesma pessoa que há uns meses não estava grávida, eu não ando por aí a esfregar a barriga aos outros (a menos que me digam que vai de lá sair um génio), se não é aceitável tocar nos outros só porque nos apetece, muito menos numa grávida, uma que se chateia com muita facilidade! A menos claro que eu diga explicitamente que o podem fazer.


Sigo um blog do qual gosto muito, e como já referi outras vezes não tenho que concordar com tudo o que a pessoa diz para gostar e seguir um blog. É de uma escritora portuguesa que se chama Filipa Fonseca Silva (podem conhecer o blog aqui), que ouvi falar há uns tempos quando lançou o seu mais recente livro: "Coisas que uma Mãe Descobre (e de que ninguém fala)" , o qual causou uma certa polemica, pois muitas defensoras e fundamentalistas da maternidade não acharam suficientemente "maternal", o livro. No meu caso apesar de (novamente) não concordar com tudo, entendi a intenção cómica, e gostei da abordagem menos séria de alguns temas, mas não comprei o livro na altura, apenas comecei a seguir o blog. Mantive a intenção de comprar, e quando descobri esta gravidez decidi fazê-lo, e devo dizer que gostei muito e me ajudou a ver as coisas com mais calma, acho em todo caso que devia ser lido por mais homens.
Num dos capítulos a escritora divide as grávidas por tipos, e apesar de não me incluir num só, penso que estou mais enquadrada no que ela chama de bravidas, isto é, grávidas que andam chateadas com o mundo.


Para as pessoas (amigos ou família) de quem gosto (será que as pessoas de quem gosto, sabem que gosto delas?) e que vejo/falo "on a regular basis", não levem muito a sério alguma resposta torta. Qualquer outra pessoa, talvez seja melhor nem olharem para mim!

terça-feira, 12 de julho de 2016

Peço desculpa!

Este não é um "mommy blog", apesar do meu filho ser uma parte muito importante da minha vida (a mais importante) e de vez em quando os meus post´s estarem relacionados com ele e com as minhas experiencias como mãe.
Mas dada a minha condição actual, é difícil não ter a minha atenção focada nesse aspecto (o ser mãe).
Por isso peço desculpa a quem não gosta de "mommy blogs", mas os próximos post´s vão ser, na sua maioria, relacionados com a gravidez: the good, the bad and the ugly.
Vou tentar não ser muito chata com o assunto, e assim como faço um esforço por não me queixar muito, vou tentar falar sobre outros temas.
Só não esperem "ouvir-me" (ler) a falar de football, porque já não suporto ouvir falar do tema!


Claro que se vier para aqui dizer que acho triste e deprimente, que algo tão insignificante (do meu ponto de vista) como uma taça, que não muda no mais mínimo a minha vida ou a qualidade (ou falta de), mova massas da forma que o faz! Quando há coisas tão mais importantes para fazer, que efectivamente podiam melhorar o nosso país e a qualidade de vida nele!
 E ainda mais num dia em que outros atletas ganharam competições que considero de muito mais valor e mérito pelo esforço que representam, e não falo do esforço físico. Porque não é o mesmo trabalhar para algo e mostrar empenho quando só vivem para isso e recebem mais do que seria necessário, e fazê-lo tendo que pedinchar ou ter eles próprios que financiar, não recebendo (muitas vezes) qualquer ajuda para tal.
Não peço desculpa pela minha opinião.


Como já o disse anteriormente, acho que o mundo em que vivemos anda com as prioridades trocadas.



quarta-feira, 6 de julho de 2016

Acho que rebentei a escala do mau humor!

Bem, por onde hei-de começar . . .
Em Abril descobri algo que apesar de querer muito, foi um choque e com outras questões profissionais à mistura, tenho andado num stress que não é normal e muito menos benéfico.


Para quem segue o blog, sabem que outro filho era algo que queria muito (como disse aqui), mas nem o marido, nem o meu lado racional concordavam, e era algo que não estávamos a planear para já.
Mas a vida é muito boa a trocar-nos as voltas, e a fazer o que quer, apesar dos nossos planos.


Em Abril, com um atraso de dois dias (o que é muito raro em mim) fiz um teste, mas apenas por descargo de consciência, e para minha surpresa, deu positivo!


Duas semanas antes tinha sido informada que o meu contrato iria terminar e iria ter um novo no dia seguinte, mas para todos os efeitos era um despedimento.


E o meu marido numa situação, que não sendo igual, o deixava num impasse profissional (o qual ainda se mantem).


Não foi com certeza a altura ideal, apesar de ser algo há muito idealizado por mim, e uma frase que não me sai da cabeça é: "Be careful what you wish for, cause you just might get it".


A minha primeira gravidez, apesar de um que outro problema, correu bastante bem, no que a enjoos e hormonas se refere, e mesmo sabendo que as gravidezes não são todas iguais, não estava preparada para tudo o que esta me tem trazido de diferente, no que a emoções e enjoos se refere, unido obviamente ao facto de andar muito mais nervosa e stressada do que na primeira, na que tudo me parecia lindo e maravilhoso.


Nestes primeiros 4 meses, os enjoos, o cansaço (talvez por não conseguir descansar tanto como na primeira gravidez), a falta de apetite, a falta de paciência, o chorar por qualquer coisa têm sido uma constante, que se eu não entendo, muito menos quem me rodeia.


Perdi um Kg desde o inicio, e pelo que tenho percebido não é tão raro, mas não me livrou de um raspanete na ultima consulta, unido ao facto do meu desejo para o parto (noutra altura falarei disso) ter sido "pisado e maltratado" como se fosse algo inconcebível e desrespeitoso para com médicos e enfermeiros, fez com que o mau humor que me tem afectado nas ultimas semanas, ficasse fora de controlo, o que eventualmente acaba por levar a pensamentos pessimistas e termina (ou recomeça, como um ciclo vicioso) numa vontade de chorar por tudo o que me tem afectado desde que me lembro de mim, todas as minhas tristezas como um filme em "fast-forward".









segunda-feira, 27 de junho de 2016

Voltando aos gatos!

Depois de algumas semanas de uma certa gestão na logística, para manter os gatos separados, e já a pensar em alternativas e opções para separar os meninos de forma definitiva, tendo obviamente que "prescindir" de um deles.
Graças a uma semana confinada em casa, sem direito a grandes saídas e passeios, lá consegui que estivessem juntos na mesma divisão sem grandes altercados, deixando-os sempre separados durante a noite.
Posso dizer neste momento, já a vários dias da primeira reaproximação, que a crise está (quase) completamente ultrapassada, apenas havendo ainda uma ligeira desconfiança de parte do Taz.
O que levou o Boris, sendo ainda um "miúdo", a procurar um substituto. Então, onde quer que eu vá ou esteja, lá está ele. Se me sento no sofá, aparece em menos de 5 segundos em cima de mim ou encostado, na cozinha: deitado ou sentado a poucos centímetros, na casa de banho a roçar as minhas pernas à voltas da sanita (tenho tido que fechar a porta, coisa que não é meu costume), se vou para o quarto e fecho a porta fica ali a miar, ou vem a correr quando saiu. Sinto que ganhei um filho novo no espaço de uma semana.
Mas estou muito contente por termos ultrapassado a crise, e muito orgulhosa de nós, mesmo na nossa casa pequena e quase sem portas, não termos posto logo um gato fora de casa ao primeiro problemita, sinto que tanto da nossa parte como da parte deles há uma maior confiança e carinho mútuo.
Somos uma família: 3 humanos e 2 felinos.
Até aparecemos todos juntos no IRS.


 

terça-feira, 7 de junho de 2016

Tenho um gato barricado na casa de banho . . .

. . . mais precisamente detrás da sanita.


Passo a explicar:
Tenho dois gatos de que gosto muito, têm personalidades diferentes, mas sempre (desde Outubro 2015) se deram bem.
O mais velho (Taz) tem 3 anos, e até Maio do ano passado era parecido a um demónio da Tasmânia (o desenho animado), unido ao facto de ter sido castrado em Janeiro do ano passado em Maio foi diagnosticado com asma felina e a sua maneira de ser mudou muito, não só acalmou senão que ficou muito mais doce.
O mais novo (Boris) tem 10 meses, e apesar de que ambos têm muito medo de pessoas (características comum aos gatos que vieram da rua), este tem mais, por isso se apegou muito ao mais velho e anda sempre atrás dele. Devia ter sido castrado aos 6 meses, mas por diversos motivos fomos deixando andar com a desculpa de "o mês que vem tratamos disso".


Sem qualquer pré-aviso, na passada terça-feira quando o meu marido acordou (já depois de eu ter saído e estando tudo bem) encontrou a casa que nem campo de batalha, almofadas pelo chão, caixote do lixo virado, detergentes e molas (que estavam em cima da máquina de lavar) tudo espalhado, xixi e cocó (de gato) pelo chão, e o Taz completamente aterrorizado escondido entre a parede e a maquina de lavar, que mal viu o meu marido correu a refugiar-se no nosso quarto onde ficou até irmos dormir, passou a noite no mesmo estado de terror, rosnando por qualquer pequena alteração (noite complicada para mim, devo dizer).
Na quarta-feira de manhã, depois de falar com varias pessoas, obtive a mesma resposta, o problema é o Boris não estar castrado e ser altura do cio. Procurei um veterinário disposto a castrar o (pobre) gato no mesmo dia, e estando o meu marido de folga, lá levou o gato, sendo que aproveitámos para levar também o Taz, e tratámos da vacinação de ambos.
Chegados a casa, deixamos sair primeiro o Taz, enquanto tratávamos do jantar, quando quisemos deixar o Boris sair da transportadora procurámos o outro para estar prevenidos, mas sem o encontrar, devemos ter dado 3 voltas a toda a casa, até que o meu marido foi dar com ele na casa de banho atrás da sanita.


Desde quarta-feira que as hostilidades se mantêm, o Taz rosna sempre que vê o Boris, e se tem oportunidade o Boris ataca o Taz (ainda não percebi bem porquê) das (poucas) vezes que se têm encontrado envolvem-se numa luta greco-romana de gatos, com "gritos", bufadelas e rosnadelas com um a tentar fugir e o outro a perseguir, e de cada vez que isto acontece o Taz faz xixi, imagino que do susto (nunca o nosso chão esteve tão limpo e a casa com vários ambientadores para enganar o cheiro a xixi de gato). Foi-me dito que as hormonas do cio se iram manter no Boris por vários dias ainda.
Quando não estamos em casa, ou durante a noite a porta da casa de banho fica fechada e o Taz fica lá dentro, já vai trocando o cantinho atrás da sanita pelo lavatório, e tem tudo o que precisa lá dentro, o Boris fica cá fora entre a sala, cozinha e marquise (não há portas que se possam fechar). Quando estamos em casa, e por períodos de uma a duas horas o Boris fica dentro da transportadora (os quartos estão fora de questão) e o Taz vem espairecer, nunca se aproximando do Boris.


Mas o que me faz mais confusão, é que apesar de (aparentemente, pois é sempre tudo muito rápido) ser sempre o Boris a atacar o Taz, nos períodos em que o Taz está na casa de banho fechado, o Boris fica à porta a miar, ou mesmo dentro da transportadora quando vê o Taz, mia de tal forma, como de dor, por não poder estar perto do Taz de quem se nota que sente saudades.


Tem sido complicada a logística desta separação, numa casa pequena e com poucas portas, mas o que mais me custa é ver um completamente aterrorizado e o outro triste porque (pelo que consigo perceber) não entende o porquê de estarem separados.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Lidar com o "normal"!

O post de hoje, é com o intuito de partilhar uma experiencia de mãe e apesar de que não é muito comum, acontece. No meu caso já tinha ouvido falar, mas nunca tinha presenciado (antes de ser mãe).

O meu anjinho (que o continuará a ser enquanto eu assim o quiser chamar), tem tendência para fazer algo chamado apneia do choro, e é das coisas mais assustadores que um(a) pai/mãe pode assistir num filho.

Ocorrem em cerca de 4% das crianças com idade compreendida entre os 6 meses e os 4 anos, afetando meninos e meninas de igual forma. A frequência dos episódios é variável - desde crises ocasionais a vários episódios diários. Em 23% dos casos encontrou-se uma incidência familiar. (Guess who?)

Consistem numa sequência típica de eventos que se inicia de forma reflexa em resposta a um fator desencadeante, como medo, susto, frustração ou dor súbita, podendo levar à apneia (a criança deixa de respirar) e até mesmo perda de consciência. São involuntários, auto-limitados e habitualmente não provocam complicações graves.

Aparecem na internet bastantes informações, mas ler que algo é normal e não trás qualquer problema de saúde, não o faz mais fácil, penso que a partilha de experiencias e saber que há outros pais e crianças que também passam (passaram) pelo mesmo acaba por ser melhor.

Quando o meu filho tinha alguns meses de vida (não me recordo exactamente quanto, mas mais de 8 e menos de 12), fez pela primeira vez. Começou a chorar, muito provavelmente por ser contrariado em qualquer coisa, e em determinada altura parou de respirar, isto é, manteve o choro em "mute" mas sem entrada ou saída de ar, durante alguns segundos (que parecem intermináveis), começou a ficar roxo (por mais que tentássemos que voltasse a respirar) e acabou por desmaiar, momento no qual voltou a respirar normalmente e "acordou" logo a seguir, sem chorar, olhando para nós como se nada se tivesse passado. Toda a situação não deve ter durado mais que uns poucos minutos, bastante assustadores, devo dizer.

Por algum motivo que não sei explicar mantive a calma, no entanto não posso dizer o mesmo do pai do meu filho. Falámos com a médica que o segue no Centro de Saúde e também investiguei na internet, obtendo sempre a mesma resposta, de que não é perigoso para a saúde dele (apenas a saúde emocional dos pais). Até aos seus 2 anos aproximadamente voltou a fazer algumas vezes, sendo que apenas o fazia comigo ou com o pai, e consegui sempre manter a calma, algumas vezes conseguindo que recuperasse o fôlego, outras não.

Já não acontecia há quase dois anos. Há 2 noites, algum tempo depois de adormecer, começou a choramingar, fui ver e apesar de estar meio a dormir, percebi que estava aflito para fazer xixi (apesar de ter feito antes de se deitar), peguei nele ao colo, e levei-o à sanita (já tinha acontecido outras vezes, e ele não chega a acordar totalmente, parando de choramingar quando faz o xixi), mas em vez de acontecer como normalmente, começou a chorar mais, peguei nele novamente para perceber se havia algum problema e para acalmá-lo, e foi quando parou de respirar, e eu entrei num pânico estúpido que nunca me tinha acontecido, não me lembrei de lhe soprar na cara nem me lembrei que já não era a primeira vez e que não lhe acontece nada de mal. Só consegui ver a sua carinha cada vez mais roxa e parecia aflito por respirar. Até que tossiu duas vezes e recuperou o fôlego, olhou para mim de olhos muito abertos e fechou como se não tivesse acordado e adormeceu (ou continuou a dormir).
E eu fui devagarinho para a cama dele, sentei-me e fiquei a embala-lo (a ele e a mim) por uns bons 10 minutos sem o conseguir largar. Sabendo que estava tudo bem, mas a tremer e com um nó na garganta.
Nem sempre o saber que é "normal" nos permite lidar com as coisas, especialmente se dos nossos filhos se trata.



quarta-feira, 25 de maio de 2016

And the "Miss congeniality" award goes to . . . . . . not me!

Não sou a pessoa mais simpática do mundo, e só não sabe quem não me conhece.
Mas há dias em que o mau-humor anda à flor da pele, e tenho verdadeiramente que fazer um esforço para não dar respostas tortas (nem sempre sou bem sucedida).
No meu trabalho recebo vários estafetas por dia de várias empresas de entrega de correio. Já os conheço a todos, e apesar que não sou a "miss  congeniality" em pessoa, tenho sempre o cuidado de sorrir e cumprimentar e despedir-me; mas obviamente do outro lado também nem sempre são do mais simpáticos que existe, não é que me queixe, mas há dias em que ser amável e sorrir ainda se faz mais difícil.
Hoje de manhã:
Mal abro a porta para o estafeta entrar, depois de um bom dia apressado diz:
- Preciso de uma assinatura e carimbo antes do meio dia!! (em tom autoritário, sendo que nunca demonstrou qualquer simpatia)
Olho para as horas e vejo: 11h56
E diz o estafeta novamente:
- É que temos um horário de entrega e tenho que enviar a confirmação para a central antes do meio dia!
Nem respondi, mantive o meu sorriso cada vez mais amarelo e fiz o que me pediu.
Depois de tudo entregue despediu-se, respondi e foi embora.
Mas durante todo o tempo em que fiz o que me pediu fiquei com a resposta que lhe queria dar entalada.
- Tivesse chegado mais cedo!!
Não a disse por uma única razão, não quis criar mau ambiente com alguém que tenho que ver quase diariamente, mas vontade podem ter a certeza que não me faltou.





sábado, 21 de maio de 2016

GET THE HELL OFF MY BACK!!

Disclosure: Tenho nacionalidade portuguesa e venezuelana porque nasci na Venezuela e sou filha de pais portugueses. Gosto da Venezuela mas não me sinto em "casa" como me sinto em Portugal para lá morar, isto não tem qualquer relação política!


Vivo em Portugal desde Dezembro de 2007 e desde Outubro de 2008 que não vou à Venezuela por questões económicas pessoais.


Assim sendo não sei nem estou a par do que se passa naquele país, não vejo noticias porque não acredito nelas. Sou de esquerda sim senhora (volto a repetir socialismo não é comunismo) e votei no falecido Hugo Chavez para presidente sempre que tive oportunidade e pude comprovar pelos meus olhos (subjectivos) o que ele fez para melhorar o país.


A única pessoa com quem falo na Venezuela também é socialista e acredito mais no que ela me diz do que acredito nos jornais e televisões (por vários motivos que não me apetece explicar, que iriam deixar o post muito longo e que vão contra a intenção do mesmo), mas se os outros acreditam mais nos jornais e televisões, estão no seu direito, cada um acredita no que quer.


Não tenho porque dar explicações a ninguém de porquê acredito no que acredito, nem quero as explicações dos outros.


Por tudo isto, agradecia encarecidamente que ME DEIXASSEM EM PAZ!



quarta-feira, 18 de maio de 2016

Além de uma sogra também tenho uma madrasta!

Este post já o tinha em "águas de bacalhau" à algum tempo, e sendo que o blog ultimamente anda a carvão, achei que era uma boa ocasião para sair. Não vem a causa de nada em especifico, aparte do facto que ando a tentar não me queixar muito de tudo e mais alguma coisa.


Quem lê o titulo pensará: "Epá que azar, já não basta termos que suportar sogras, aquela tem sogra e madrasta!"


E eu respondo: "O azar seria não as ter!"


Tenho uma mãe que não sendo a melhor do mundo (não conheço todas as mães do mundo), é a melhor que eu conheço e é a minha preferida, e apesar de ter as suas coisas, fez tudo na vida para que os filhos estivessem bem e felizes, mas a vida é "madrasta" (ou não) e nem sempre é como a planeamos, e não a tenho por perto, falo com ela muitas vezes, dá-me conselhos e ralha comigo como se ainda fosse adolescente, mas não está por perto para tomar conta de mim quando fico doente ou para ir com o neto ao parque quando eu não posso.


Mas para isso tenho a minha sogra, que já cheguei a brincar com o meu marido e dizer que a mãe dele gosta mais de mim e defende-me mais a mim que a ele, e quem conhece a minha sogra sabe a sorte que tenho, claro que (igual que a minha mãe) tem as suas coisas e nem sempre estamos de acordo, mas houve o que eu e o filho lhe dizemos (em ocasiões só à décima quinta vez).


Tem um problema, que muita gente não considera um problema. Passo a explicar:
- há pessoas que têm o costume de pedir algo e quando lhe damos a "mão", tomam o "braço" e mais uns "dedos da outra mão", se tiverem possibilidade.
- a minha sogra é o contrário, se lhe pedirmos uma "mão", ela dá o "braço" e mais uma "perna" se conseguir entre os consecutivos "não é preciso" que lhe vamos dizendo!


E também tenho uma madrasta, que não sendo uma substituta da minha mãe, também não é uma daquelas dos filmes e dos contos de fadas. Temos uma boa relação, não moramos perto o suficiente e nenhuma de nós é de muitas confianças, mas costumo dizer (sendo que ela tem uma filha que não do meu pai) que eu pareço mais filha dela e a filha dela parece mais filha do meu pai.
Somos muito parecidas na maneira de ser, e sendo relativamente pessoas calmas, não deixamos que ninguém nos passe por cima ou se aproveite de nós (com aquela cara de: "Não faço mal a uma mosca").
Mas acima de tudo, o melhor que a minha madrasta tem é que isso não a define, não tenta substituir a minha mãe, está lá quando lhe peço ajuda, mas nunca senti que tentasse impor o sua forma de pensar ou o seu querer, mesmo que não concorde com o que eu faço ou o que penso.


No geral não me considero uma pessoa com sorte, mas neste caso, não me posso queixar . . .

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Quando alguém transcreve os meus pensamentos!

Sendo que o meu dom para a escrita não anda nos melhores dias (e verdade seja dita, nem nos melhores dias poderia escrever um post como o que vou referenciar a continuação), encaminho meus caros leitores a vossa atenção para um blog que nem sempre leio e provavelmente nem sempre estarei de acordo, mas subscrevo inteiramente no seguinte post.
Para não entrarem em modo "quarto escuro", esclareço já que vem a causa da questão dos dinheiros públicos para escolas privadas que anda (aparentemente) a dificultar a vida a muito "boa" gente.
Espero que gostem.


Querido Estado:
Dirijo-te [posso tratar-te por tu, verdade?, afinal não nos conhecemos de ontem, e nada da minha vida te escapa, tudo o que tenho vem e volta a ti, sinto-nos assim como que ser e sombra; deixa, por favor, ter esta breve ilusão de intimidade] estas breves e esperançosas palavras, no desejo e expectativa que se corrija, doravante, grave injustiça de que, como cidadã contribuinte, sujeito de direitos, sou alvo. Sem mais delongas, passo já ao(s) assunto(s), a saber, que é(são) o(s) seguinte(s):


- Desejo uma casa maior. Com jardim. Pode ser para recuperar, sempre fica ao meu gosto. Portanto, reformulando: desejo uma casa maior, com jardim, garagem (já me esquecia!) e uma verbazinha para recuperação/qualificação. Não tenho ainda propostas, mas sou pessoa modesta: qualquer meio milhão servirá. Vá, seiscentos mil, já sabemos que as obras tendem a derrapar. Visto que não sou possuidora de tal quantia, agradecia o obséquio. Afinal tenho o direito (constitucionalmente garantido!, ó o art. 65º nº1!) à habitação, ou não? E eu é que sei, eu é que estou em condições de determinar o que é isso de "uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal." Entendidos, portanto.

. . .


Tirando, obviamente, as partes que são pessoais da autora, como o respectivo contrato, assino no fim.

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Problemas culinários

Cozinhar é coisa que gosto muito de fazer, no entanto tenho tanto de concorrente de Masterchef como de Miss Mundo, esmero-me e regra geral não corre mal, mas o meu "talão de Aquiles " são os doces, nunca ficam bem e evito fazê-los.
Adoro que as comidas e receitas que faço fiquem bem, e conforme o previsto. Por isso normalmente não faço sobremesas,  saem mal e fico frustrada em vez de fazer de novo e tentar melhorar.
Tenho tentado mudar esta atitude recentemente, mas mesmo assim só faço coisas que tenho a certeza que consigo fazer.
A minha mãe nunca foi grande cozinheira, e na minha infância (depois que os meus pais se separaram) fui alimentada à base de arroz, atum em lata, bifes de peru, esparguete, feijão preto, cereais, pão, manteiga e queijo. Por isso com 13 anos comecei a cozinhar, a inventar receitas, a ver programas de culinária e a aprender com a TV (ainda a internet não era para todos).


Tenho dois grandes problemas em relação à comida portuguesa, que são os mesmos que com a latino-americana, a utilização de cebola e carne de porco (em qualquer das suas apresentações) em practicamente todas as receitas. Por isso quando sigo uma receita tenho que constantemente estar a trocar ingredientes, o outro problema, que é mais pessoal, é a mania de inventar receitas com ingredientes que tenho á mão (e ficar mesmo bom), e depois querer repetir a receita e não me lembrar dos ingredientes utilizados.


Tenho um lema que se aplica a quase tudo na vida, que é: "Less is more", até na culinária (como muitas vezes já ouvi os júris de Masterchef Austrália dizer a vários concorrentes), e se há coisa que não gosto é de um prato (receita) com muitos ingredientes principais que se sobrepõem todos uns aos outros, primeiro acho um desperdício (pensamento de pobre: se tem carne porque é que também há-de ter peixe e marisco ou qualquer outra proteína) e depois não aprecio tantos sabores diferentes.


O meu outro problema (que só é problema para os outros, não para mim) é que houve uma altura da minha infância que a minha mãe trabalhou num restaurante macrobiótico, e comíamos lá muitas vezes, o que me fez apreciar esse tipo de comida, o que consequentemente leva a que goste de cozinhar com certo tipo de ingredientes ou ir a certos restaurantes que a maioria das pessoas não gosta.


Normalmente comer em casa de outras pessoas, ou escolher um restaurante para um grupo acaba por ser complicado, mas já aprendi a fazer cedências (não que seja muito boa nisso) ou a deixar no prato o que não gosto (é uma arte, o meu pai acha que devia ter estudado para ser cirurgiã).

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Hoje não quero tomar banho!!

Hoje, sem querer, deparei-me com um tema deveras interessante e estranhamente controverso.


O numero de banhos semanais que damos (devemos dar) aos nossos "piquenos".
Penso que este seja um daqueles temas que não entendo a controvérsia, pois depende de muita coisa, mas o banho diário religiosamente, aconteça-o-que-acontecer (mesmo-não-tendo-feito-a-ponta-de-um-corno-em-todo-o-dia), esteja-o-tempo-que-estiver, é algo que não practico e até acho que quem funciona desta forma deve ter algum desordem obsessivo-compulsivo.


Mas vamos por partes, um recém nascido, pelo que tenho investigado nem deve tomar banho de imersão nos primeiros dias de vida. Bebes nos primeiros meses, mais que tudo no inverno, mas não só, especialmente os que ainda não andam no chão, com tal que seja feita uma higiene adequada na muda das fraldas ou quando se sujam de comida, acho completamente desnecessário o banho diário, dia sim, dia não é mais do que suficiente, mas mesmo assim não tem que ser algo rígido, pois como já disse, depende de muita coisa, podendo ser necessário dar banho dois dias seguidos (ou até mais de um banho no mesmo dia) ou não dar dois dias seguidos.


Não estou a falar de pessoas adultas, especialmente as que têm trabalhos mais exigentes ou em lugares sujos ou malcheirosos. Nos adultos, cada um sabe de si, e mesmo assim, em determinadas situações não considero que seja necessário tomar banho todos os dias, temos que ter um bocadinho de sentido comum e perceber quando precisamos de um banho, ou quando não faz diferença não tomar, se não me sinto suja e não cheiro mal. Mas se por outro lado estou a precisar de um banho ou cheiro mal e prefiro "tomar banho" em perfume acho do pior que alguém pode fazer, não sou estricta, mas também não sou desleixada e se tem que ser (por muito que não apeteça) tem que ser.


O meu filho tem 3 anos (quase 4) e tem um problema que acho ser comum às crianças da sua idade, nunca quer tomar banho (e não gosta de lavar a cabeça), mas depois de convencido (ou forçado), diverte-se a tomar banho e às vezes nem sair quer. Não estou para me chatear nem entrar em modo "negociador" todos os dias. Como quase tudo na maternidade, cada criança, cada pai, cada relação é diferente, e temos que ser flexíveis, se ele adorasse tomar banho e eu tivesse todo o tempo do mundo talvez desse todos os dias, como não é assim e até nem considero o banho diário imprescindível, não dou.


Agora entrar em controvérsias e discussões existenciais porque eu não dou e o outro dá.
Por favor . . . .





quarta-feira, 13 de abril de 2016

A "Liberdade de Expressão" não é desculpa para tudo!

Claro que estou de acordo em que haja liberdade de expressão, e se eu posso gritar aos 4 ventos que não sou católica nem acredito na igreja católica, ou no que quer que seja, é graças à liberdade de expressão.
Eu mais do que ninguém (é só uma expressão), acho que a liberdade de expressão é um direito fundamental de cada um.
Mas calma aí com os cavalos que se vamos falar de direitos, temos que nos lembrar que os nossos direitos acabam quando os dos outros começam, e aí é que está a dificuldade, aparentemente.
                                                                                                                                                             
Isto a causa de dois temas que já não suporto ouvir falar, as bofetadas do Sr. João Soares, e as escolhas da Sra. Joana Vasconcelos.


Então vamos lá ver se eu entendi, o Sr. Jornalista pode insultar um Ministro porque é Jornalista de opinião e escreve num Jornal a sua "humilde" opinião, mas o Sr. Ministro, só porque é ministro, não pode dar a sua opinião acerca do que lhe apetece fazer ao Sr Jornalista. Sim, realmente faz todo o sentido!


Falando seriamente, claro que entendo que uma pessoa (e não só um Ministro) não deva oferecer bofetadas a quem quer que seja, no entanto consigo entender perfeitamente que alguém (Ministro ou não) no calor do momento (depois de ler num jornal nacional de renome insultos à sua pessoa e ao seu trabalho) tenha feito um desabafo numa rede social, quem nunca o fez que "lance a primeira pedra" (à é verdade não sou católica, não posso utilizar frases da Bíblia)!


É que se vai haver uma onda de indignação por cada político que faz algo que não está correcto, devíamos começar por coisas realmente graves, como a (nem merece ser chamada) Sra. Assunção Esteves, que não só faz "crap after crap" no seu tempo como ministra senão que ainda lucra com isso graças ao seu novo e maravilhoso trabalho que mantem ao mesmo tempo com o seu actual cargo político. Desculpem lá, gente que se indignou com as bofetadas (fictícias) do João Soares, se calhar o problema deste país é que pessoas como vocês têm as prioridades ao contrário, digo eu, mas se calhar eu é que estou enganada.
                                                                                                                                                                
Ainda no tema da liberdade de expressão, será que alguém me poderia explicar o que há de tão errado nas escolhas da Sra. Joana Vasconcelos em relação aos objectos que levaria se tivesse que fugir (sem tempo pré-definido para tal)?
Porque é que tanta gente decidiu usar o seu direito à liberdade de expressão para enxovalhar a Sra.?
Porque é que actualmente se acha que porque temos redes sociais, temos o direito a insultar todo o ser humano e mais algum, só porque estamos atrás de um PC sem correr o risco de levar umas bofetadas (bem dadas em alguns casos)?


Cada um tem as suas prioridades, e se há quem prefira andar carregado com lanternas e latas de comida, há quem prefira levar jóias e objectos de valor (comercial ou pessoal), e assim como já vi refugiados a chegarem à Europa com os seus Iphone´s e diplomas, também já vi os que chegam com os animais de estimação ou a foto da família.


Claro que a liberdade de expressão é um direito e algo pelo qual devemos lutar todos os dias.
Mas não é desculpa para tudo.
Insultar outra pessoa, outra religião, outra vertente política, qualquer outra coisa que não seja o que acreditamos, por pura opinião pessoal, não é liberdade de expressão!
(Esta é para todos os "Je suis" por aí espalhados)

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Are you nervous? No, why? Because your nail ended 10 minutes ago!

Não sou de roer a unhas, mas sou uma pessoa que se enerva com muita facilidade.
Já sei que não é bom, que os meus problemas de pele estão relacionados com isso (também), que não serve de nada todo o stress e preocupação, que no futuro pode trazer outros problemas de saúde, que acabo por passa-lo aos que me rodeiam, e tudo o que me quiserem dizer . . . mas saber não muda o facto de ser uma pessoa nervosa e stressar por tudo e por nada (como já tinha dito aqui ), tento respirar fundo, mentalizar-me que não é o "fim do mundo" e que o que quer que seja que me está a stressar se vai resolver, mas na maioria das vezes não funciona.


Escrever tranquiliza-me como poucas coisas o fazem (limpar a casa, fazer exercício, um abraço apertado e pouco mais), e se estiver inspirada sai um post fresquinho em 5 minutos sem ter que pensar muito, directamente da caixinha da inspiração para a ponta dos dedos.


Mas se não houver inspiração, posso passar horas a olhar para o ecrã, a remoer o que quer que me esteja a incomodar, sem que consiga juntar duas palavras.


No meu estado normal, ou tranquila, se não houver inspiração poder ser que saíam umas frasezitas, mas estando nervosa, sem inspiração não sai mesmo nada, tudo me parece errado e sem sentido.


Ultimamente a inspiração anda pelas ruas da amargura (tirando um que outro momento) em contrapartida o stress anda em alta, apesar de todo o exercício extra que ando a practicar.


Por muito que me venha à cabeça este ou aquele tema sobre o qual escrever, quando me sento e quero escrever não sai nada de jeito ou não sai nada mesmo!


"Meanwhile" vou tentando não estar muito ausente e publicar um que outro "crapy" post.




terça-feira, 29 de março de 2016

Para o meu anjinho (que será sempre o meu anjinho).

És tudo o que sempre desejei num filho e ainda só tens 3 anos.


Sei que isto não devia fazer qualquer diferença porque sou tua mãe e serias lindo de qualquer maneira! Mas és o menino mais lindo que tenho o privilegio de conhecer, e sempre que olho para ti, já seja fisicamente ou em fotografia fico maravilhada com o lindo que és.
E mais que ficar chateada quando me perguntam se foste "trocado na maternidade", sinto orgulho em que sejas o meu menino lindo de olhos claros.
Fisicamente não és parecido a mim, mas no carácter és cabeça dura e chato como só eu posso ser.


Adoro a tua vozinha aguda mas tão doce, e perceber a cada dia que passa que estás mais crescido e sempre a aprender coisas novas.
Adoro ouvir o teu" Gosto muito de ti mãe", e os teus beijinhos babados, e abraços fortes.
Adoro ver o cuidado que tens com os animais, e como tratas e respeitas os nossos gatinhos.


Já caí tantas vezes no erro de me PREocupar por certas coisas, para depois perceber que só é preciso aceitar os tempos de cada um e tu tens os teus. Mas acho que é um erro comum nas mães, desculpa se sou chata.


Ainda não percebes destas coisas, mas pensando bem, nunca vais entender, porque és um rapaz, mas estar grávida de ti foi a época mais feliz da minha vida até agora, e não trocaria esses meses por nada, mesmo com todas as dificuldades.
O teu nascimento não foi bem o que eu desejava, mas dado o que sabia na altura, foi o mais perfeito que podia ser.
Foste um filho desejado e planeado, mas mesmo assim nunca me senti preparada nem apta para ser mãe, cometo erros a torto e a direito, mas tento aprender e dar-te o melhor de mim.


Quero ser para ti tudo o que uma mãe deve ser para um filho, e muito muito mais.
Quero ser tua mãe quando precises que o seja, mas também quero ser tua amiga, e espero saber reconhecer as alturas para cada uma.


Desculpa se não brinco o suficiente contigo, se (quando) perco a paciência facilmente, se (quando) grito contigo.
Tento todos os dias dar-te o melhor exemplo e mudar as minhas atitudes menos maternais.


Adoro ver a tua alegria quando vamos ao parque, e os nomes que das aos parques que costumamos ir: o parque de tantos escorregas, o parque das pedras, a piscina de bolas, o parque do tio, o parque de dois escorregas e o nosso parque.
A tua criatividade para inventar histórias e inventar letras para as músicas que conheces é algo que vai além da minha compreensão.


Desculpa ter que fazer coisas que não gostas ou não queres, como deixar-te na escola quando não queres ir (é das coisas mais difíceis que tenho que fazer), obrigar-te a tomar os remédios quando não gostas, tirar-te do parque ou da piscina quando não queres ir embora, etc, sei que agora não entendes os meus motivos, espero que um dia entendas.


Quero dar-te o melhor de mim, para que sejas o melhor e o mais feliz que podes ser.
O TEU melhor será sempre suficiente, não preciso que sejas o melhor, apenas que dês o teu melhor e só te posso pedir isso, se eu te der o meu.


Da mãe para o anjinho Gabriel, hoje e sempre.

quarta-feira, 23 de março de 2016

Onde está o problema!?

Merecemos ser felizes nas nossas insignificantes vidas, apesar do que possa acontecer no mundo?
Devo deixar de me sentir bem por um fim de semana bem passado porque chegou uma segunda-feira com as suas duras realidades?
Não mudar a foto de perfil, ou não chorar lágrimas de crocodilo por quem realmente não conhecemos não nos faz menos que ninguém!

A podridão dentro do ser humano em geral, o egocentrismo, a falta de humanidade para com os semelhantes é o que está a destruir o mundo que conhecemos.

Prefiro mil vezes rodear me de gente que não muda fotos de perfil, que mantém o sentido de humor nas piores alturas, que não deixa de viver a sua vida por seguir, qual capítulo de novela no final, todas as notícias e imagens de tragédias; mas que se levanta no metro para dar o lugar a quem precisa, que mesmo não podendo ajudar, apoia a ajuda dada a refugiados, que mesmo não podendo receber em casa, alimenta e ajuda animais de rua e instituições, que não sabe todos os detalhes da última tragédia mundial ou nacional mas sabe que não é com ódio e armas que se combate o ódio e a ignorância.

O problema não está nos que matam, está nos que ficam ver!

quarta-feira, 16 de março de 2016

Fazer exercício faz bem . . .

. . . mas sem exagerar!


Há vários meses que ando a pensar inscrever-me num ginásio (fazer exercício sozinha está totalmente fora de questão, a falta de força de vontade para manter uma rotina é algo que até hoje não consigo ultrapassar), o primeiro motivo é a vida sedentária que levo, casa-trabalho, trabalho-casa, e claro que o exercício melhora muito a qualidade de vida, o verdadeiro primeiro motivo é a barriga de "grávida de 3 meses" que me atormenta.


De pensar/querer inscrever-me ao realmente fazê-lo há muito que andar, totalmente condicionado pelo tempo para ir ao dinheiro que custa.
Mas recentemente abriu, perto do meu local de trabalho, um ginásio low-cost (que não vou dizer o nome, porque a publicidade não foi para aqui chamada), que não só é barato, como me permite ir na minha hora de almoço (sem tirar tempo ao meu filho, que era o meu maior obstáculo).


Após ter recebido por email uma promoção, pela nova abertura, e sem pensar duas vezes, inscrevi-me. Ainda tive que esperar umas semanas, pela abertura, pois inscrevi-me antes.
E estava realmente desejosa de poder começar.
Não fui o primeiro dia nem o segundo, mas fui o terceiro e o quarto.
No meu primeiro dia devo ter estado uma hora, e apesar de não ter feito nada excessivo, em dada altura comecei a ficar mal disposta e parei de imediato (os mais de 4 anos sem fazer qualquer tipo de exercício foram-me cobrados), no segundo (bem mais cansada e por ter sido a primeira vez na hora de almoço) estive uns 40 minutos.


Conclusão
Aparentemente estou "velha e enferrujada", de tal forma que quase duas miseráveis horas em dois dias seguidos a fazer exercício leve (pensei eu), me deixaram de tal forma que pareço uma deficiente (sem querer ofender ninguém).
Não me consigo agachar ou correr, para descer escadas (o subir não é tão difícil) parece que tenho pernas de borracha e que vou perder a força, e para me levantar da cama tem que ser de lado (como quando estava no final da gravidez).


Nota para quem me tenha visto descer escadas: não tenho nenhuma lesão nem nenhum dói-dói (como diz o meu filho), a "lesão" é apenas cerebral, pois devia ter percebido que o tempo passa e cobra bem, e no orgulho de perceber que já não sou o que era!


Em relação ao ginásio, vou voltar e tentar manter uma rotina, porque realmente considero que faz bem, e quero mudar o estilo de vida tão sedentário que levo e sentir-me bem comigo mesma, no entanto apenas quando conseguir correr e agachar-me.

quinta-feira, 10 de março de 2016

O equinócio e a felicidade.


Gosto de astrologia (já sei o que muita gente pensa e dispenso as vossas opiniões) e também gosto de astronomia. Mas não gosto nem acredito na astrologia barata de revista cor-de-rosa.
Tudo o que tenha a ver com o universo, as estrelas, outros planetas é algo que quase consigo ouvir a chamar por mim quando olho numa noite estrelada para o céu e consigo ver as estrelas, o único que consigo reconhecer num céu estrelado é o famoso "orion´s belt", e só por isso fico contente.
O meu dia preferido em todo o ano é o Equinócio da Primavera, que realmente está relacionado com a astronomia, (sempre morei no hemisfério norte, quando muito perto do equador, mas nunca fui sequer ao hemisfério sul, por isso para mim) o Equinócio da Primavera é a 20/21 de Março, e este dia para mim significa "recomeçar", florescer, viver, esperança. Na primavera consigo sempre ser mais positiva, ver a vida com mais alegria, ter esperança em que dias melhores virão (nem que seja os dias quentes do verão).


Tudo isto porque, num "passeio" ontem pela worldwide web, encontrei um site que falava de dois eventos que este ano se celebram no mesmo dia, sendo estes: o equinócio da primavera e o dia internacional da felicidade, ambos a 20 de Março, e apesar de ser algo que se aplica apenas à minha pessoa, pois gosto do equinócio da primavera, mas faz todo o sentido que o dia internacional da felicidade se celebre nesse dia.


Sou refilona e resmungona por natureza, e queixo-me de tudo e mais alguma coisa, se não vai de acordo ao que considero correcto. Mas apesar disto considero-me uma pessoa positiva e alegre, normalmente tenho mais facilidade em escrever e fico mais inspirada com o que me chateia, do que com o que me faz feliz.
Ultimamente as coisas não têm estado fáceis, e sinto que tem transparecido o meu lado mais negativo, tanto no blog como pessoalmente com quem me rodeia, mas ontem ao ler sobre estes dois eventos, mais que sentir esperança, quis ser feliz apesar de tudo o que me faz infeliz, e acho que é isso que faz a diferença de quem é feliz e de quem não é. Todos temos problemas, é verdade que uns mais que outros, mas a decisão de ser feliz é só nossa, e não de quem nos rodeia ou do que nos acontece, não é fácil e eu sou a primeira a admitir, mas como diz o meu pai: "Ninguém disse que seria fácil!"



sexta-feira, 4 de março de 2016

"Vamos ali ao coliseu ver uns leões comer umas pessoas? Quem leva as pipocas?"

Quantas vezes já ouvi o muito avançados que estamos em relação às civilizações antigas, como por exemplo os Romanos?
E quantas vezes já ouvi que na actualidade, nos países (chamados) mais desenvolvidos a luta pelos direitos humanos é uma realidade?


E pergunto-me, serei só eu a sentir que o ser humano é cada vez mais cínico, e egocêntrico e especialmente mórbido.
É que não considero normal a morbidez com a população em geral quase que bebe (como vampiros) as noticias de mortes, assassinatos e todo o tipo de coisas macabras!
Tento não formar opiniões acerca de pessoas ou situações das quais não tenho total conhecimento, claro que é difícil, mas se tiver a minha opinião, evito falar nela ou partilha-lha com todo ser humano que se aproxime de mim!


No entanto, nos últimos tempos tenho vindo a formar uma opinião, não sobre este ou aquele acontecimento (e mesmo que tivesse uma opinião sobre determinada noticia, não viria com certeza para aqui partilhá-la), mas sobre esta morbidez que se parece apoderar de muita gente, e chego a compará-la com algo que "supostamente" não existe na nossa tão civilizada sociedade.
Falo dos espectáculos que existiam na antiga Roma, nos Coliseus, nos quais o povo se reunia para ver os espectáculos de gente a morrer, a ser comida ao vivo por animais, a mataram-se uns aos outros para sobreviver, e pergunto-me se não teremos os nossos muito actuais espectáculos de morbidez.


As pessoas à volta da TV, dos telemóveis, dos tablets no intuito de saber mais este ou aquele detalhe mórbido desta ou de aquela noticia da morte de alguém, seja este inocente ou não. Pessoas reunidas em cafés e esquinas a partilhar detalhes das noticias mais macabras que conseguiram encontrar, programas de TV inteiramente dedicados a detalhar o pior que o ser humano é capaz de fazer.


Será que sou só eu que não sinto esta necessidade?
Será que sou só eu a achar que a partir do momento em que a noticia deixou de ser um desaparecimento que deve ser noticiado, e passou a ser uma morte, deixa de ter interesse para mim, como não-agente ou não-investigadora do caso?
Será que sou só eu a achar que estes inocentes merecem é estar em paz, e já seja uma morte natural ou accidental ou um assassinato, não é nosso dever criticar, dar juízos, escolher culpados, para isso existem entidades com competência para tal?


Não é uma questão de fechar os olhos a todo o mal que o mundo tem, nem de querer esconder a podridão de algumas pessoas e situações, mas sim de respeitar quem morreu, quem merece ser deixado em paz, é uma questão de dignidade para nós mesmos e não encher a nossa mente de detalhes mórbidos que não trazem nenhum beneficio e para os inocentes (vivos ou mortos) que não pediram nem precisam das nossas opiniões!



sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Isto de ser mulher devia vir com livro de instruções!

Se pensar no assunto logicamente (sem "pensar" com o coração) ter outro filho é complicado, dá trabalho, tira tempo (que já não temos), custa dinheiro (que também não temos) e exigiria mais do que podemos (estamos dispostos a) dar.
Mas quando vou na rua e vejo uma grávida, ou vejo um bebé pequenino ou dois irmãos pequenos juntos, toda a minha lógica desaparece e só consigo pensar com o coração, o muito que gostaria de passar por outra gravidez, ter outro filh@, o muito que me custa tirar essa experiência ao meu filho (ter um(a) irmã(o)).
E então vem um inconsciente qualquer com a pergunta: "E o segundo é para quando?" e a resposta de dor do meu coração é: "Já!", mas a que tem mais força porque é apoiada pela lógica e o bom senso e a que acaba por ser dita em voz alta é: "Talvez daqui a um ano ou dois, se as coisas estiverem bem, ou talvez nem haja segundo."
E vou seguindo a lógica porque entre a dor de não ter mais filhos e a dor de os ter para não poder estar com eles, não lhes dar todo o tempo que merecem, fico com o que já cá está a dou-lhe tudo o que tenho.
Vida injusta, sofro por ter, sofro por não ter.


E no fim ainda aparece um outro inconsciente que diz: "Mas tu és maluca, sofres por não ter coragem para ter um segundo filho."
E a resposta (que não dou, porque se desse iria com certeza acompanhado de um: Tens alguma coisa a ver com isso?) é:" Sofro pelo que me faz sofrer, não pelo que a sociedade acha que devo sofrer."


E penso para mim, realmente, ou dou o passo e vivo com as consequências, boas e/ou más, ou esqueço o assunto e sou feliz com o que tenho.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Mãe, obrigada por teres criado uma princesa!

Não concordo com este texto: Mãe, obrigada por não ter criado uma princesa.




Mãe, a vida nem sempre é fácil, e a nossa foi sempre mais difícil que fácil, obrigada por me teres ensinado a passar pelas dificuldades com a cabeça erguida e passo firme.

Obrigada por me teres ensinado a esperar, não pelo príncipe no cavalo branco, mas o homem certo que é o MEU príncipe, obrigada por me teres ensinado que mesmo não tendo "sangue real", sou uma princesa, e me ensinares a dar-me a respeitar.

Obrigada por me ensinares que na vida todos temos as nossas responsabilidades, e a saber lidar com elas com dignidade.

Obrigada por me criares bem, mesmo tendo tão pouco, por me ensinares que não é o dinheiro e os materiais que fazem uma princesa.

Obrigada por me dares tudo o que me podias dar, fazendo-me sentir todos os dias como uma princesa.

Nunca tivemos muito, e nunca me escondeste isso, sempre me ensinaste que o que não é imprescindível pode ser substituído ou mesmo eliminado, sem que por isso sejamos menos que os outros.

Obrigada por me teres mostrado o cruel que o mundo pode ser, mas mesmo assim tentado proteger-me o mais possível todas as vezes que falhei ou que me falharam; obrigada por me teres ensinado a levantar-me, a "sacudir o pó" e tentar outra fez, porque falhar não me fez menos que ninguém.

Obrigada por me ensinares a tratar das minhas coisas, e a ser independente, porque ser princesa não significa ser inútil ou estúpida, significa ser melhor e ser capaz!
Obrigada por me teres ensinado que posso ser princesa tanto de vestido e sandalias como de calças de ganga e ténis ou mesmo de pijama e pantufas.

Obrigada mãe, não por seres a melhor, nem a mais sábia mas por teres sido a MINHA mãe, antes de qualquer outro papel na tua vida, por me ensinares que não são os titulos que me fazem princesa, são as atitudes.

Obrigada por me teres criado como uma princesa com o melhor que me podias dar, mas como uma lutadora com a força para enfrentar o mundo.

Obrigada.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Coisas que não entendo! (#3)

Politicamente falando, considero-me uma pessoa de esquerda, visto que concordo em varias questões.
No entanto, como já disse antes, não divido as pessoas em bons como sendo de esquerda ou maus como sendo de direita, como também já disse antes, também considero quem está na política um tanto ou quanto mentiroso e que procuram o próprio bem-estar mais que o bem de todos.
E como pessoa que foi ensinada a pensar, e não só acreditar no que lhe dizem para acreditar, não estou de acordo com tudo o que a esquerda professa.


Por isso devo admitir que não entendo a necessidade de dar a quem trabalha na função publica, melhores condições que tem quem trabalha no privado (como é óbvio não trabalho no público), o motivo para estas regalias, que sempre ouvi, foi que quem trabalha no privado ganha melhor que quem trabalha no publico, e aqui devo admitir que ainda entendo menos. Posso estar de acordo com isto no que se refere a altos cargos, mas vamos ser razoáveis, quem trabalha no publico em altos cargos não precisa de regalias, mesmo que ganhe menos que quem trabalha no privado (talvez os altos cargos do privado precisem de mais impostos, mas esse é outro tema).
No que se refere a postos baixos o único que posso dizer é: bullshit!!!
Se formos a ver, em termos percentuais, em postos considerados baixos, no publico não só se ganha melhor senão que ainda têm as faladas regalias.


Por tudo isto, alguém, por favor, que me explique os motivos pelos quais existe a necessidade de reduzir o horário para 35 horas semanais (como se fosse um assunto de extrema urgência e necessidade), assim como menos anos de trabalho para chegar à reforma, de quem trabalha no publico?


Que me desculpem os funcionários públicos (nada contra), mas isto é de uma injustiça extrema!
Anda aqui uma pessoa a correr mal sai do trabalho para apanhar os transportes e chegar o mais rapidamente possível à creche, para tirar de lá uma criança que não merece lá passar as mais de 10 horas diárias que lá passa, para depois andar semanas a ouvir e ler nos telejornais e jornais que os "pobres" funcionários públicos (aka: senhores sindicalistas) exigem a restituição das 35 horas semanais e que o governo está a desdobrar-se em esforços para assim o fazer?? Mas que raio de democracia é esta, porque raio é que eu sou menos só porque trabalho no privado?
Vamos lá pôr as prioridades em ordem, não!?



quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Manifesto: I had (have) a dream....

O sonho da minha vida desde que tenho noção das coisas foi ter um lindo casamento!
Mas não me refiro a aquele sonho, comum a todas as meninas, de casar de vestido branco, com o véu a condizer, numa festa com toda a família e amigos, caminhar até ao altar do braço do pai, e trocar em frente a todos as promessas com o futuro marido. Apesar de achar tudo isso muito bonito, nunca fez parte do meu sonho.


O meu sonho referia-se a uma vida a dois, um casamento para toda a vida, envelhecer com alguém. Partilhar uma casa, ter filhos, acordar de manhã ao lado de alguém, jantar todas as noites à mesa em família, deitar o(s) filho(s), a partilha das tarefas domésticas, ir deitar ao mesmo tempo partilhando as ocorrências do dia, fins de semana em família com dias de chuva em casa e dias de sol em passeio. (Talvez um pouco influenciado pelos livros e a televisão, e pelo que me faltou).


Mas infelizmente a vida real não é assim, ou pelo menos a minha! E sinto-me injustiçada , porque sei que é uma realidade para muitas famílias.
Sei que as discussões são normais numa relação saudável, e não espero uma vida sem elas. Sei que problemas todos temos, o dinheiro é pouco, a saúde nem sempre é certa. Sei que certas ausências são inevitáveis, um jantar de colegas, um fim de semana de trabalho, uma viagem de trabalho . . .
Mas ser casada e parecer mãe solteira, ter um marido que mais parece um "roommate", eu a entrar e ele a sair ou vice-versa, raramente acordar juntos, responder "O pai está a trabalhar" mais vezes que as devidas, ter conversas por sms, dormir sozinha, não, isso não fazia parte do meu sonho. Ter filhos a quem dar banho, dar o jantar (muitas vezes feito à pressa e sem vontade), brincar uns minutos (porque não há tempo para mais), ler uma história na cama antes de adormecer, acordar de manhã, levar à escola são coisas que esperei pacientemente por alguém com quem o quisesse partilhar, e não, também não fazia parte do sonho fazê-lo sozinha (a maior parte dos dias).
Se há quem o faça, claro que há, e são felizes, que bom por eles, mas eu não sou, não foi o que sempre sonhei.


Esperei pacientemente e encontrei a pessoa com quem partilhar tudo o que sonhei, esperei pacientemente porque quando o encontrasse era suposto ter tudo o que sonhei, e não vou deixar de sonhar e lutar e discutir e fazer vencer o que sempre foi o meu sonho, não me vou render ao "tem que ser" ou "a vida é assim". Vou reclamar, gritar, chorar, mas o meu sonho não se vai perder nas obrigações e responsabilidades da vida real! E só vou descansar quando o meu sonho seja a minha realidade. . .


 







sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Se formos todos, vamos parecer muitos!

O titulo é na brincadeira mas, para mim o tema é muito sério.
Estou a falar na licença de maternidade actualmente em Portugal, a qual, devo dizer, é miserável.
Já o disse antes aqui e volto a dizer, não estou de acordo com que se deixe bebes tão pequenos, como 4 ou 5 meses, em creches/berçários. Mas infelizmente é assim, porque a isso somos obrigadas.


Um país como o nosso, que se diz muito preocupado pela baixa natalidade, e que pede às mulheres (casais) jovens que tenham filhos, mas que não lhes permite estar com eles (filhos), é um pouco contraditório.


Até um ano atrás, aproximadamente, estava convencida que por esta altura estaria a pensar em ter outro filho (e num lugar remoto bem dentro de mim, a vontade está lá), mas não me sinto capaz, não me sinto capaz de ter um bebe para ter que o abandonar numa creche aos 4 meses.


(Info.: Actualmente em Portugal existem varias formas de gozar a licença parental, as quais são:
- 4 meses: que é paga a 100% (do ordenado bruto dos 6 meses anteriores)
- 5 meses: que é paga a 80%
- 4 meses a mãe + 1 mês o pai: que é paga a 83%
Existe também a Licença Parental alargada que tem a duração de 3 meses, juntando às opções anteriormente descritas e que é paga a (pasmem-se) 25%, o que significa uma miserável miséria tendo em conta os ordenados praticados em Portugal).


Então, como dizia, nunca nesta vida iria conseguir eu deixar um bebe meu, quase recém nascido (que segundo a OMS ainda deve ser alimentado a leite materno EXCLUSIVAMENTE até aos 6 meses), numa creche.
Na altura em que tive o meu filho, esta situação nunca me passou pela cabeça, e até achei normal que aos 4 meses  (ou 5, vá) tivesse que voltar ao trabalho.
Mas FELIZMENTE (e não pensaria nunca de outra forma) fiquei desempregada 11 dias depois do meu menino nascer, o qual permitiu que eu pudesse ficar com ele até aos 10 meses (que na verdade, continua a ser pouco tempo).
Agora que já sei como é um bebe de 4 meses e que me conheço melhor, seria algo impensável para mim, e enquanto as leis em Portugal não mudarem, não tomarei a iniciativa de ter outro filho (por mais que a vontade esteja cá).


Além disso, como já mencionei, a OMS recomenda que um bebe seja alimentado a leite materno, em exclusivo até aos 6 meses, (o meu foi até aos 5 meses e meio), sendo que a licença de maternidade é menos que 6 meses, a grande maioria das mães tem que introduzir o leite adaptado antes do tempo, pois não conseguem guardar leite materno suficiente, para que seja dado ao bebe na sua ausência.
Eu por exemplo sempre tive suficiente leite para alimentar o meu filho, como disse 5 meses e meio em exclusivo e depois até aos 11 meses, mas nunca consegui tirar o suficiente com a bomba para guardar.


Por este motivo, peço a todos os que quiserem para assinar esta petição, a qual já foi enviada para a Assembleia, mas que é possível continuar a assinar, pois ainda não foi para apreciação.
Infelizmente não fui eu que tomei esta iniciativa, mas assinei e tenho seguido desde o inicio; admiro a determinação de quem o fez, e espero que este post (como modo de apoio) permita um resultado positivo.


Recordo igualmente que esta petição não é por mim, ou pela pessoa que teve a iniciativa, mas por todas as mães e em especial pelos bebes que serão muito beneficiados pelo tempo extra.


Obrigada



segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

E já voltámos ao tema "Política", ou . . . não!



Este domingo cheguei a uma conclusão (sem precisar de nenhum estudo de estatísticas)!


Então, descobri que metade do povo português (o que pode votar, pelo menos) têm alguma espécie de atraso mental, e não me refiro a aquelas pessoas que nascem com algum tipo de dificuldade a nível mental, falo daquelas que supostamente tendo todas as suas capacidades preferem não ir votar, o atraso mental nesse tipo de pessoas é algo que vai mais além da minha compreensão e não venham com a desculpa que os candidatos são todos iguais e que vai ficar tudo na mesma, porque não ir votar não é a forma de demonstrar a insatisfação pelos políticos.


Descobri igualmente que metade da outra metade, infelizmente sofre, igualmente, de outro tipo de problemas mentais, chamados de estupidez, ignorância e egocentrismo, e continuam sem entender que a base do capitalismo é a desigualdade, na qual existe um grupo de milionários que gere tudo o que dá dinheiro no país e para quem vai toda a riqueza, e depois existe um povo maioritariamente constituído por classe media baixa ou muito baixa, que tem poucos ou muito poucos direitos, e por mais que estas pessoas votem nos líderes capitalistas não vão fazer parte do grupo dos milionários.


E era isto, se alguém estiver a pensar fazer algum tipo de estudo ou estatística com estes parâmetros, escusa de gastar o dinheiro.


E lamento se alguém se sentir insultado, mas era mesmo essa a intenção!

sábado, 16 de janeiro de 2016

Atahualpa

Atahualpa ou Atahuallpa (quéchua Ataw Wallpa) (local desconhecido), 20 de março de 1502Cajamarca, 26 de julho de 1533) foi o décimo terceiro e último Sapa Inca (imperador inca) de Tahuantinsuyu, como era chamado o Império Inca.
Atahualpa era filho do Inca Huayna Capac com Tocto Pala, princesa estrangeira (de Quito) que desposara o Inca Tupac Yupanqui, pai de Huayna e que do leito do pai passou para o do filho. Por isto, o seu pai Huayna deixou-lhe como herança as terras de sua mãe (ao norte de Cuzco), designando seu meio-irmão Huascar como sapa inca, fato que gerou a disputa sucessória pelo trono na qual Atahualpa venceu, apoiado por grande exército e bons generais, numa guerra sangrenta que durou vários anos.
Voltando para a cidade de Cusco,a capital do império, para tomar posse do trono que recentemente conquistara, Atahualpa parou na cidade andina de Cajamarca, conduzindo um exército de cerca de 80000 guerreiros, quando foi traído e aprisionado pelo conquistador espanhol Francisco Pizarro, no dia 16 de novembro de 1532.
O episódio ocorreu quando o soberano inca, depois de aceitar um convite de Pizarro para jantar e conversar, veio à praça principal de Cajamarca, trazendo apenas um pequeno contingente de guardas de honra.
Quando Atahualpa chegou, a praça aparentava estar vazia, pois os homens de Pizarro aguardavam ocultos. Atahualpa foi recebido apenas pelo padre Vicente Valverde que, através de um tradutor, imediatamente interpelou Atahualpa exigindo que ele e seu séquito se convertessem ao cristianismo e se submetessem à soberania do rei espanhol, ameaçando-o, pela recusa, de ser considerado um inimigo da Igreja Católica e do Reino da Espanha.
De acordo com lei espanhola, a esperada recusa de Atahualpa à tal "exigência" permitiria que os espanhóis oficialmente declarassem guerra aos incas. Pelo relato dos conquistadores, já havia sido dada uma Bíblia a Atahualpa que, tendo ouvido a insolente exigência, atirou-a ao chão, constituindo este gesto uma grave ofensa aos invasores católicos.

O relato é de que mais de seis mil soldados incas foram dizimados no curso de duas horas e Atahualpa acabou aprisionado no Templo do Sol. Em troca da liberdade, Atahualpa concordou em encher de peças de ouro o grande aposento que ocupava, e se obrigou a dar ao espanhol o dobro daquela quantia, em prata.
Embora aturdido com o resgate, Pizarro jamais teve intenção de libertar Atahualpa, que pretendia manter refém para evitar a transferência do poder e escalada da violência, já que o general inca Ruminavi ainda estava no comando de grande contingente de guerreiros incas.

Como Huascar ainda estava vivo e poderia vir a fazer um acordo com Pizarro, Atahualpa determinou a execução de Huascar, demonstrando assim que ainda mantinha autoridade. Este fato determinou que Pizarro se apressasse em o executar.
Atahualpa foi acusado de ter cometido 12 crimes, dos quais os mais importantes foram o de ter se rebelado contra o Reino da Espanha, praticar idolatria e assassinar Huascar.
Atahualpa foi julgado culpado de todas as doze acusações e condenado a ser queimado vivo na fogueira. No momento da execução, Atahualpa aceitou a proposta do padre Valverde de diminuição da pena e aceitou ser batizado para em seguida ser morto por estrangulamento garroteado no dia 26 de julho de 1533.
Atahualpa foi sucedido por seu irmão Tupac Huallpa e depois por outro irmão, Manco Yupanqui, ambos a serviço de Pizarro.

Retirado na integra do Wikipedia. 

Um bocadinho de história nunca fez mal a ninguém. Esta faz parte daquela América "descoberta"  pelos europeus, que tiveram a "amabilidade" de civilizar aqueles "animais sem educação"!
O nome tem um significado especial para mim, ainda mais num dia como hoje.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

"Y del Caribe somos tú y yo"

Adoro música, vários estilos, vários idiomas. Mas apesar de ser Latino-americana, a música latina não faz muito o meu género. E certos estilos de música latina fazem mesmo parte da minha "lista negra", o qual não significa que não goste de ouvir cantar em espanhol ou brasileiro, gosto e muito, só não gosto de certos estilos musicais.


Sou uma pessoa a preto e branco, no que a música se refere, ou gosto ou não gosto, mas apesar de tudo penso que gosto de uma grande variedade de géneros musicais, admito que sou muito comercial e gosto do pop-rock romântico que inunda as rádios, já seja em inglês, português ou espanhol, os meus gostos incluem o reggae (Bob Marley, of course), passando pela música instrumental electrónica (Vangelis) até à música celta com a gaita de foles, e por sorte fui ensinada a gostar de música clássica, sim porque os nosso ouvidos estão tão habituados ao barulho que chamamos de música (do qual já admiti que gosto), que é necessário ensinar os ouvidos a ouvir música clássica. E conforme o tempo passa vou gostando mais.


No entanto como já disse a música típica latina (salsa, merengue, rumba, samba, etc) não consigo gostar. E o reggaetón é algo que simplesmente detesto com cada bocadinho do meu ser.
Devo dizer que gosto, e muito da música indígena típica dos países latino-americanos, especialmente da zona dos Andes peruanos e a sua flauta.


Mas há qualquer coisa numa música que se está a ouvir na rádio ultimamente que desperta em mim uma saudade que não sabia que tinha, que me faz querer dançar, aquele som tipicamente latino-americano que nunca adorei mas que me trás recordações, que me transporta não para um lugar mas para uma altura da minha vida, mais complicada mas mais simples ao mesmo tempo e que sinto como se tivesse sido há mil anos atrás.


E não é só a música (ritmo), mas também a letra que me chama, pois como o titulo diz é basicamente um festejar dos latinos.








(PS.: para não falar no facto de que não tem qualquer conotação sexual, como a grande maioria das músicas latinas ou não, da actualidade)

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Há quem diga que a palavra "Tradição" deriva da palavra "Traição" . . . .

. . . . no sentido em que nos traímos a nós mesmos.


Não gosto de tradições, nem de fazer coisas que considero erradas só porque são tradições.
E já o disse várias vezes, mas como as pessoas (especialmente o Português) gostam muito de ter e seguir tradições, não entendem ao que me refiro quando digo não gostar de tradições.


Gosto do Natal e de dar e receber presentes, o qual é uma tradição; o facto de não gostar de tradições não retira o facto de gostar do Natal e de certas tradições de Natal.


Gosto de fazer coisas que considero bonitas e agradáveis, já seja para mim ou para os outros e não deixo de gostar delas por serem tradições, mas principalmente não faço coisas que não gosto (nem gosto ou gostaria que me façam) só porque são tradição.
É muito difícil de entender?


Pelo menos vejo que mais gente se manifesta e mostra o desagrado contra tradições ridículas, como as Touradas ou este post que acabo de ler.


Uma tradição que acho que é muito bonita e se tivesse mais força de vontade seguiria, é a de dar presentes no Dia de Reis, porque, sejamos honestos é a tradição que faz mais sentido, em comparação com as outras que conheço, que realmente são só duas (imagino que existiram muitas mais):
- A do Pai Natal, pode ser bonita, mas é muito comercial para o meu gosto, e leva um pouco de injustiça no meio (como já tinha dito antes) para com as crianças pobres.
- A do Menino Jesus (que se utiliza mais na América Latina) que não faz o mínimo sentido, porque se formos a ver, o que reza a história, é que o Menino Jesus nasceu nesta altura (25 de Dezembro) e no dia 6 de Janeiro, chegaram os Reis Magos com presentes para ele, e não ao contrário.


(Na verdade, reza uma outra história, que este cronograma foi inventado, e que realmente nem aconteceu nesta altura do ano, ano que só começou a contar com o nascimento de Jesus. Mas este post não é sobre isso).


A questão é, se vamos seguir tradições, bem que podia ser a que faz mais sentido.


Mas pelo que vale, o meu desejo de um excelente (resto) Dia de Reis, e que os Reis lhes tragam muito Incenso para acalmar os ânimos e reduzir o stress, Mirra para fazer um chazinho e ajudar nos problemas de saúde, e claro, muito Ouro para . . . tudo o que quiserem e precisarem.