sexta-feira, 29 de abril de 2016

Problemas culinários

Cozinhar é coisa que gosto muito de fazer, no entanto tenho tanto de concorrente de Masterchef como de Miss Mundo, esmero-me e regra geral não corre mal, mas o meu "talão de Aquiles " são os doces, nunca ficam bem e evito fazê-los.
Adoro que as comidas e receitas que faço fiquem bem, e conforme o previsto. Por isso normalmente não faço sobremesas,  saem mal e fico frustrada em vez de fazer de novo e tentar melhorar.
Tenho tentado mudar esta atitude recentemente, mas mesmo assim só faço coisas que tenho a certeza que consigo fazer.
A minha mãe nunca foi grande cozinheira, e na minha infância (depois que os meus pais se separaram) fui alimentada à base de arroz, atum em lata, bifes de peru, esparguete, feijão preto, cereais, pão, manteiga e queijo. Por isso com 13 anos comecei a cozinhar, a inventar receitas, a ver programas de culinária e a aprender com a TV (ainda a internet não era para todos).


Tenho dois grandes problemas em relação à comida portuguesa, que são os mesmos que com a latino-americana, a utilização de cebola e carne de porco (em qualquer das suas apresentações) em practicamente todas as receitas. Por isso quando sigo uma receita tenho que constantemente estar a trocar ingredientes, o outro problema, que é mais pessoal, é a mania de inventar receitas com ingredientes que tenho á mão (e ficar mesmo bom), e depois querer repetir a receita e não me lembrar dos ingredientes utilizados.


Tenho um lema que se aplica a quase tudo na vida, que é: "Less is more", até na culinária (como muitas vezes já ouvi os júris de Masterchef Austrália dizer a vários concorrentes), e se há coisa que não gosto é de um prato (receita) com muitos ingredientes principais que se sobrepõem todos uns aos outros, primeiro acho um desperdício (pensamento de pobre: se tem carne porque é que também há-de ter peixe e marisco ou qualquer outra proteína) e depois não aprecio tantos sabores diferentes.


O meu outro problema (que só é problema para os outros, não para mim) é que houve uma altura da minha infância que a minha mãe trabalhou num restaurante macrobiótico, e comíamos lá muitas vezes, o que me fez apreciar esse tipo de comida, o que consequentemente leva a que goste de cozinhar com certo tipo de ingredientes ou ir a certos restaurantes que a maioria das pessoas não gosta.


Normalmente comer em casa de outras pessoas, ou escolher um restaurante para um grupo acaba por ser complicado, mas já aprendi a fazer cedências (não que seja muito boa nisso) ou a deixar no prato o que não gosto (é uma arte, o meu pai acha que devia ter estudado para ser cirurgiã).

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Hoje não quero tomar banho!!

Hoje, sem querer, deparei-me com um tema deveras interessante e estranhamente controverso.


O numero de banhos semanais que damos (devemos dar) aos nossos "piquenos".
Penso que este seja um daqueles temas que não entendo a controvérsia, pois depende de muita coisa, mas o banho diário religiosamente, aconteça-o-que-acontecer (mesmo-não-tendo-feito-a-ponta-de-um-corno-em-todo-o-dia), esteja-o-tempo-que-estiver, é algo que não practico e até acho que quem funciona desta forma deve ter algum desordem obsessivo-compulsivo.


Mas vamos por partes, um recém nascido, pelo que tenho investigado nem deve tomar banho de imersão nos primeiros dias de vida. Bebes nos primeiros meses, mais que tudo no inverno, mas não só, especialmente os que ainda não andam no chão, com tal que seja feita uma higiene adequada na muda das fraldas ou quando se sujam de comida, acho completamente desnecessário o banho diário, dia sim, dia não é mais do que suficiente, mas mesmo assim não tem que ser algo rígido, pois como já disse, depende de muita coisa, podendo ser necessário dar banho dois dias seguidos (ou até mais de um banho no mesmo dia) ou não dar dois dias seguidos.


Não estou a falar de pessoas adultas, especialmente as que têm trabalhos mais exigentes ou em lugares sujos ou malcheirosos. Nos adultos, cada um sabe de si, e mesmo assim, em determinadas situações não considero que seja necessário tomar banho todos os dias, temos que ter um bocadinho de sentido comum e perceber quando precisamos de um banho, ou quando não faz diferença não tomar, se não me sinto suja e não cheiro mal. Mas se por outro lado estou a precisar de um banho ou cheiro mal e prefiro "tomar banho" em perfume acho do pior que alguém pode fazer, não sou estricta, mas também não sou desleixada e se tem que ser (por muito que não apeteça) tem que ser.


O meu filho tem 3 anos (quase 4) e tem um problema que acho ser comum às crianças da sua idade, nunca quer tomar banho (e não gosta de lavar a cabeça), mas depois de convencido (ou forçado), diverte-se a tomar banho e às vezes nem sair quer. Não estou para me chatear nem entrar em modo "negociador" todos os dias. Como quase tudo na maternidade, cada criança, cada pai, cada relação é diferente, e temos que ser flexíveis, se ele adorasse tomar banho e eu tivesse todo o tempo do mundo talvez desse todos os dias, como não é assim e até nem considero o banho diário imprescindível, não dou.


Agora entrar em controvérsias e discussões existenciais porque eu não dou e o outro dá.
Por favor . . . .





quarta-feira, 13 de abril de 2016

A "Liberdade de Expressão" não é desculpa para tudo!

Claro que estou de acordo em que haja liberdade de expressão, e se eu posso gritar aos 4 ventos que não sou católica nem acredito na igreja católica, ou no que quer que seja, é graças à liberdade de expressão.
Eu mais do que ninguém (é só uma expressão), acho que a liberdade de expressão é um direito fundamental de cada um.
Mas calma aí com os cavalos que se vamos falar de direitos, temos que nos lembrar que os nossos direitos acabam quando os dos outros começam, e aí é que está a dificuldade, aparentemente.
                                                                                                                                                             
Isto a causa de dois temas que já não suporto ouvir falar, as bofetadas do Sr. João Soares, e as escolhas da Sra. Joana Vasconcelos.


Então vamos lá ver se eu entendi, o Sr. Jornalista pode insultar um Ministro porque é Jornalista de opinião e escreve num Jornal a sua "humilde" opinião, mas o Sr. Ministro, só porque é ministro, não pode dar a sua opinião acerca do que lhe apetece fazer ao Sr Jornalista. Sim, realmente faz todo o sentido!


Falando seriamente, claro que entendo que uma pessoa (e não só um Ministro) não deva oferecer bofetadas a quem quer que seja, no entanto consigo entender perfeitamente que alguém (Ministro ou não) no calor do momento (depois de ler num jornal nacional de renome insultos à sua pessoa e ao seu trabalho) tenha feito um desabafo numa rede social, quem nunca o fez que "lance a primeira pedra" (à é verdade não sou católica, não posso utilizar frases da Bíblia)!


É que se vai haver uma onda de indignação por cada político que faz algo que não está correcto, devíamos começar por coisas realmente graves, como a (nem merece ser chamada) Sra. Assunção Esteves, que não só faz "crap after crap" no seu tempo como ministra senão que ainda lucra com isso graças ao seu novo e maravilhoso trabalho que mantem ao mesmo tempo com o seu actual cargo político. Desculpem lá, gente que se indignou com as bofetadas (fictícias) do João Soares, se calhar o problema deste país é que pessoas como vocês têm as prioridades ao contrário, digo eu, mas se calhar eu é que estou enganada.
                                                                                                                                                                
Ainda no tema da liberdade de expressão, será que alguém me poderia explicar o que há de tão errado nas escolhas da Sra. Joana Vasconcelos em relação aos objectos que levaria se tivesse que fugir (sem tempo pré-definido para tal)?
Porque é que tanta gente decidiu usar o seu direito à liberdade de expressão para enxovalhar a Sra.?
Porque é que actualmente se acha que porque temos redes sociais, temos o direito a insultar todo o ser humano e mais algum, só porque estamos atrás de um PC sem correr o risco de levar umas bofetadas (bem dadas em alguns casos)?


Cada um tem as suas prioridades, e se há quem prefira andar carregado com lanternas e latas de comida, há quem prefira levar jóias e objectos de valor (comercial ou pessoal), e assim como já vi refugiados a chegarem à Europa com os seus Iphone´s e diplomas, também já vi os que chegam com os animais de estimação ou a foto da família.


Claro que a liberdade de expressão é um direito e algo pelo qual devemos lutar todos os dias.
Mas não é desculpa para tudo.
Insultar outra pessoa, outra religião, outra vertente política, qualquer outra coisa que não seja o que acreditamos, por pura opinião pessoal, não é liberdade de expressão!
(Esta é para todos os "Je suis" por aí espalhados)

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Are you nervous? No, why? Because your nail ended 10 minutes ago!

Não sou de roer a unhas, mas sou uma pessoa que se enerva com muita facilidade.
Já sei que não é bom, que os meus problemas de pele estão relacionados com isso (também), que não serve de nada todo o stress e preocupação, que no futuro pode trazer outros problemas de saúde, que acabo por passa-lo aos que me rodeiam, e tudo o que me quiserem dizer . . . mas saber não muda o facto de ser uma pessoa nervosa e stressar por tudo e por nada (como já tinha dito aqui ), tento respirar fundo, mentalizar-me que não é o "fim do mundo" e que o que quer que seja que me está a stressar se vai resolver, mas na maioria das vezes não funciona.


Escrever tranquiliza-me como poucas coisas o fazem (limpar a casa, fazer exercício, um abraço apertado e pouco mais), e se estiver inspirada sai um post fresquinho em 5 minutos sem ter que pensar muito, directamente da caixinha da inspiração para a ponta dos dedos.


Mas se não houver inspiração, posso passar horas a olhar para o ecrã, a remoer o que quer que me esteja a incomodar, sem que consiga juntar duas palavras.


No meu estado normal, ou tranquila, se não houver inspiração poder ser que saíam umas frasezitas, mas estando nervosa, sem inspiração não sai mesmo nada, tudo me parece errado e sem sentido.


Ultimamente a inspiração anda pelas ruas da amargura (tirando um que outro momento) em contrapartida o stress anda em alta, apesar de todo o exercício extra que ando a practicar.


Por muito que me venha à cabeça este ou aquele tema sobre o qual escrever, quando me sento e quero escrever não sai nada de jeito ou não sai nada mesmo!


"Meanwhile" vou tentando não estar muito ausente e publicar um que outro "crapy" post.