sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Dupla nacionalidade uma ova!


Nasci e vivi muitos anos num país que não Portugal (onde vivo actualmente), e tenho documentos de identificação para ambos países.
Mas não considero ter dupla-nacionalidade!

Na realidade não tenho nenhuma, porque estando lá sou sempre de cá e vice-versa.
Na teoria e legalmente falando sou cidadã de dois países e posso viver e trabalhar em ambos.
Na practica e humanamente falando, nunca estou em casa, nunca sou da "cá" (onde queira que "cá" seja).
Já há muito tempo que me considero cidadã do mundo e "casa" ou a "minha terra" é onde me sinto bem, e onde está o que amo.
Estando lá sou europeia, sou branca-cal, sou luso-descendente, sou "mulher de bigode que não toma banho" (piadas para com os portugueses).
Estando cá sou morena, sou latino americana, sou a estrangeira-com-nome-diferente-que-fala-bem-português.

 Por tudo isto não consigo ser "nacionalista" nem distinguir as pessoas por fronteiras.
Se acreditasse que as nacionalidades fazem as pessoas . . . eu seria bipolar.
Não apoio bandeiras nem bocados de terra aos que alguém deu nomes, apoio e choro ou festejo pessoas, pelos sentimentos, pelas acções, pelo que demostram ser.

 Acredito que a cultura, que os costumes ou o estilo de vida possam de certa forma formar a personalidade, mas nada de isso faz de alguém bom ou mau, inteligente ou estúpido, mais ou menos humano.

 Penso que mais que nunca, nestes tempos, as nacionalidades e as fronteiras não determinam nada.
E que todos somos inocentes até as nossas palavras ou as nossas acções provarem o contrário.

O que determina a minha pessoa são as minhas acções, nunca a minha religião, o país onde nasci, quem me procriou ou qualquer outro rotulo.

O mundo é de todos, as fronteiras foram inventadas, não há cá nossos. Somos todos humanos.
Os nossos (pelo menos é o que considero ser o meu lado) é quem vive pela paz e deixa viver.
Os outros são os que querem e vivem a violencia, já seja fisica ou verbal.
What side are you on??



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