segunda-feira, 20 de julho de 2015

Quando a vida se divide no antes e o depois!


À 3 anos nasceu um anjinho lindo e uma mãe inexperiente.

Os dois crescem e evoluem um bocadinho cada dia, o anjinho continua lindo e a mãe inexperiente. Porque cada etapa é nova e quando a mãe pensa que já tem mais experiência, as coisas mudam.

Mas o primeiro passo para melhorar, é aceitar que não somos perfeitas e ir aprendendo com o dia a dia, aceitar que não somos todos iguais e cada um cresce a seu tempo.

Para cada mãe que tem um anjinho em casa, o seu é "O" anjinho e para não fugir à regra, apesar de coisas mais desenvolvidas e outras menos, ambos - mãe e anjinho - estamos no bom caminho.

Ninguém disse que seria fácil, e há dias que as dificuldades são mais, mas apesar do tipo de pessoa que sou (nos tempos de namoro o meu marido chamava-me rabugenta e não era o único), poucas são as vezes que me queixo de ser mãe.

Se gosto de ser mãe, gosto e muito!

Se tenho jeito, . . . realmente acho que não é o meu forte . . . e a paciência tem sido das coisas que mais tenho praticado!

Como já disse antes, sou e sempre fui muito independente, para ter alguém a depender de mim, e por vezes esqueço-me que tenho que "reduzir a marcha" e andar à velocidade dele.

Mas, - e penso que é o mais importante - tenho eu aprendido mais com ele, do que ele comigo.

Há quem diga que a maternidade me "amoleceu", e já não sou quem era, e é verdade.

Tive que aprender, porque a criança aprende mais do exemplo do que do dizer (isto é, aprendemos todos mais com a pratica que com a teoria).

Não lhe posso ensinar a ser paciente se eu não o sou, ou tolerante ou amável.

Assim, com o anjinho nasceu uma mãe. É verdade que muitas coisas são instintivas, e sobre essas coisas nunca tive duvidas, mas muitas outras não o são, e uma coisa tenho a certeza, por mais educação que tenhamos que dar, ser mãe não é sinónimo de dureza, por isso continuou a ser inexperiente e aí está a minha luta, ser a mãe que educa, e a que mima e ama acima de tudo, e saber distinguir o "Não posso ceder" do "Uma vez não são vezes".

Por isso e tudo o que significa ser mãe, tive que mudar, reeducar-me, aceitar que muito do que pensava saber não é bem como pensava e principalmente estar disposta a aprender de quem supostamente vem aprender comigo!

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