quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Homeopatia (continuação do post: Otites)


As primeiras duas semanas foram difíceis, primeiro porque os tratamentos com medicamentos homeopáticos têm que ser muito rigoroso no espaço de tempo entre tomas, depois porque não fazem efeito tão rápido como os medicamentos normais e por último porque não podem ter "ajuda" de outros medicamentos.
Eu, que tinha uma esperança, quase cega, que estes medicamentos iriam funcionar, consegui ter paciência e força de vontade para continuar e para lutar contra as constantes tentativas do pai para darmos os antibióticos e todos os medicamentos receitados no hospital. Foram duas semanas de muitas discussões e desacordos, e apesar de que somos os dois "cabeça dura até mais não", dessa vez consegui ser firme e manter o tratamento, até que começou a mostrar sinal de estar a resultar e as coisas acalmaram; não só para nós como pais e casal, mas para a saúde do anjinho.

Durante os seis meses das constantes otites, cada vez que vínhamos para casa com mais um antibiótico, eu pensava:
"Quando esta otite passar vou procurar um homeopata, para fazer algum tratamento de prevenção e reforço do sistema imunitário"
Mas mal melhorava eu esquecia o assunto e só me voltava a lembrar na seguinte ida ao hospital.
Teria sido melhor assim, não tinha havido discussões, o anjinho tinha sofrido menos com as dores e o mal-estar, mas não vale a pena chorar sobre o derramado, não tomei a decisão no momento certo, mas eventualmente tomei-a.

Teve 3 consultas com a homeopata, nada baratas, mas dinheiro muito bem gasto, não tenho qualquer arrependimento, apenas que devia ter ido antes. E lamento que não hajam homeopatas nos hospitais e centros de saúde, pois nem sempre a medicina ocidental tem as respostas que procuramos.
Tive muita sorte, pois um dos meus medos era pagar e não ter a ajuda necessária, mas tal não aconteceu, a homeopata foi mais do que 5 estrelas, e estava sempre disponível por telefone ou até sms a qualquer dia da semana.

Hoje em dia, um ano e meio depois da ultima otite, de vez em quando continua a tomar os medicamentos, logo que começa a ficar com tosses.
Não voltámos a ir ás urgências do hospital nem teve mais otites, nunca mais tomou um antibiótico e o vocabulário melhorou mal começou a tomar a medicação (porque melhorou a audição).

Temos consultas regulares com a Otorrino, para ver se está tudo bem e se não ficou com alguma lesão ou perda auditiva. Logo na primeira consulta no hospital após a ida à homeopata, expliquei à Otorrino que estava farta de antibióticos, de não ver melhorias, de voltar sempre ao mesmo e de ser bombardeada com sugestões para a operação aos ouvidos, e tinha decidido leva-lo a uma homeopata, que a ultima otite tinha sido curada com os medicamentos receitados pela homeopata, mas que se a médica quisesse podíamos continuar as consultas, pois uma segunda opinião nunca fez mal a ninguém, e até ela teve que admitir que o anjinho estava muito melhor e nunca mais me voltaram a falar de cirurgias.

Após a notável melhoria do anjinho (fizemos 3 consultas em 6 meses, o resto foi tudo por telefone), deixámos de ir ás consultas com a Homeopata, infelizmente o valor das consultas não nos permite fazê-las quando está tudo bem, mas o pouco conhecimento que ganhei nos meses que se seguiram á primeira consulta, permite-me "atacar" os pequenos problemas de saúde (relacionados com ranhos, febres e tosses) que têm surgido.  

Não digo que a Homeopatia tem solução para tudo, claro que não. Mas chateia-me que, para a grande maioria dos médicos, a primeira opção a seguir aos medicamentos seja a cirugia (que muitas vezes ou não funciona ou não corre como esperado). Penso que seria de grande beneficio para todos (pacientes, médicos e até o estado) começar a apostar em medicinas alternativas nos centros de saúde e hospitais (obviamente para quem quer) em vez de partir de imediado para cirugias, especialmente em crianças pequenas.

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