domingo, 5 de abril de 2015

As birras

Voltando ao tema das opiniões que mudam.
Antes de ter filhos tinha a mesma opinião que todos os solteiros ou pessoas que não lidam com crianças diariamente: "Filho meu não vai fazer birras em publico!" (que inocentes que somos).
Criança que é criança, pelo menos até aos 3 anos (que é a minha experiência) por muito educada que seja faz birras, faz parte de ser criança e porque os pais em algum momento têm que marcar o limite, já com os avós, tios, amigos e conhecidos é outra história, porque regra geral lhes fazem todas as vontades, e nós pais temos que levar com as birras em todo o seu esplendor em pleno supermercado!
Então obviamente a minha opinião mudou, e sei que por muito que nos esforcemos, o que conta é que temos que educar a criança para que entenda que não pode ter tudo o que quer nem como quer, o que inevitavelmente vai levar a birras, no supermercado, no autocarro, no parque, ou qualquer outro espaço publico.
A diferença está em como lidamos, nós adultos, com as birras.
Eu, como toda a gente, tenho os meus dias. Regra geral a paciência não faz parte dos meus inúmeros atributos! Mas em espaços públicos consigo ser bem mais paciente com as birras do que em casa (vá-se lá entender). Sei que me esforço por lhe dar a que considero ser uma boa educação, e não me sinto minimamente constrangida quando faz birras em publico (como pensei que iria sentir), pois considero-as um comportamento normal em crianças pequenas. Não me orgulho, mas já tenho recorrido à palmada na fralda, normalmente é mais uma ameaça do que uma acção, e (como é óbvio, na minha opinião) não trouxe bons resultados, pois o único que fez foi "ensina-lo" a responder de maneira igual, e com que moral lhe vou dizer: "Não se bate!", se eu o estou a fazer?
A melhor maneira, a meu ver, para resolver as birras (as de rua) é falar com a criança, tentar chegar a um acordo ou distraí-la, mas tomar atitudes das quais não nos sentimos orgulhosos, só pelo "que dirão", não concordo. Crianças não são adultos, nem cães treinados, e se falarmos com elas calmamente (normalmente grito, e depois lembro-me que calmamente funciona melhor), até entendem as coisas, mas o que funciona mesmo são as distracções, pelo menos nesta idade são facilmente distraídos!
Em todo caso, o melhor a fazer é agir com naturalidade, não digo ignorar (não funciona), tratar da situação, mas como trataríamos de qualquer outra questão complicada, como trocar a fralda onde não há trocador, ou dar peito num sitio publico, com criatividade!

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