quarta-feira, 25 de novembro de 2015

E o medo dos outros?


Todos sentimos medo, é normal! Uns mais, outros menos, mas todos temos e a grande diferença é a forma como lidamos com eles.
Há medos que nos paralisam, há outros que nos dão força.

No entanto e apesar de todos sentirmos medo de algo, é raro sentirmos empatia, nunca conseguimos entender os medos dos outros a menos que sejam os mesmos que os nossos.
Por exemplo eu tenho medo de andar de carro em excesso de velocidade, e/ou velocidade excessiva.
Mas não tenho medo de andar de avião. No entanto alguém que tem medo de andar de avião não entende o meu medo de andar de carro.

Outra coisa que igualmente carecemos de capacidade para entender é quando temos medo de alguém (pessoa ou animal), não entendemos que esse ser também pode ter medo de nós.

E o meu ponto é, temos tanto medo que não paramos para pensar, agimos por instinto, o que nem sempre está certo.

E a minha grande duvida é, já alguém se lembrou de parar de pensar um bocadinho no seu próprio medo e de ser a grande vitima nesta situação mundial toda? "Coitadinhos de nós europeus" estamos a ser atacados pelos extremistas islâmicos, e se lembrou de que os islâmicos pacíficos também têm medo, medo dos extremistas islâmicos, medo dos "extremistas europeus" (uma raça tão má como os islâmicos), medo dos europeus comuns que agem por medo.

Só pelo facto de terem uma religião, de terem uma forma de vestir, de terem um tom de pele, já é motivo para serem temidos, olhados com desconfiança, então levarem uma mochila às costas ou um capuz na cabeça é quase um grito de ataque.

 Uma coisa é termos receio e sermos cuidadosos, outra completamente diferente é sermos paranóicos, ignorantes e mal-educados.

Tirem os vossos sapatinhos egocêntricos e tentem pôr-se nos sapatos dos outros. Não vos fazia mal nenhum, e talvez fizesse algum bem a este mundo doente! 

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