quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Ser mãe é . . .

Há uma semana a ouvir falar do passeio à Quinta Pedagógica.
No dia do passeio chegar à escola 15 minutos antes da hora, ir buscá-lo à espera de ouvir tudo sobre como correu, e o primeiro que diz foi: Não fomos ao passeio porque o pneu do autocarro teve um furo, mas não faz mal, vamos amanhã!
Sair hoje de casa com tempo suficiente para chegar à mesma hora de ontem.
Ver o metro a ir embora ao chegar à estação e esperar 6 minutos pelo seguinte.
E o tempo a passar . . .
Depois de estar em várias paragens mais tempo do normal e um "turn off and on again", o metro avariar numa estação sem nenhuma outra alternativa senão esperar pelo seguinte com um menino à beira das lágrimas porque o autocarro se vai embora sem ele.
Ver o outro metro a chegar, abrir as portas e haver uma parede de gente, sem sair uma única pessoa, estando o cais cheio de todos os que saíram do metro avariado.
Respirar fundo, pedir desculpa e tentar espremer-me com a miúda presa ao peito e o miúdo pela mão.
Conseguir um lugar sentados, com duas crianças em cima, uma delas a gritar a pleno pulmão.
E o tempo a passar . . .
Chegar à nossa paragem e começar literalmente a correr mal abrem as portas, subir, sem parar, 4 lanços de escadas rolantes qual representação de "saídos das entranhas do inferno".
Apanhar o elétrico (que não é costume, mas estava mesmo a passar) para fazer 500 metros, e chegar à escola a tempo e horas (3 minutos depois da hora) com um sorriso de dever cumprido.

(Mal saí da escola até me falharam as pernas e mal conseguia respirar, mas não era eu que o ia deixar ficar mal, e a correria serviu para adormecer a miúda).



sexta-feira, 22 de setembro de 2017

De coração cheio

Sempre quis ter filhos, mais do que um. Nunca pensei muito no assunto do ponto de vista dos pais, penso que sempre me motivou a amizade e companheirismo que só se tem com um irmão.
Mas depois de ser mãe, percebi o papel importante que temos como pais na boa relação que terão os filhos como irmãos.
E depois da Oriana nascer, tenho feito um grande esforço porque o Gabriel se sinta incluído, e tão amado e importante como a irmã.
Nos últimos tempos tenho tentado fazer entender o Gabriel que a irmã não é uma boneca e que não pode ser tão bruto, sempre com o receio que não goste dela ou que sinta ciúmes.
Mas esta semana , depois de uma curta conversa com a nova educadora, fiquei com o coração tão cheio que quase não me cabia no peito.
Um dos exercícios que a educadora pediu aos miúdos da sala foi fazerem um desenho da pessoa preferida e a do Gabriel foi a irmã! Mas a melhor parte foi as conversas que ela vai apanhando entre as crianças e o Gabriel fala muito da irmã. Duma dessas conversas na qual falavam de irmãos (não sei exactamente o contexto) o que ele disse foi que os pais gostam da irmã bebé, mas que continuam a gostar muito dele. Até fiquei de lágrimas nos olhos quando a educadora me contou. É passar meses a esforçar-nos por fazer as coisas bem, mas sem ter a certeza de que realmente se está a fazer bem, para de repente, vindo do nada (numa altura que andamos cansados e sem paciência) ter a confirmação de que vamos no caminho certo.

domingo, 10 de setembro de 2017

Vamos lá ver se nos entendemos!

O nome é O-r-i-a-n-a, não o inventei, e não é um nome do meu país de origem!
Não é Ariana nem Mariana (nada contra), e sim, é permitido em Portugal.

Caso estejam interessados em saber é o nome da protagonista de um livro, cujo titulo também incluí dito nome, de uma conhecida escritora portuguesa: Sofia de Mello Breyner Andresen (e se não me engano esteve ou está incluído na lista de livros a ler na primária).

Por isso deixem de ser tão "close minded" e tirem a expressão de confusão da cara quando digo o nome da minha filha, já sei que estavam à espera de Leonor, Matilde ou algo assim, mas não é. Não preciso que gostem ou que digam "Que bonito!" com uma clara expressão de "nunca poria esse nome a uma filha minha!", o único que peço é que aceitem um bocadinho a diversidade, porque o que leva as crianças a gozar umas com as outras (pelo motivo que seja) é o exemplo que recebem em casa!