quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Uma noite daquelas!

Sei que tenho muita sorte ao dizer isto, mas o meu filho sempre me deu noites bem dormidas!
Desde os dois meses que dorme a noite toda, claro que se estiver doente ou alguma que outra noite por qualquer motivo, pode ter sido mais dificil, mas são raras.
Mas a noite passada foi uma daquelas para esquecer.
O adormecer é e sempre foi o mais complicado, mas com isso já conto. Ás vezes esqueço-me de lhe lavar os dentes antes de dormir, e é ele que pede, ainda não percebi se porque gosta, ou para atrasar a hora de ir dormir. Quando já está deitado, posso contar com ser chamada umas 4 ou 5 vezes, ou porque quer água/leite/sumo, ou quer ir fazer chichi, ou quer que me deite com ele, ou porque não lhe dei o panda para abraçar, ou porque já se destapou ou para perguntar o que estou a fazer ou o que se lembrar no momento.
Mas normalmente, mal adormece, posso fazer uma festa/rave em casa, que ele nem pestaneja.

Até à pouco tempo que dormia ainda no berço (cama de grades) e nunca sentimos necesidade de o trocar apesar de ter a cama de solteiro do pai no quarto dele, sempre pronta para ser utilizada. Á duas semanas começou a dormir na cama, porque ele pediu e achámos que era altura . . . não tem corrido lá muito bem . . . tem caido da cama quase todas as noites, o unico que ainda não fizemos foi comprar uma daquelas barreiras para evitar que ele caia, normalmente não se magoa, mas claro, assusta-se, apesar de tudo o voltar a adormecer não é dificil.

Passo a descrever a noite passada:
Depois do ritual normal para adormecer, estive a tratar de algumas coisas da casa, e ás 22H fui ver um pouco de TV, estive a ver uma serie até ás 23H mas mal me aguentava com os olhos abertos e logo que acabou fui me deitar.
Mal me deitei lembrei-me que não tinha posto o telefone a carregar nem tinha ido ao quarto dele ver se estava tudo bem, e sem sequer notar adormeci sem fazer nenhuma das coisas.
Ás 2H oiço um barulho e ele a chorar, fui logo ao quarto, estava no chão tinha os olhos fechados e agarrava a cabeça, peguei o ao colo, fiquei uns minutos e voltei a deitá-lo, e voltou a dormir sem problemas. Fui deitar-me novamente e voltei a adormecer mal fechei os olhos, nem meia hora passou, oiço-o chamar: Mãe!
Chamou mais duas ou três vezes, fui lá, queria sumo, ofereci água, mas não quis. Disse-lhe que era muito tarde e que tinha que dormir, aceitou. Voltei a adormecer.
Não sei quanto tempo depois volto a ouvir chamar: Mãe!
Fui lá, queria sumo, outra vez, ofereci água, não quis, pediu bolacha, disse-lhe que não era hora de comer bolacha, para dormir que de manhã lhe dava uma, aceitou. Voltei a adormecer.
Não sei quanto tempo depois volto a ouvir chamar: Mãe, água!
Fui lá, dei água e bebeu um golo bem pequenino. Chateei-me, disse que não podia ser, que tinha que dormir, e novamente lá aceitou.
Não sei quanto tempo depois, oiço alguém a tentar abrir a porta do quarto dele, mas como está estragada, não conseguiu, começou a chorar e a dizer: Mãe, já dormi.
Olho para o telemovel que já tinha posto a carregar e vejo 5:05 da manhã, quase que chorei. Estava tão cheia de sono, que mal conseguia abrir os olhos.
Fui ao quarto dele, peguei-o ao colo, ele parou de chorar e disse que se tinha magoado com a porta, e com um sorriso disse: Já dormi mãe!
Disse-lhe que tinha que dormir mais, levei-o à janela e disse que ainda era de noite.
Respondeu que queria dormir na cama da mãe e do pai, muito raramente dorme na nossa cama, e mesmo que lá adormeça, eu ponho-o na cama dele, por um motivo: não consigo dormir com ele, mexe-se muito e estou constantemente a acordar.
Disse-lhe que estava muito cansada e que não podia dormir comigo, insistiu, la o consegui convencer a dormir no quarto dele, mas preferiu dormir no berço (que ainda lá está montado), deitei-o, tapei-o, dei-lhe o panda e fui dormir. E voltei a adormecer com a mesma rapidez.
Ás 7H tocou o despertador, levantei-me tratei de mim e do nosso pequeno almoço, mas tudo mais lento do que o normal, já estava atrasada quando o fui acordar, qual não é o meu espanto ao pegar nele, que me apercebo que estava todo molhado de chichi (o qual só tinha acontecido duas vezes desde que tirou a fralda da noite). Lá o lavei, à pressa, vesti-o, também ele devia estar cansado, estava muito cooperativo e saímos.

No caminho para o trabalho, só consegui pensar a sorte que tenho de que estas noites sejam a excepção e não a regra!

PS.: Pai a fazer o turno da noite, não estava em casa.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Como é que fazemos entender a alguém, que só acredita no "tem que ser", que o "eu quero" também é uma opção?

Que nem tudo na vida são obrigações!
Que se realmente queremos que as coisas mudem, temos que fazer por isso, que procurar!
Que podemos dizer não!
Que, mesmo que o mundo diga que o que queremos é impossivel, só nos devemos convencer disso depois de tentar!
Que fazer cedencias também significa tentar o caminho do outro mesmo que não acreditemos nele! Que nós fazemos da vida o que queremos, não é a vida que faz de nós o que quer!
Que dar aos outros o melhor não significa dinheiro ou luxos!
Que não fazer o que o resto do mundo faz, não é ser maluco, é ser diferente!

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Sou burra, mas sinto-me bem comigo mesma!


Ainda não percebi exactamente o que significa "inteligência emocional", por isso a inteligência normal também é algo que não me assiste completamente. Mas pelo que entendi, é algo de que careço completamente. Principalmente no que se refere ao meu filho.

Continua a ser ainda hoje aos seus 3 anos (está na creche desde os 10 meses) algo extremamente difícil para mim de gerir ter que deixa-lo quando ele não quer. O lado bom é que ele, a maior parte dos dias não chora ao ficar na creche (Jardim de Infância), e regra geral parece gostar, mas mesmo assim quando o acordo de manhã diz sempre que quer ficar em casa comigo e é uma luta (literalmente) para o vestir, e o caminho até à creche (que por sorte é curto) vai ao colo agarrado ao meu pescoço como se fosse passar um mês sem nos vermos (mas provavelmente porque vai cheio de sono). Isto é tão difícil hoje como no primeiro dia que o tive que deixar.

Há uns dias li a noticia da morte de um bebe de 4 meses numa creche, e o meu coração fica pequenino, e mais que pensar no meu filho, penso naquele que eu ainda gostava de ter e que vou muito provavelmente ter que deixar aos 4/5 meses numa creche.

E cada vez tenho mais certezas que o dia que estas coisas deixem de me afectar, e que tenha a tão falada "inteligência emocional" vai ser um dia muito triste, pois vou deixar de ser menos humana.

Por isso, agradeço a preocupação, mas prefiro continuar a ser burra . . .

 

. . . e retrógrada, e fundamentalista, e tudo o que vos vier à cabeça!

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

"No basta" (Not enough)


Há algum tempo, ou melhor, há já bastante tempo, penso que antes de estar casada, li um pequeno texto, daqueles lamechas que aparecem de vez em quando (todos os dias) nas redes sociais. Este texto falava da diferença entre uma família perder um pai e uma empresa perder um empregado, é daqueles textos que meio mundo faz "gosto" e comentam o muito que concordam com o texto, mas na realidade, todos esses gostos são fictícios, pois na vida de cada um, muito poucos são os que põem a família à frente do trabalho, do dinheiro, da carreira. Não digo que não gostem da família ou que não façam o que podem quando é mesmo necessário ou que até preferissem que fosse diferente, mas voltamos ao irritante "tem de ser e o tem de ser tem muita força", desculpem mas esta frase é o lema de quem está conformado com certas injustiças, que desistiram de tentar ter o melhor que a vida pode oferecer.  Pergunto me se realmente querem passar mais tempo com os filhos, a mulher, o marido, os netos, os pais, ou se na verdade preferem os trabalhos, as obrigações profissionais, as carreiras??

Tudo isto me causa uma profunda tristeza, primeiro porque acredito que a causa deste mundo tão fracturado se deva à falta de valores familiares, depois porque sei que quando chegarmos a velhos, os títulos, as conquistas profissionais não nos vão dar apoio, não nos vão fazer companhia, não nos vão dar pequenas alegrias do dia a dia.

Mas mais que ter tempo para estar com os pais, ou a/o mulher/marido, o realmente importante é ter tempo para os filhos. Já durante a minha gravidez dizia muito a frase: Não quero ter filhos para que sejam criados pelos outros" e esse continua a ser o meu lema.

O tempo que sou obrigada a dar para receber um ordenado, é algo que neste momento não é menos porque me é impossível, mas mais não dou porque, verdade seja dita, ninguém dá nada a ninguém, nem nós a eles nem eles a nós. Sou pessoa de exigir os meus direitos custe o que custar, e não entendo quem deixa que passem por cima dos seus direitos, seja por medo, ou qualquer outro motivo. Certas empresas actualmente, fazem o que querem, pois sabem que as pessoas têm medo, mas mesmo assim as pessoas reclamam mais o facto de não receberem o ordenado certo do que quando os fazem trabalhar mais tempo do que é legal e consta nos seus contratos.

Será que não entendem que o tempo a mais que dão às empresas (muitas vezes nem pago é) é tempo roubado às suas famílias? É mais importante reclamar o dinheiro que recebem a menos do que o tempo a menos que os seus filhos recebem? Porque é que reclamam com tanta facilidade o dinheiro a menos, mas não vejo ninguém a reclamar o tempo que perdem com a família? Querem mesmo estar com a família, ou é mais importante o dinheiro?

Isto entristece-me ainda mais quando nem sequer consigo fazer entender isto ao pai do meu filho!
O "tem de ser" só tem a força que nós lhe permitimos que tenha!

Se as meras palavras escritas (ditas) não fazem efeito, talvez as palavras cantadas façam!
Esta canção é das mais bonitas que conheço, não só pela melodia, mas principalmente pela letra, as palavras.



Mesmo que não falem espanhol, não é difícil de perceber se puserem atenção.
A canção é de um cantor venezuelano chamado Franco de Vita e chamasse "No basta"! Cuja tradução é: "Não é Suficiente".  


sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Do masoquismo . . .


Há dois anos adoptámos um gato que tinha sido apanhado na rua, com todas as características de um gato bebe que vive na rua. Foi cuidado e tratado pelo meu pai, e dois meses depois veio para nossa casa (um apto. de aprox. 50 mt2 ) onde já tínhamos uma criança de 1 ano na altura.

O gato, de nome Taz, fazia jus ao seu nome e parecia um pequeno furacão e muito desconfiado, sendo que a cozinha não tem porta, era complicado pois à noite tinha que ficar tudo arrumado, senão de manhã parecia que tínhamos feito uma festa com tudo espalhado pelo chão.

 
Durante os dois anos que o temos, penso que tenha gritado mais o nome Taz, que o nome do meu filho (o qual passou pelos famosos "terrible two" e ainda não saiu completamente), adora afiar as unhas em todo o lado menos no arranhador, não posso ter a janela aberta que vai logo ver se se equilibra nas cordas da roupa, quando vai à sua casa de banho trás mais areia cá para fora da que fica lá dentro, não sei que problema tem com a água que antes de beber dá-lhe umas sapatadas para deixar a zona bem molhada, não posso deixar elásticos do cabelo em lado nenhum, que desaparecem e aparecem meses depois cheios de pó debaixo de um móvel qualquer, não gosta que lhe façam festinhas e morde se tentarmos.

Mas de há uns meses para cá a sua atitude tem vindo a mudar, em Janeiro deste ano foi castrado, o que ajudou a acalma-lo, depois em Maio começou com faltas de ar, e depois de uma noite no vet. foi diagnosticada asma felina, e de vez em quando tem ataques de asma, o que ajudou também a fazer dele um gato mais calmo e amigável.

 
Então depois de dois anos com este amigo, que é um membro da família à sua maneira, e que por vezes testa os limites da minha paciência, mas é um grande amigo, decidimos arranjar um amigo mais à medida dele, para lhe fazer companhia quando faltamos nós . . .
. . . alguém que espalhe com ele mais areia pelo chão, alguém com quem correr por todo o lado e ainda não sabe que não pode subir à bancada da cozinha quando estamos a cozinhar, alguém para afiar as unhas com ele no sofá ou nas cadeiras, alguém para deixar mais pelos espalhados pelo chão, alguém para procurar os elásticos perdidos debaixo dos móveis, alguém para lhe fazer companhia e com quem testar ainda mais a minha paciência.

 
Ter mais um a fazer confusão não era precisamente o meu desejo mais profundo, saber que o Taz não é infeliz e estará acompanhado nos dias em que não há mais ninguém em casa, é algo que me deixa mais tranquila.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Triste e revoltada

Triste por ver tanta abstenção num país que tem tudo para ser um pequeno paraíso. Triste porque percebo o sentimento que levou grande parte desses votantes a preferirem não ir votar. Triste porque apesar de ter votado não senti que houvesse alguém forte e com capacidade para mudar o rumo que o nosso país precisa.

 Revoltada por constatar (mais uma vez) que a porcaria do football tem mais importância na vida das pessoas do que lutar por melhores condições. Revoltada por perceber (mais uma vez) que uma minoria unida pode vencer uma maioria separada. Revoltada porque não havia um único líder político neste país disposto a fazer alterações que realmente valessem a pena.

 Triste e revoltada por saber que existem tantas pessoas neste país que apenas lhes interessa o próprio bem-estar sem importar em cima de quem põem as suas cómodas cadeiras!

 Até que ponto as ideologias politicas nos separam dos que nos são próximos!?

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Não é publicidade, é só uma opinião!


Juro que não é publicidade.
Nem gosto de publicidade nos blogs "à descarada"!


Mas se há lugar ao que gosto de ir é ao IKEA.
Gosto porque adoro fazer compras (do que quer que seja).
Gosto porque gosto de lá passear.
Gosto porque gosto das ideias para decoração que dão nas divisões já montadas.
Gosto porque gosto da comida deles, em especial os cachorros, os cinnamon rolls e as bolachas de gengibre.
Gosto do facto de serem "baby-friendly".


Até gosto de ver a TV que lá têm com documentários sobre a vida dos suecos.
Fico sempre super entretida a ver, e aprender sobre os costumes deles, e acho muito interessante o facto de apesar de serem Europeus e estarem aqui tão perto (em comparação com outros países) terem costumes e tradições e uma maneira de ver a vida tão diferente das nossas. E entender que o facto de sermos diferentes não nos faz melhores ou piores, só nós faz diferentes.

Que aborrecido seria se fossemos todos iguais.
Que triste deve ser quem exclui/critica os outros por serem diferentes.


Que alegria descobrir coisas diferentes e aprender e aceitar as diferenças dos outros e que aceitem as nossas! 
Bom fim de semana!