terça-feira, 29 de março de 2016

Para o meu anjinho (que será sempre o meu anjinho).

És tudo o que sempre desejei num filho e ainda só tens 3 anos.


Sei que isto não devia fazer qualquer diferença porque sou tua mãe e serias lindo de qualquer maneira! Mas és o menino mais lindo que tenho o privilegio de conhecer, e sempre que olho para ti, já seja fisicamente ou em fotografia fico maravilhada com o lindo que és.
E mais que ficar chateada quando me perguntam se foste "trocado na maternidade", sinto orgulho em que sejas o meu menino lindo de olhos claros.
Fisicamente não és parecido a mim, mas no carácter és cabeça dura e chato como só eu posso ser.


Adoro a tua vozinha aguda mas tão doce, e perceber a cada dia que passa que estás mais crescido e sempre a aprender coisas novas.
Adoro ouvir o teu" Gosto muito de ti mãe", e os teus beijinhos babados, e abraços fortes.
Adoro ver o cuidado que tens com os animais, e como tratas e respeitas os nossos gatinhos.


Já caí tantas vezes no erro de me PREocupar por certas coisas, para depois perceber que só é preciso aceitar os tempos de cada um e tu tens os teus. Mas acho que é um erro comum nas mães, desculpa se sou chata.


Ainda não percebes destas coisas, mas pensando bem, nunca vais entender, porque és um rapaz, mas estar grávida de ti foi a época mais feliz da minha vida até agora, e não trocaria esses meses por nada, mesmo com todas as dificuldades.
O teu nascimento não foi bem o que eu desejava, mas dado o que sabia na altura, foi o mais perfeito que podia ser.
Foste um filho desejado e planeado, mas mesmo assim nunca me senti preparada nem apta para ser mãe, cometo erros a torto e a direito, mas tento aprender e dar-te o melhor de mim.


Quero ser para ti tudo o que uma mãe deve ser para um filho, e muito muito mais.
Quero ser tua mãe quando precises que o seja, mas também quero ser tua amiga, e espero saber reconhecer as alturas para cada uma.


Desculpa se não brinco o suficiente contigo, se (quando) perco a paciência facilmente, se (quando) grito contigo.
Tento todos os dias dar-te o melhor exemplo e mudar as minhas atitudes menos maternais.


Adoro ver a tua alegria quando vamos ao parque, e os nomes que das aos parques que costumamos ir: o parque de tantos escorregas, o parque das pedras, a piscina de bolas, o parque do tio, o parque de dois escorregas e o nosso parque.
A tua criatividade para inventar histórias e inventar letras para as músicas que conheces é algo que vai além da minha compreensão.


Desculpa ter que fazer coisas que não gostas ou não queres, como deixar-te na escola quando não queres ir (é das coisas mais difíceis que tenho que fazer), obrigar-te a tomar os remédios quando não gostas, tirar-te do parque ou da piscina quando não queres ir embora, etc, sei que agora não entendes os meus motivos, espero que um dia entendas.


Quero dar-te o melhor de mim, para que sejas o melhor e o mais feliz que podes ser.
O TEU melhor será sempre suficiente, não preciso que sejas o melhor, apenas que dês o teu melhor e só te posso pedir isso, se eu te der o meu.


Da mãe para o anjinho Gabriel, hoje e sempre.

quarta-feira, 23 de março de 2016

Onde está o problema!?

Merecemos ser felizes nas nossas insignificantes vidas, apesar do que possa acontecer no mundo?
Devo deixar de me sentir bem por um fim de semana bem passado porque chegou uma segunda-feira com as suas duras realidades?
Não mudar a foto de perfil, ou não chorar lágrimas de crocodilo por quem realmente não conhecemos não nos faz menos que ninguém!

A podridão dentro do ser humano em geral, o egocentrismo, a falta de humanidade para com os semelhantes é o que está a destruir o mundo que conhecemos.

Prefiro mil vezes rodear me de gente que não muda fotos de perfil, que mantém o sentido de humor nas piores alturas, que não deixa de viver a sua vida por seguir, qual capítulo de novela no final, todas as notícias e imagens de tragédias; mas que se levanta no metro para dar o lugar a quem precisa, que mesmo não podendo ajudar, apoia a ajuda dada a refugiados, que mesmo não podendo receber em casa, alimenta e ajuda animais de rua e instituições, que não sabe todos os detalhes da última tragédia mundial ou nacional mas sabe que não é com ódio e armas que se combate o ódio e a ignorância.

O problema não está nos que matam, está nos que ficam ver!

quarta-feira, 16 de março de 2016

Fazer exercício faz bem . . .

. . . mas sem exagerar!


Há vários meses que ando a pensar inscrever-me num ginásio (fazer exercício sozinha está totalmente fora de questão, a falta de força de vontade para manter uma rotina é algo que até hoje não consigo ultrapassar), o primeiro motivo é a vida sedentária que levo, casa-trabalho, trabalho-casa, e claro que o exercício melhora muito a qualidade de vida, o verdadeiro primeiro motivo é a barriga de "grávida de 3 meses" que me atormenta.


De pensar/querer inscrever-me ao realmente fazê-lo há muito que andar, totalmente condicionado pelo tempo para ir ao dinheiro que custa.
Mas recentemente abriu, perto do meu local de trabalho, um ginásio low-cost (que não vou dizer o nome, porque a publicidade não foi para aqui chamada), que não só é barato, como me permite ir na minha hora de almoço (sem tirar tempo ao meu filho, que era o meu maior obstáculo).


Após ter recebido por email uma promoção, pela nova abertura, e sem pensar duas vezes, inscrevi-me. Ainda tive que esperar umas semanas, pela abertura, pois inscrevi-me antes.
E estava realmente desejosa de poder começar.
Não fui o primeiro dia nem o segundo, mas fui o terceiro e o quarto.
No meu primeiro dia devo ter estado uma hora, e apesar de não ter feito nada excessivo, em dada altura comecei a ficar mal disposta e parei de imediato (os mais de 4 anos sem fazer qualquer tipo de exercício foram-me cobrados), no segundo (bem mais cansada e por ter sido a primeira vez na hora de almoço) estive uns 40 minutos.


Conclusão
Aparentemente estou "velha e enferrujada", de tal forma que quase duas miseráveis horas em dois dias seguidos a fazer exercício leve (pensei eu), me deixaram de tal forma que pareço uma deficiente (sem querer ofender ninguém).
Não me consigo agachar ou correr, para descer escadas (o subir não é tão difícil) parece que tenho pernas de borracha e que vou perder a força, e para me levantar da cama tem que ser de lado (como quando estava no final da gravidez).


Nota para quem me tenha visto descer escadas: não tenho nenhuma lesão nem nenhum dói-dói (como diz o meu filho), a "lesão" é apenas cerebral, pois devia ter percebido que o tempo passa e cobra bem, e no orgulho de perceber que já não sou o que era!


Em relação ao ginásio, vou voltar e tentar manter uma rotina, porque realmente considero que faz bem, e quero mudar o estilo de vida tão sedentário que levo e sentir-me bem comigo mesma, no entanto apenas quando conseguir correr e agachar-me.

quinta-feira, 10 de março de 2016

O equinócio e a felicidade.


Gosto de astrologia (já sei o que muita gente pensa e dispenso as vossas opiniões) e também gosto de astronomia. Mas não gosto nem acredito na astrologia barata de revista cor-de-rosa.
Tudo o que tenha a ver com o universo, as estrelas, outros planetas é algo que quase consigo ouvir a chamar por mim quando olho numa noite estrelada para o céu e consigo ver as estrelas, o único que consigo reconhecer num céu estrelado é o famoso "orion´s belt", e só por isso fico contente.
O meu dia preferido em todo o ano é o Equinócio da Primavera, que realmente está relacionado com a astronomia, (sempre morei no hemisfério norte, quando muito perto do equador, mas nunca fui sequer ao hemisfério sul, por isso para mim) o Equinócio da Primavera é a 20/21 de Março, e este dia para mim significa "recomeçar", florescer, viver, esperança. Na primavera consigo sempre ser mais positiva, ver a vida com mais alegria, ter esperança em que dias melhores virão (nem que seja os dias quentes do verão).


Tudo isto porque, num "passeio" ontem pela worldwide web, encontrei um site que falava de dois eventos que este ano se celebram no mesmo dia, sendo estes: o equinócio da primavera e o dia internacional da felicidade, ambos a 20 de Março, e apesar de ser algo que se aplica apenas à minha pessoa, pois gosto do equinócio da primavera, mas faz todo o sentido que o dia internacional da felicidade se celebre nesse dia.


Sou refilona e resmungona por natureza, e queixo-me de tudo e mais alguma coisa, se não vai de acordo ao que considero correcto. Mas apesar disto considero-me uma pessoa positiva e alegre, normalmente tenho mais facilidade em escrever e fico mais inspirada com o que me chateia, do que com o que me faz feliz.
Ultimamente as coisas não têm estado fáceis, e sinto que tem transparecido o meu lado mais negativo, tanto no blog como pessoalmente com quem me rodeia, mas ontem ao ler sobre estes dois eventos, mais que sentir esperança, quis ser feliz apesar de tudo o que me faz infeliz, e acho que é isso que faz a diferença de quem é feliz e de quem não é. Todos temos problemas, é verdade que uns mais que outros, mas a decisão de ser feliz é só nossa, e não de quem nos rodeia ou do que nos acontece, não é fácil e eu sou a primeira a admitir, mas como diz o meu pai: "Ninguém disse que seria fácil!"



sexta-feira, 4 de março de 2016

"Vamos ali ao coliseu ver uns leões comer umas pessoas? Quem leva as pipocas?"

Quantas vezes já ouvi o muito avançados que estamos em relação às civilizações antigas, como por exemplo os Romanos?
E quantas vezes já ouvi que na actualidade, nos países (chamados) mais desenvolvidos a luta pelos direitos humanos é uma realidade?


E pergunto-me, serei só eu a sentir que o ser humano é cada vez mais cínico, e egocêntrico e especialmente mórbido.
É que não considero normal a morbidez com a população em geral quase que bebe (como vampiros) as noticias de mortes, assassinatos e todo o tipo de coisas macabras!
Tento não formar opiniões acerca de pessoas ou situações das quais não tenho total conhecimento, claro que é difícil, mas se tiver a minha opinião, evito falar nela ou partilha-lha com todo ser humano que se aproxime de mim!


No entanto, nos últimos tempos tenho vindo a formar uma opinião, não sobre este ou aquele acontecimento (e mesmo que tivesse uma opinião sobre determinada noticia, não viria com certeza para aqui partilhá-la), mas sobre esta morbidez que se parece apoderar de muita gente, e chego a compará-la com algo que "supostamente" não existe na nossa tão civilizada sociedade.
Falo dos espectáculos que existiam na antiga Roma, nos Coliseus, nos quais o povo se reunia para ver os espectáculos de gente a morrer, a ser comida ao vivo por animais, a mataram-se uns aos outros para sobreviver, e pergunto-me se não teremos os nossos muito actuais espectáculos de morbidez.


As pessoas à volta da TV, dos telemóveis, dos tablets no intuito de saber mais este ou aquele detalhe mórbido desta ou de aquela noticia da morte de alguém, seja este inocente ou não. Pessoas reunidas em cafés e esquinas a partilhar detalhes das noticias mais macabras que conseguiram encontrar, programas de TV inteiramente dedicados a detalhar o pior que o ser humano é capaz de fazer.


Será que sou só eu que não sinto esta necessidade?
Será que sou só eu a achar que a partir do momento em que a noticia deixou de ser um desaparecimento que deve ser noticiado, e passou a ser uma morte, deixa de ter interesse para mim, como não-agente ou não-investigadora do caso?
Será que sou só eu a achar que estes inocentes merecem é estar em paz, e já seja uma morte natural ou accidental ou um assassinato, não é nosso dever criticar, dar juízos, escolher culpados, para isso existem entidades com competência para tal?


Não é uma questão de fechar os olhos a todo o mal que o mundo tem, nem de querer esconder a podridão de algumas pessoas e situações, mas sim de respeitar quem morreu, quem merece ser deixado em paz, é uma questão de dignidade para nós mesmos e não encher a nossa mente de detalhes mórbidos que não trazem nenhum beneficio e para os inocentes (vivos ou mortos) que não pediram nem precisam das nossas opiniões!