sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Do masoquismo . . .


Há dois anos adoptámos um gato que tinha sido apanhado na rua, com todas as características de um gato bebe que vive na rua. Foi cuidado e tratado pelo meu pai, e dois meses depois veio para nossa casa (um apto. de aprox. 50 mt2 ) onde já tínhamos uma criança de 1 ano na altura.

O gato, de nome Taz, fazia jus ao seu nome e parecia um pequeno furacão e muito desconfiado, sendo que a cozinha não tem porta, era complicado pois à noite tinha que ficar tudo arrumado, senão de manhã parecia que tínhamos feito uma festa com tudo espalhado pelo chão.

 
Durante os dois anos que o temos, penso que tenha gritado mais o nome Taz, que o nome do meu filho (o qual passou pelos famosos "terrible two" e ainda não saiu completamente), adora afiar as unhas em todo o lado menos no arranhador, não posso ter a janela aberta que vai logo ver se se equilibra nas cordas da roupa, quando vai à sua casa de banho trás mais areia cá para fora da que fica lá dentro, não sei que problema tem com a água que antes de beber dá-lhe umas sapatadas para deixar a zona bem molhada, não posso deixar elásticos do cabelo em lado nenhum, que desaparecem e aparecem meses depois cheios de pó debaixo de um móvel qualquer, não gosta que lhe façam festinhas e morde se tentarmos.

Mas de há uns meses para cá a sua atitude tem vindo a mudar, em Janeiro deste ano foi castrado, o que ajudou a acalma-lo, depois em Maio começou com faltas de ar, e depois de uma noite no vet. foi diagnosticada asma felina, e de vez em quando tem ataques de asma, o que ajudou também a fazer dele um gato mais calmo e amigável.

 
Então depois de dois anos com este amigo, que é um membro da família à sua maneira, e que por vezes testa os limites da minha paciência, mas é um grande amigo, decidimos arranjar um amigo mais à medida dele, para lhe fazer companhia quando faltamos nós . . .
. . . alguém que espalhe com ele mais areia pelo chão, alguém com quem correr por todo o lado e ainda não sabe que não pode subir à bancada da cozinha quando estamos a cozinhar, alguém para afiar as unhas com ele no sofá ou nas cadeiras, alguém para deixar mais pelos espalhados pelo chão, alguém para procurar os elásticos perdidos debaixo dos móveis, alguém para lhe fazer companhia e com quem testar ainda mais a minha paciência.

 
Ter mais um a fazer confusão não era precisamente o meu desejo mais profundo, saber que o Taz não é infeliz e estará acompanhado nos dias em que não há mais ninguém em casa, é algo que me deixa mais tranquila.

3 comentários:

  1. Vais ver que reuslta muito bem! Eu também tenho dois gatinhos, O mais velho, por acaso, até nem era de muitos disparates. Não posso dizer o mesmo da mais nova que vai fazer um ano que aqui está. Esta é uma descarada! Rouba tudo o que pode para depois esconder pela casa, desfaz qualquer lenço de papel que encontre, etc., etc.
    Mas são os dois muito amigos e fazem muita companhia um ao outro. É amoroso vê-los nos miminhos e a dormir enroscadinhos. Além de que se entretêm a brincar um com outro, que agora que não posso andar a correr atrás do gato, me dá muito jeito ;)

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    1. Obrigada. Sim, tenho a certeza que, mesmo não sendo fácil e havendo dias mais complicados que outros, vai fazer bem a todos.
      Já percebi que a gravidez não está a ser fácil, mas espero que tudo corra pelo melhor.

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    2. É verdade, mas agora também já falta pouco ;) obrigada! :)

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