domingo, 29 de março de 2015

A natação

Acho, e é da minha opinião que é muito importante as crianças fazerem exercício, não falo de andarem em casa a correr de um lado para o outro ou mesmo no parque (sempre é melhor que nada), mas sim de fazer algum tipo de desporto. É óptimo para ajudar à coordenação dos movimentos, para interagir com outras crianças, ajuda na timidez, a aprender o que é o espírito de equipa. Só não acho correto iniciar as crianças pequenas logo em competições, mas isso já é com os pais e com a personalidade de cada criança.

Logo que seja possível acho muito bom para a formação das crianças terem algum tipo de actividade desportiva, já seja football, Karaté, natação, ou qualquer outra que a criança mostre interesse ou os pais achem adequado. Não pretendo esticar-me nos inúmeros benefícios de se praticar desporto desde pequeno, pois não sou médica nem psicóloga, mas sempre achei importante e gostava, primeiro como criança, e agora como mãe. 

Por este motivo, tenho insistido em inscrever o meu menino para aulas de natação.
Escolhi a natação por diversos motivos, sendo que o primeiro é obviamente aprender a nadar, e como não estou muito de acordo com o desporto de competição, achei que este contra o Football e o Karaté tem menos tendência em chegar a grandes campeonatos, pelos menos em crianças.
Então, este mês, consegui vaga numa piscina perto de casa e a saga das aulas de natação começou.

Aulas de natação episódio I

As compras, porque, como boa mulher que sou, qualquer coisa é desculpa para ir às compras (e como por agora ele só pode ir acompanhado de um familiar, isto é: a mãe), desde fatos de banho, toucas, toalhas, e tudo o que considerado indispensável; o mais difícil foi decidir entre fralda para banho ou fato de banho reforçado, mas escolhemos a fato de banho para reter os acidentes. O fato de banho para a mãe foi para esquecer, e no fim a decisão foi procurar outra solução pois figura para fato de banho não tenho e figuras tristes dispenso, mais parecia um homem com o peito (que já não é muito) totalmente achatado, a barriga que se destaca mais do normal, então como tenho alguma vaidade optei por não parecer um rapazito magro com barriga, e nas minhas coisas encontrei um tankini (bikini cujo top é uma camisa de alças), que até agora ainda não levantou suspeitas.

Aulas de natação episódio II

Lá vamos nós (eu e o miúdo) todos piriris e emocionados para a primeira aula, já há vários dias a prepara-lo para a piscina. No balneário a coisa ainda correu bem, e nem lhe incomodou a touca, estivemos ainda uns minutos sentados perto da piscina à espera que terminasse a aula anterior, e às 10 em ponto começou a massacre: 20 minutos  (numa aula de 30) a chorar e a gritar a plenos pulmões a querer sair, transformado em polvo, não sei de onde saíram tantos braços e pernas, todos agarrados a mim que nem lapa. Nem fiz qualquer tentativa de seguir as instruções do professor, passei o tempo todo a tentar convence-lo que estava tudo bem e que não o ia largar, já para o fim foi feito um jogo com bolas que o fez parar de gritar, mas não aligeirou os braços do pescoço nem as pernas da cintura, a segunda aula foi mais do mesmo, e ouvir os outros pais a dizer que é normal e que vai melhorar. Na terceira aula, entrou sem chorar, apenas um leve choramingar, que me deixou esperançada, durante o primeiro exercício consegui mudar a posição de "polvo à volta da presa" e em dada altura já o ouvi a rir, o que me deixou numa felicidade própria de mãe babada. A quarta aula, ia com grande expectativa, era a minha emoção e a dele, mal me sentei na beira da piscina, pediu para entrarmos. Não ouve medos, nem choros, saltou para os meus braços e bateu as perninhas na água, com uma confiança quase cega, então qual é o problema?
Pois no meu tamanho e força, e dado o à vontade que ele recém adquiriu, mais o andar em pontas dos pés para poder agarra-lo da maneira certa, estas aulas são realmente o exercício semanal: o dele e o meu! 

Aulas de natação episódio III

O marido por fim se sente casado com uma mulher e não com o peludo homem das cavernas! A mãe tem todo um post para falar de pelos encravados, comichões e afins.
Isto de ter fortes convicções nem sempre sai a nosso favor!

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