sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

40 minutos.

Hoje passei 40 minutos parada na estação dos Olivais, na linha vermelha do metro. Mas esta vez sei porquê o metro estava parado, e não deixo de pensar nisso e no porquê deve haver os lugares reservados e porquê devemos dar o lugar a quem precisa.
Depois de levar o meu menino à escola estava a voltar para casa com a minha princesa no pano, bem pegadinha a mim, na estação anterior à dos Olivais entrou uma senhora dos seus 50 anos e se sentou ao meu lado, que por algum motivo se levantou logo a seguir, mas perdeu o equilíbrio e caiu, batendo em cheio com a cara no varão central. Várias pessoas se aproximaram para ajudar, mas dado o estado da senhora acabou por ficar deitada à espera de ajuda (no meio o maquinista foi avisado e o metro esteve parado durante 40 minutos). Não tenho qualquer capacidade para lidar com pessoas muito magoadas e dado que presenciei a cena em primeira fila, tive que me levantar e andar um pouco para não ter uma quebra de tensão, acabei por me sentar noutro lugar onde não conseguia ver a senhora.
Não sei se o que me deixou mal disposta foi o ter assistido tão de perto (o golpe foi com muita força) ou o pensamento de que podia ter sido eu, já fosse eu que me tivesse magoado, estando com a minha bebé de 1 mês ou ela.
Por algum motivo existem lugares reservados nos transportes públicos, é muito fácil perder o equilíbrio. No entanto é raro que alguém dê o seu lugar a quem precisa, tenha ou não direito.
Na curta compreensão de alguns é uma questão de preguiça e de quem está mais cansado, mas não tem nada a ver, pois na realidade é uma questão de equilíbrio e segurança.
É fácil dizer que o serviço não presta, o difícil é perceber que temos o que merecemos com base nas nossas atitudes, talvez se aprendêssemos a olhar em redor e ver as necessidades dos outros, os outros aprendessem a ver as nossas!

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