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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Isto de ser mulher devia vir com livro de instruções!

Se pensar no assunto logicamente (sem "pensar" com o coração) ter outro filho é complicado, dá trabalho, tira tempo (que já não temos), custa dinheiro (que também não temos) e exigiria mais do que podemos (estamos dispostos a) dar.
Mas quando vou na rua e vejo uma grávida, ou vejo um bebé pequenino ou dois irmãos pequenos juntos, toda a minha lógica desaparece e só consigo pensar com o coração, o muito que gostaria de passar por outra gravidez, ter outro filh@, o muito que me custa tirar essa experiência ao meu filho (ter um(a) irmã(o)).
E então vem um inconsciente qualquer com a pergunta: "E o segundo é para quando?" e a resposta de dor do meu coração é: "Já!", mas a que tem mais força porque é apoiada pela lógica e o bom senso e a que acaba por ser dita em voz alta é: "Talvez daqui a um ano ou dois, se as coisas estiverem bem, ou talvez nem haja segundo."
E vou seguindo a lógica porque entre a dor de não ter mais filhos e a dor de os ter para não poder estar com eles, não lhes dar todo o tempo que merecem, fico com o que já cá está a dou-lhe tudo o que tenho.
Vida injusta, sofro por ter, sofro por não ter.


E no fim ainda aparece um outro inconsciente que diz: "Mas tu és maluca, sofres por não ter coragem para ter um segundo filho."
E a resposta (que não dou, porque se desse iria com certeza acompanhado de um: Tens alguma coisa a ver com isso?) é:" Sofro pelo que me faz sofrer, não pelo que a sociedade acha que devo sofrer."


E penso para mim, realmente, ou dou o passo e vivo com as consequências, boas e/ou más, ou esqueço o assunto e sou feliz com o que tenho.

1 comentário:

  1. Ai amiga...como te entendo. MAs no meu caso tem a ver com a minha idade, já tenho medo :(

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